UNIJUÍ – Universidade do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul Ciência Política e Teoria do Estado PROFESSOR: Dejalma Cremonese Elisabete Xavier de Albuquerque Mosca COMPONENTE CURRICULAR: ALUNA: O PENTATEUCO Santa Rosa, RS - 2007 Etimologia O Pentateuco é o título comumente usado pelos cristãos para designar o grupo dos cinco primeiros livros da Bíblia. O vocábulo vem do grego e significa "os cinco rolos” ou “cinco tomos". Etimologia GREGOS = Pentateuco HEBREUS = Torá TORÁ = “A LEI” o termo foi tomado da matéria central, com significado associado ao “ensinamento, instrução”. •Também é “usado quando se deseja salientar a importância do conceito judaico de conteúdo legal” (ALMEIDA, 1987 p.149). Etimologia Os judeus também usam a palavra Torá num sentido mais amplo, para se referir ao ensinamento judeu através da história como um todo. Tal como os gregos, os hebreus dividiram o Pentateuco em cinco livros, todos localizados no Antigo Testamento: Gênesis Êxodo Levítico Números Deuteronômio. DIVISÃO BÁSICA GÊNESES Narra as origens do universo e do gênero humano até à formação paulatina do povo de Israel na sua estada no Egito. ÊXODO O PENTATEUCO (Torá para os judeus) NÚMEROS DEUTERONÔMIO Narra a saída dos israelitas do Egito, conduzidos por Moisés aos pés do Sinai, para aí receberem de Deus a sua lei religiosa e civil e se constituírem, por meio de um pacto sagrado, em peculiar "povo de Deus (YAHWÉ ou Jeová).". LEVÍTICO Regula o culto religioso à maneira de ritual, dirigido especialmente aos levitas, que formavam o clero consagrado ao serviço do santuário. Trata do recenseamento do povo contido na primeira parte, estendendo-se, depois, em referir fatos e providências legislativas correspondentes aos cerca de 40 anos de vida nômade no deserto da península do Monte Sinai. A “segunda lei”, emanada pelo fim da jornada no deserto, foi escrito quando Moisés retoma a legislação precedente para adaptá-la às novas condições de vida sedentária, em que o povo viria a se encontrar com a conquista iminente da Palestina (Terra de Canaã = A Terra Prometida). O Autor A autoria dos livros do Pentateuco é atribuída, pela cultura judaicocristã, e também tradicionalmente, ao patriarca hebreu Moisés (em hebraico Moshê ben Amram). Ficha Técnica de MOISÉS Nome: Moisés Significado: Mósis, em egípcio, significa "filho". Para os judeus, Moshê , significa "retirado das águas". Avô: Coate, 2.º filho de Levi Mãe: Joquebede, Tia de Arnão Pai: Anrão, filho de Coate Esposa: Ziporá,ou Seforá(em hebraico tzipora) Sogro: Jetro Irmãos: Miriam / Aron ou Arão Tempo de Vida: 120 anos, segundo a Bíblia Local de Morte: Monte Nebo, Planíce de Moabe Origem Grega Os nomes dos livros foram dados pela chamada Septuaginta (palavra latina que significa setenta) – que é o nome de uma tradução da Torá para o idioma grego feita no século IIIa.c., encomendada por Ptolomeu II, rei do Egito, para ilustrar a recéminaugurada Biblioteca de Alexandria. Fontehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pentateuco Gêneses Significa “origem, nascimento, sucessão dos gênes” (etimologia). É o primeiro dos livros bíblicos. Contém 50 capítulos. Origem Hebraica Seu título hebraico Bereshit (No Princípio) é tirado da primeira palavra na sua sentença inicial: “No Princípio criou Deus os céus e a terra...” (ALMEIDA, 1987, p.3) Gêneses Narra acontecimentos, desde a criação do mundo, na perspectiva judaica (o chamado "relato do Gênesis"), passando pelos Patriarcas hebreus, até à fixação deste povo no Egito, depois da história de José. Conta da criação da Terra por Deus, da origem da humanidade através de Adão e Eva, da queda do homem (Pecado Original) e da escolha da nação de Israel por Deus. Êxodo É o segundo livro do Antigo Testamento. O termo Êxodo (em grego Êxodos) também deriva da Septuaginta Grega Origem Hebraica O seu nome Êxodo em hebraico é Shemôtht, que significa "Nomes", de acordo com o costume judaico de intitular os livros a partir das suas palavras iniciais. (Êxodo 1:1 - "Estes são os nomes ..."; em Língua hebraica We élleh shemôtht), Fonte : (ALMEIDA, 1987, p.70). Êxodo Conta a história da saída do povo de Israel do Egito, onde foram escravos durante 400 anos. Narra o nascimento, a vida e o ministério de Moisés diante do povo de Israel, bem como o estabelecimento da Lei e a construção do Tabernáculo. Êxodo Mostra o início de um relacionamento entre o povo recém saído do Egito e Deus através de uma aliança proposta pelo próprio Deus. Trata da organização do judaísmo. Levítico Basicamente é um livro teocrático, de caráter legislativo; É o terceiro livro da Bíblia.e um dos livros do Antigo Testamento. Apresenta: o ritual dos sacrifícios; as normas que diferenciam o puro do impuro; a lei da santidade; e o calendário religioso judaico entre outras normas e legislações que regulariam a religião. Levítico