EXPANSÃO MARÍTIMA E COMERCIAL

Propaganda
A FORMAÇÃO DOS
ESTADOS NACIONAIS
e o ESTADO
ABSOLUTISTA
ORIGEM

ENFRAQUECIMENTO
DO
PODER DA NOBREZA
* As Cruzadas, a Guerra de
Reconquista e a Guerra dos
Cem Anos enfraqueceram o
poder militar da nobreza.
* A economia monetária
fortaleceu
a
burguesia
enfraquecendo a nobreza cuja
riqueza era baseada na posse
da terra.
* A descentralização do
poder com a diversidade de
moedas, pesos e medidas entre
os feudos, a cobrança de
pedágios,
as
barreiras
alfandegárias e a insegurança nas
estradas
prejudicava
as
atividades comerciais burguesas.
* A necessidade de ajuda
dos reis na repressão às revoltas
camponesas fortaleceram o poder
real.
ORIGEM

ALIANÇA ENTRE
REI: centralização política
BURGUESIA: unificação do
mercado
Rei
+ Burguesia
X
Clero + Nobreza
ESTADO ABSOLUTISTA
EQUILÍBRIO DE PODER
A Igreja Católica e a nobreza
para não perder seus privilégios
se aproximam do rei diante da
inevitabilidade do processo de
centralização política.
O Clero passa a justificar o
poder do rei através da Teoria do
Direito Divino dos Reis e a
nobreza
ocupa
os
cargos
burocráticos e
militares do
Estado e os eclesiásticos.

ESTADO ABSOLUTISTA
EQUILÍBRIO DE PODER
A recebe concessões do
Estado Absolutista e apoio nos
empreendimentos
econômicos,
como o processo de Expansão
Marítima e Comercial.
O rei busca se manter no
poder se equilibrando entre a
nobreza e a burguesia.

ESTADO ABSOLUTISTA

EQUILÍBRIO DE PODER
Clero
Rei
Nobreza
Burguesia
O PODER ABSOLUTISTA
TEORIAS JUSTIFICADORAS
 Laicas
Maquiavel: “ O Príncipe”

“ É necessário ao príncipe ser tão prudente
que possa fugir aos vícios que lhe fariam
perder o governo e acautelar-se , se
possível, quanto aos que não oferecem tal
perigo . Não conseguindo , entretanto, fazer
isso, pode , sem atormentar-se , deixar que
as coisas sigam o seu curso. Não se
importe o príncipe , ainda, de incorrer na
prática daqueles vícios sem os quais
dificilmente pode salvar o Estado” ... Nas
ações de todos os homens, especialmente
os príncipes , contra os quais não há
tribunal a que recorrer , os fins é que
contam. Faça, pois, o príncipe tudo para
alcançar e manter o poder ; os meios de
que se valer serão sempre julgados
honrados
e
louvados
por
todos”
(Maquiavel . O Príncipe ).
TEORIAS JUSTIFICADORAS
 Laicas
Thomas Hobbes: “Leviatã”
"O fim último , causa final e desígnio
dos homens ( que amam naturalmente a
liberdade e o domínio sobre os outros )
, ao introduzir aquela restrição sobre si
mesmos sob a qual os vemos viver nos
Estados , é o cuidado com sua própria
conservação e com uma vida mais
satisfeita . Quer dizer , o desejo de sair
daquela mísera condição de guerra que
é a consequência necessária (conforme
se mostrou) , das paixões naturais dos
homens , quando não há um poder
visível capaz de os manter em respeito ,
forçando-os por medo do castigo , ao
cumprimento de seus pactos e ao
respeito àquelas leis da natureza" (
Leviatã , Abril Cultural , 1979, 2a ed. , p.
103) .

