Quem é o Espírito de Verdade?

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Quem é o Espírito de Verdade?
No livro Obras Póstumas, no capítulo intitulado: A minha
primeira iniciação no Espiritismo, Allan Kardec conta como foi
seu primeiro encontro com o que chamava de Espírito familiar,
e faz uma observação:
“nessa época, ainda se não fazia distinção nenhuma entre as
diversas categorias de Espíritos simpáticos. Dava-se-lhes a
todos a denominação de Espíritos familiares”.
Foi no dia 25 de março de 1856, tendo por médium a senhorita
Baudin, que Kardec agradeceu a presença do “Espírito familiar”
e perguntou, educadamente:
– Consentirá em dizer-me quem és? – Para ti, chamar-me-ei A
Verdade todos os meses, aqui, durante um quarto de hora,
estarei à tua disposição.
o diálogo
• E o diálogo continua e, como era da
personalidade de Kardec, não se bastar
com as perguntas enquanto não se
desse por satisfeito com as respostas,
isso observamos em toda a Codificação,
ele volta a indagar:
• – O nome Verdade, que adotaste,
constitui uma alusão à verdade que eu
procuro?
• – Talvez; pelo menos, é um guia que te
protegerá e ajudará. Kardec volta a
questionar, buscando identificar o
Espírito:
• – Terás animado na Terra alguma
personagem conhecida?
sou a Verdade
• – Já te disse que, para ti, sou a Verdade;
• isto, para ti, quer dizer discrição; nada mais
saberás a respeito. Na reunião de 9 de abril
de 1856, o diálogo com o o Espírito da
Verdade termina com a pergunta de Allan
Kardec sobre a proteção que teria:
• – Disseste que serás para mim um guia, que
me ajudará e protegerá. Compreendo essa
proteção e o seu objetivo, dentro de certa
ordem de coisas; mas, poderias dizer-me se
essa proteção também alcança as coisas
materiais da vida?
• – Nesse mundo, a vida material é muito de
ter-se em conta; não te ajudar a viver seria
não te amar.
• Nas belas e exatas respostas do Espírito da
Verdade, Kardec informa em nota, a qual
transcrevo, na íntegra, pelos
esclarecimentos que proporciona:
• “A proteção desse Espírito, cuja
superioridade eu então estava longe de
imaginar, jamais, de fato, me faltou. A sua
solicitude e dos Espíritos que aguiam sob
suas ordens, se manifestou em todas as
circunstâncias da minha vida, quer a me
remover dificuldades materiais, quer a me
facilitar a execução dos meus trabalhos,
quer, enfim, a me preservar dos efeitos da
malignidade dos meus antagonistas, que
foram sempre reduzidos à impotência.
• Se as tribulações inerentes à missão que me
cumpria desempenhar não me puderam ser
evitadas, foram sempre suavizadas e
largamente compensadas por muitas
satisfações morais gratíssimas.”
• Por esse comentário, entende-se que, no
momento certo o Espírito da Verdade
identificou-se para Kardec, que guardou a
discrição que lhe foi solicitada, entretanto,
deixou as pistas, identificando o Espírito da
Verdade como Jesus Cristo, em vários
momentos, nas obras da Codificação. Na
menor resposta que existe em O Livro dos
Espíritos e a de maior grandeza, a de número
625, quando as Entidades Sublimadas
responderam à pergunta de Kardec:
• – Qual o tipo mais perfeito que Deus
tem oferecido ao homem, para lhe
servir de guia e modelo?– “Jesus”.
Kardec tece comentários
• – Para o homem, Jesus constitui o
tipo da perfeição moral a que a
Humanidade pode aspirar na Terra.
Deus no-lo oferece como o mais
perfeito modelo e a doutrina que
ensinou é a expressão mais pura da
lei do Senhor, porque, sendo ele o
mais puro de quantos têm aparecido
na Terra, o Espírito Divino o animava.
• Nas mensagens inseridas em O
Evangelho Segundo o Espiritismo, no
capítulo VI, O Cristo Consolador,
publicadas inicialmente em O Livro dos
Médiuns, no capítulo XXXI, atribuídas a
Jesus, Kardec reproduziu-as como O
Espírito de Verdade. São quatro
mensagens: duas recebidas em 1860,
uma no ano de 1861 e a quarta
mensagem em 1863. Há aquela
mensagem tão divulgada, na qual é feita
uma convocação aos espíritas:
• – Espíritas! Amai-vos, este o primeiro
ensinamento; instruí-vos, este o
segundo.
• No Cristianismo encontram-se todas as
verdades; são de origem humana os erros que
nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que
julgáveis o nada, vozes vos clamam:
• “Irmãos! nada perece. Jesus Cristo é o
vencedor do mal, sede os vencedores da
impiedade”.
• Posteriormente, no livro A Gênese, capítulo I,
item 42, Kardec escreve:
• – O Espiritismo realiza todas as promessas do
Cristo a respeito do Consolador anunciado. Ora,
como é o Espírito de Verdade que preside ao
grande movimento da regeneração, a promessa
da sua vinda se acha por essa forma cumprida,
porque, de fato, é ele o verdadeiro Consolador.