Possui 27 capítulos. Os judeus chamam-no “Va-Yikra” ou “Vaicrá” (E chamou). Toda a tradição judaica-cristã, leva a identificar que Moisés, teria obtido as informações de Jeová Fonte: (Levítico 26:46 em ALMEIDA, 1987 p. 136). Levítico Traz importantes leis e regulamentos sanitárias e nutricionais. Ex.: Circuncisão, banharse antes de entrar no templo. Levítico capítulos 11 a 15 e 18 (ALMEIDA, 1987, p. 113-124). Números Do hebraico “Bamidba” ou “No Ermo”, em latim “Numeri”, é o quarto livro da Bíblia. Possui 36 capítulos e recebe esse nome por causa dos censos relatados. A época da escrita, por volta de 1470 a.c. FONTE: (http://pt.wikipedia.org/wiki/Pentateuco). Números Os dois censos de Israel mencionados no livro, são narrados por Moisés, juntamente com os eventos que ocorreram na região do monte Sinai, durante as peregrinações dos israelitas no ermo e em Moabe. Números O nome Números foi usado pela primeira vez na tradução grega da versão, sendo bastante adequado, pois todo o livro está repleto de números. Números Explica que Moisés se dedicou a registrar cada sitio onde os hebreus acampavam (tanto os oásis quanto os acampamentos). As palavras finais do livro indicam ser ele o escritor do relato, conforme verso 13 do seu último capítulo. (Números 36:13, ALMEIDA, 1987, p. 184). Estas descrições tão antigas chegaram até os dias atuais, intactas. Divisão dos Números 1ª parte: o recenseamento do povo no Sinai e os preparativos para retomar a marcha (Capítulo 1, versos de 1-10 e capítulo 10). Trajetória dos Israelitas 2ª parte: A história da jornada do Sinai até Moabe, no deserto, o envio dos espiões à Terra de Canaã e o relato que fizeram, e as murmurações (oito vezes) do povo contra as dificuldades do caminho (Capítulo 10, verso 11 até capítulo 22, verso 1). 3ª parte: os eventos na planície de Moabe, antes da travessia do Jordão (Capítulo 22, verso 2 até Capítulo 39, verso 13). Deuteronômio • • É o quinto livro da Bíblia e possui 34 capítulos. O nome é de origem grega e quer dizer “segunda lei” ou “repetição da lei”. Deuteronômio • • • O nome hebraico deste quinto livro do Pentateuco é “Devarím” (Palavras), tirado da frase inicial do texto hebraico. Contém os discursos de Moisés ao povo, no deserto, durante seu êxodo do Egito à Terra Prometida por Deus. Os discursos contidos nesse livro, em geral, reforçam a idéia de que servir a Deus não é apenas seguir sua lei. Moisés enfatiza a obediência em conseqüência do amor: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, e com todo o teu entendimento" (Deuteronômio 6:5, ALMEIDA, 1987 p. 192). Deuteronômio • Também é enfatizado o "caminho da benção e da maldição", no qual Deus previne o povo a seguir seus mandamentos, pelos quais o povo ou seria abençoado, ou receberia maldições (porém, caso se arrependesse e voltasse a seguir de coração a Deus, ele se arrependeria e perdoaria o povo). Visão Filosófica da Obra • • Segundo o Dicionário das Obras Políticas (CHATELET, DUHANEL, PISIER,1993, P. 827) à Moisés se atribui, nas tradições judaica, cristã e mulçumana, a autoria do Pentateuco – que seria, portanto, a maior e a mais essencial referência a três universos espirituais – o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. As leis enunciadas por Moisés, no conjunto de sua obra, servem de referência à denúncia profética do poder dos reis, dos príncipes e dos religiosos corrompidos. Visão Filosófica da Obra Como citado pelos referidos autores: “Do conjunto das informações relatadas, sobressai a descrição de um sistema de governo e de organização social complexo e coerente, em que se vê a utilização dos elementos de um Estado de tipo relativamente único na região nessa época: crescimento do Estado sacerdotal e militar dentro dos poros de uma ordem tribal que subsiste” (CHATELET, DUHANEL, PISIER,1993, P. 831). • Visão Filosófica da Obra O Estado-lei criado por Moisés, com base nas prescrições divinas legisla e proíbe, mas oculta seu monopólio da violência: Deus é quem pune e extermina os rebeldes, enquanto é a própria comunidade quem toma a cargo, pela lapidação coletiva (apedrejamento), a pena de morte dos delinqüentes. • Visão Filosófica da Obra Pode-se dizer, portanto, que “o estado de Moisés no deserto é o primeiro modelo verificado de poder que integra a seu funcionamento o controle ideológico e a manipulação do consenso” (CHATELET, DUHANEL, PISIER,1993, P. 833). • BIBLIOGRAFIA CHATELÊT, François.; DUHANEL, Olivier.; PISIER, Evelyne. Dicionário das Obras Políticas . 2ª ED. São Paulo: Civilização Brasileira, 1993. ALMEIDA, João Ferreira. A BIBLIA SAGRADA, ed.65, revista e corrigida. Rio de Janeiro: Imprensa Bíblica Brasileira, 1987. William G. Dever, Who were the early israelites ?, William B. Eerdmans Publishing Co., Grand Rapids, MI (2003). Neil A. Silberman et al., A Bíblia Desenterrada, Simon e Schuster, New York (2001).