“É sabido que , quando os homens
vivem sem um poder comum que os
mantenha sob sujeição, eles se
encontram naquela condição que é
chamada de guerra, e essa guerra é
de cada homem contra qualquer
outro homem “ (Leviathan, 82) . No
“estado de natureza” , o homem é o
lobo do homem . “Se trata de um
estado intolerável, do qual o homem
deve sair, mais cedo ou mais tarde,
se pretende salvar o que tem de
mais precioso – a vida” (Bobbio,
Norberto; “Thomas Hobbes “ ;
Humanidades , p.10)
TEORIAS JUSTIFICADORAS
 Laicas
Hugo Grotius: “Do Direito da
Paz e da Guerra” .
Foi um dos fundadores do direito
internacional. Entendia que os
princípios elementares da justiça e
moralidade deveriam prevalecer
entre as Nações. Absorveu em sua
teoria os princípios do jus gentiun
romano e do direito natural feudal.
Para ele a ordem interna da
Sociedade
só
poderia
ser
preservada pelo estado, através da
autoridade ilimitada do soberano.
Achava
que
todo
Estado
independente , sem levar em conta o
seu tamanho, deve ser tratado como
plenamente soberano, titular de
direitos iguais.
TEORIAS JUSTIFICADORAS
 Teoria do Direito Divino dos Reis
Jean Bodin: “ A República”
“A autoridade do príncipe vem de
Deus e a obrigação suprema do
trono é a obediência passiva. O
poder supremo sobre cidadãos e
súditos
,
sem
restrições
determinadas pela Lei” .
Jean Bodin .
TEORIAS JUSTIFICADORAS
 Teoria do Direito Divino dos Reis
Jacques Bousset: “A política
inspirada
nas
Sagradas
Escrituras”.
“O trono real não é o trono de um homem,
mas o trono do próprio Deus. Os reis são
deuses e participam de alguma maneira da
independência divina. O rei vê de mais longe
e de mais alto , deve acreditar-se que ele vê
melhor, e deve obedecer-se-lhe sem
murmurar, pois o murmúrio é uma disposição
para a sedição. Os súditos não tem a opor à
violência dos príncipes senão queixas
respeitosas , sem motim e sem murmúrio e
preces
para
a
sua
conversão”.
Todo o poder vem de Deus. Os governantes,
pois, agem como ministros de Deus e seus
representantes na terra. Consequentemente,
o trono real não é o trono de um homem,
mas o trono do próprio Deus . Resulta de
tudo isso que a pessoa do rei é sagrada e
que atacá-lo é sacrilégio . O poder real é
absoluto . O príncipe não precisa dar contas
de seus atos a ninguém ”
(Jacques Bossuet. Política tirada
das palavras da Sagrada Escritura, 1709)

MONARQUIAS NACIONAIS IBÉRICAS
Espanha:
Guerra de Reconquista:
* a luta de expulsão dos mouros
se intensifica a partir do século XI
com o movimento das Cruzadas.
* na medida em que os mouros
vão sendo expulsos ocorre a
formação de reinos que se
unificam na luta de reconquista.

* desta forma Astúrias e Leão
se incorporam à Castela e Navarra
e Barcelona se incorporam a
Aragão.
* o casamento de Fernando de
Aragão com Isabel de Castela
fortalece o reino que finalmente,
em 1492, derrota o último reduto
muçulmano
em
Granada,
formando o Estado espanhol.
* a imposição do catolicismo e a
perseguição aos judeus e cristãos
novos fortalece o poder real apesar
de trazer consequências negativas
para a economia com a saída do
capital dos judeus.
Portugal
Guerra de Reconquista:
* Henrique de Borgonha, nobre
francês, como recompensa na
luta contra os mouros recebe do
rei de
Leão o Condado
Portucalense como dote pelo
casamento com sua filha.
* Afonso Henriques, filho de
Henrique de Borgonha , declara a
independência de Portugal em
1139, dando início a dinastia de
Borgonha.

MONARQUIA NACIONAL FRANCESA
* Os francos formaram um dos
reinos mais duradouros na Europa
medieval, cujo apogeu durante o
governo de Carlos Magno deu origem
ao Império Carolíngio.
* Após a morte de Carlos Magno,
através do Tratado de Verdun, seus
filhos dividiram o império em três
partes, correspondente em linhas
gerais à França atual, à Alemanha e à
região da Bélgica, Holanda, Alsácia e
da Lorena.
* Durante a Dinastia Carolíngia, o
poder dos nobres acabava se
sobrepondo aos reis. Esta situação
começa a mudar com a ascensão de
Hugo Capeto, dando origem a
Dinastia Capetíngia e à centralização
do poder real.
* A Guerra dos Cem Anos com a
Inglaterra,
contribuiu
para
a
submissão da nobreza à autoridade
real já sob a Dinastia dos Valois.
* No início do século XVI a
centralização política se completa.
A GUERRA DOS CEM ANOS (1337 – 1453)
Fatores:
* a região de Flandres (atual
Bélgica e Holanda) era um importante
centro produtor de tecidos de lã e
comprador da matéria – prima dos
senhores feudais ingleses.
* a França demonstra interesse
em monopolizar o comércio de
tecidos, o que significaria a compra
de
matéria
prima
francesa
prejudicando os interesses ingleses.