Mais adiante, lá no final, no capítulo XVII, item
37, do mesmo livro, Kardec declara:
• – Jesus reservou para si a completarão
ulterior de seus ensinamentos.
• E, numa comunicação na Revista
Espírita de 1866, na página 222: – A
qualificação de Espírito de Verdade, não
pertence senão a um e pode ser
considerada como nome próprio, ela é
especificada no Evangelho.
• Nos prolegômenos – prefácio, introdução
– de O Livro dos Espíritos, há várias
assinaturas, entre elas a do Espírito da
Verdade, que demonstra ser ele uma
individualidade e não uma plêiade de
espíritos.
• Há, ainda, um detalhe muito importante:
no início, antes da palavra
prolegômenos, existe a gravura de uma
cepa com os ramos, e a nota de rodapé,
de que aquela cepa é o fac-símile
=copia- da que os Espíritos desenharam
para representar o conteúdo de O Livro
dos Espíritos. E o que é cepa? Cepa é a
videira com os ramos, que nos remete às
palavras de Jesus, constantes no
evangelho de João, capítulo 15,
versículo 5:
• – Eu sou a videira, vós os ramos. Quem
permanece em mim, e eu, nele, esse dá
muito fruto; porque sem mim nada
podeis fazer.
• As obras da Codificação, que são em
número de 20, a saber: O Livro dos
Espíritos, O Livro dos Médiuns, O
Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu
e o Inferno e a Gênese– obras
conhecidas como Pentateuco Espírita;
além delas, Kardec produziu um livro de
divulgação da doutrina: O Que é o
Espiritismo e Viagem Espírita em 1962,
bem como 12 volumes da importante
Revista Espírita.
• E no ano de 1890, foram publicados
escritos inéditos sob o título de Obras
Póstumas, totalizando, assim, sua obra
em 20 volumes.
• Nelas, encontramos várias referências a
Jesus Cristo como o Espírito da Verdade. Na
Revista Espírita de 1861, na epístola de
Erasto aos Espíritas, datada de 19 de
setembro de 1861, está escrito:
• – O Espírito de Verdade, nosso mestre bemamado.
• Na Revista Espírita de 1864, Hahneman, o
criador da Homeopatia, em janeiro de 1864,
escreve:
• – O Espírito de Verdade, que dirige este
globo.
• No mês de maio do mesmo ano, uma
comunicação assinada O Espírito de
Verdade:
• – Há várias moradas na casa de meu Pai, eu
lhes disse há dezoito séculos.
• Na Revista Espírita de 1868, na página 51,
Erasto, em Paris, no ano de 1863, termina a
mensagem dessa forma:
• – Estamos e ficaremos convosco, sob a égide
do Espírito de Verdade, meu senhor e o
vosso.
• No livro Missionários da Luz, pelo Espírito
André Luiz, na psicografia de
Francisco Cândido Xavier, o instrutor
Alexandre diz:
• – O próprio Jesus nos afirma: “eu sou a
porta... se alguém entrar por mim será salvo
entrará, sairá e achará pastagens”! Por que
audácia incompreensível imaginais a
realização sublime sem vos afeiçoardes ao
Espírito de Verdade, que é o próprio Senhor?
• E o consagrado escritor espírita
Hermínio Correia de Miranda, em seu
excelente livro As Mil Faces da
Realidade Espiritual, afirma:
• – Não há, pois, como ignorar a óbvia e
indiscutível conclusão de que, sob o
nome Espírito de Verdade, o Cristo
dirigiu pessoalmente os trabalhos de
formulação e implementação da
Doutrina dos Espíritos,
caracterizando-a como o Consolador que
prometera há dezoito séculos. O Cristo,
o Ungido de Deus, é o próprio Espírito de
Verdade, que nunca nos abandonou,
como ele mesmo afirmou:
• – Não se turbe o vosso coração nem se
atemorize, eu estarei convosco todos os
dias até a consumação dos séculos.
• Jesus Cristo é o Governador Espiritual
da Terra. Quando chegou o momento
propício, prodigalizou a Revelação das
Leis de Deus, com Moisés, no monte
Sinai, como intérprete da Primeira
Revelação
• – A Lei de Justiça. Emmanuel, no livro A
Caminho da Luz, escreveu que o Cristo
acompanhou Moisés em todo o seu
percurso com o ovo no deserto, durante
40 anos. O Cristo e seus prepostos é que
ali estavam na entrega das Tábuas da
Lei.
• Deus jamais falou diretamente com quem
quer que seja na Terra. O Cristo apresentouse com o nome Eu sou. Quando perguntado
por Moisés qual é o seu nome, respondeu:
Assim dirás aos filhos de Israel: Eu sou me
enviou a vós outros. A Segunda Revelação – A
Lei do Amor – trazida pelo próprio Cristo, com
o nome de Jesus – Jeshua Ben Yussef–,
através dos seus exemplos de paz e de
solidariedade, mostrando como se faz,
fazendo. E, por fim, A Terceira Revelação – A
Lei da Caridade – com o Espiritismo,
ostentando a bandeira: Fora da caridade não
há salvação, coordenado por Ele, como nome
Espírito de Verdade, o Consolador prometido.
Muita paz!
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