* Os reis da Inglaterra, como
senhores feudais na França, se
opunham
ao
processo
de
centralização política imposta pelos
reis franceses.
* O conflito se inicia quando, em
1337, o rei Felipe VI confisca os
territórios do rei da Inglaterra
Eduardo III na França.
* Sob a liderança de Joana
D’Arc, os franceses obtém diversas
vitórias sob os ingleses, até a
derrocada final em 1453.
O ABSOLUTISMO FRANCÊS
Dinastia de Valois
* Concordata de Bolonha
estabeleceu a submissão da
igreja ao Estado.
* Guerra de Religiões
católicos X protestantes
(huguenotes)
Guise X Bourbons
contestação do poder
real por famílias aristocráticas

* Édito de Saint-Germain
concede aos protestantes o direito
de culto em algumas regiões da
França.
* Casamento da filha de
Catarina de Médici dos Valois
com Henrique de Bourbon, rei de
Navarra.
- paz entre católicos e
protestantes
- evitar ascensão dos
Guise
* Guerra dos Três Henriques
Henrique
de
Guise
(católico) apoiada por Catarina de
Médici
Henrique III, rei da França
Henrique
de
Navarra
(protestante) aliado de Henrique
III
Henrique
de
Navarra
assume o poder com o titulo de
Henrique IV depois de derrotar
Henrique de Guise e do
assassinato de Henrique III

Dinastia de Bourbons
Henrique IV
* Edito de Nantes estabelece a
liberdade de culto aos protestantes.
* Fortalecimento do poder real
*
Desenvolvimento
do
mercantilismo


Luís XIII (1610 – 1643) e o
Cardeal Richelieu
* combate aos protestantes
* fortalecimento do poder real
Luís XIV (1643 – 1715)
* Cardeal Mazzarino e o
fortalecimento do poder real
- aumento dos impostos
e descontentamento da nobreza e
da burguesia
- má colheitas, fome,
epidemias e desemprego gerou
descontentamento da população
- As Frondas de Paris
foram
revoltas
generalizadas
sufocadas pelo poder real

Luís XIV (1643 – 1715)
* Édito de Fontainebleau
retirou a liberdade de culto dos
protestantes
provocando
a
emigração
de
centenas
de
protestantes
* “O Estado Sou Eu”

MONARQUIA NACIONAL INGLESA
*
o normando Guilherme I
conquistou a Inglaterra dos anglosaxões em 1066.
* Guilherme I buscou fortalecer o
poder real
- limitando no tamanho dos feudos
- estabelecendo o juramento de
fidelidade somente ao rei
- proibiu guerras privadas
- agrupou os feudos em condados
controlados por funcionários reais
- controlou a produção de moedas
* Em 1154 a Inglaterra passa a ser
governada por Henrique II da família dos
Plantagenetas que busca impor a justiça
em todo reino e um pagamento de
imposto como substituição ao serviço
militar.
* No reinado de Ricardo Coração de
Leão os altos impostos cobrados para
arcar com as guerras (Cruzadas e contra
a França) provocou a revolta da nobreza.
* A revolta da nobreza no reinado de
João Sem Terra impôs ao rei a Magna
Carta (1215) que limitava o poder real.
* A Magna Carta estabelecia, entre
vários aspectos, que novos impostos só
poderiam ser cobrados com a autorização
dos súditos e que ninguém poderia ser
preso sem um julgamento.
* Henrique III, filho de João Sem Terra,
desrespeitando
a
Magna
Carta,
estabeleceu novos tributos acirrando o
conflito com a nobreza, que impôs a
criação de um Parlamento (1265).
* No século XIV o parlamento se
dividiu na Câmara dos Lordes, composta
da nobreza leiga e eclesiástica e na
Câmara dos Comuns, constituída da
burguesia e da pequena nobreza (gentry).
GUERRA DAS DUAS ROSAS
(1455 – 1485)
* A Dinastia dos Lancaster,
que assumiu o poder no século
XIV é derrotada pela França
acirrando a disputa entre a
nobreza.
*
O desenvolvimento do
comércio, das cidades e o uso do
dinheiro provocou profundas
transformações na Inglaterra.
* A disputa entre a nobreza
leva à Guerra das Duas Rosas
entre os Lancaster e a família
dos York que reivindicava o
direito ao trono.
* A guerra enfraqueceu a
nobreza
e
o
parlamento
possibilitando a ascensão de
Henrique VII, dando início a
Dinastia Tudor, que, com o apoio
da burguesia, processou a
centralização política.
ABSOLUTISMO INGLÊS
Dinastia Tudor
* Henrique VII (1485 – 1509)
- fortalecimento da gentry e da
burguesia defensores da centralização
política



* Henrique VIII (1509 – 1547)
- Reforma Anglicana
submeteu a Igreja ao Estado
confiscou as terras da Igreja
para a gentry e burguesia fortalecendo o
capitalismo agrário





Dinastia Tudor
* Elizabeth I (1558 – 1603)
- Apogeu do absolutismo
Igreja Anglicana submissa
ao Estado
Restrições às atividades do
parlamento
Desenvolvimento
do
mercantilismo e da frota marítima
Leis de cercamento dos
campos ou enclosures que ocupavam
terras comunais e arrendadas para
criação de ovelhas



Dinastia Tudor
* Elizabeth I (1558 – 1603)
- Apogeu do absolutismo
Criação
de
Companhias
Monopolistas de Comércio
Colonização das América do
Norte
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