artrópodes

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ARTRÓPODES
O filo dos artrópodes (gr. arthros = articulado + poda
= pé) contém a maioria dos animais conhecidos (mais
de 3 em cada 4 espécies animais), mais de 1 milhão
de espécies, muitas das quais extremamente
abundantes em número de indivíduos.
CARACTERÍSTICAS




Do grego arthros, articulação, e podos, pé, perna.
- É o filo mais diversificado do planeta.
- Os mais conhecidos são os insetos, crustáceos e aracnídeos.
- O sucesso da “estratégia artrópode” é atribuído
principalmente ao esqueleto corporal externo,
 o exoesqueleto, que protege o corpo do animal como uma
armadura articulada.
 - O exoesqueleto fornece pontos de apoio firmes para a ação
dos músculos, tornando a movimentação muito eficiente.
 - Outros motivos de sucesso, sobretudo para os insetos, foram
a respiração aérea e a capacidade de voar, que permitiram
explorar e colonizar praticamente todos os ambientes de terra
firme.
CARACTERÍSTICAS
 - São triblásticos.
 - Celomados.
 - Simetria bilateral.
 - Sistema digestório completo.
 - Corpo segmentado.
 - Na maioria dos artrópodes, ocorre a
fusão dos metâmeros para formar certas
partes do corpo,os tagmas.
CLASSIFICAÇÃO
 A classificação dos artrópodes reflete a grande




diversidade do filo. Isso a torna bastante complexa,
envolvendo inúmeros grupos e subgrupos taxonômicos.
O que veremos a seguir é uma simplificação desta
classificação, na qual os artrópodes atuais podem ser
divididos em:
Classe Insecta
Classe Arachnida
Classe Crustacea
Classe Chilopoda
Classe Diplopoda
EXOESQUELETO
 O exoesqueleto é o esqueleto externo dos artrópodes.
Ele dá sustentação e proteção ao corpo do animal,
sendo uma barreira física entre as partes moles do corpo
e o ambiente, e evita também a perda de água.
 A quitina que compõe o exoesqueleto é um material
extraordinário. Pode constituir uma verdadeira armadura,
como ocorre nos crustáceos (nos quais o exoesqueleto é
impregnado com grande quantidade de sais de cálcio),
mas se mantém fina e flexível nas juntas e articulações,
facilitando os movimentos. Como a quitina é rígida e
impermeável, proporciona sustentação, proteção
mecânica e atua contra a desidratação, o que representa
uma importante adaptação à vida em meio terrestre.
EXOESQUELETO

A quitina também é componente das peças bucais, das asas, de partes
de vários órgãos sensoriais, e até mesmo da lente do olho do
artrópode.

Entretanto, o exoesqueleto é inflexível, constituído por material nãovivo, e reveste completamente todo o corpo. Isso limita o crescimento
do animal. Para que um artrópode possa crescer, o esqueleto antigo
deve ser periodicamente eliminado e substituído por outro mais novo e
maior.
 A eliminação do velho esqueleto e formação de um novo é conhecida
como muda ou ecdise. Neste processo, o animal secreta uma nova
cutícula, bastante mole, e, depois de romper a velha cutícula através
de uma fenda, sai de dentro dela.
 Enquanto a nova cutícula estiver mole e expansível, o animal cresce
bombeando ar ou água para seu interior. Quando finalmente a cutícula
endurece, ar ou água são substituídos por um real crescimento de
tecidos. A muda é perigosa, pois o animal que acabou de realizá-la
torna-se vulnerável a predadores e também à perda de água, no caso
dos animais terrestres. Assim, muitos artrópodes buscam refúgio até
que a nova cutícula tenha endurecido.
EXOESQUELETO

O período entre duas mudas sucessivas é conhecido como intermuda,
durante o qual o crescimento do animal é muito lento, feito às custas de
proteínas e outros compostos orgânicos sintetizados, repondo os
fluidos absorvidos após a ecdise.
 O grande aumento de tamanho e peso ocorro no período
imediatamente seguinte à muda, quando a cutícula mole pode ainda
ser distendida. Assim, o crescimento dos artrópodes tem uma certa
continuidade, embora com variações de intensidade. A duração das
intermudas torna-se maior à medida que o animal envelhece. Alguns
artrópodes, como as lagostas e a maioria dos caranguejos, continuam
sofrendo mudas durante toda a vida. Outros, como os insetos e as
aranhas, cessam as mudas quando atingem a maturidade sexual.
 A muda é controlada por hormônios, como a ecdisona, secretados por
glândulas especiais, e que circulam pela corrente sangüínea, atuando
diretamente sobre as células epidérmicas. Há inclusive hormônios
encarregados de regular a produção de ecdisona.
Gráfico do crescimento de um
artrópode
Crescimento dos artrópodes
FUNÇÕES
 Nutrição e Digestão
 De forma geral, o tubo digestivo dos artrópodes é completo.
Algumas variações podem surgir, dependendo do animal. Entre
os insetos, por exemplo, o tubo digestivo é formado por: boca;
faringe muscular; esôfago curto, associado a glândulas
salivares, produtoras de secreções que umedecem o alimento;
papo grande para armazenamento; moela ou proventrículo
para trituração mecânica; estômago, ligado a cecos gástricos
glandulares, que secretam sucos para a digestão química;
intestino, área de maior absorção alimentar; reto, onde é feita
a absorção final de água; e ânus.
Nos aracnídeos, o tubo digestivo é pouco diferente, contendo
um estômago sugador, operado por músculos, que atua na
absorção dos fluidos corporais da presa, seguido de um
estômago químico, onde é feita a digestão enzimática.
Sistema digestório
SISTEMA DIGESTÓRIO
Respiração

Nos artrópodes, podem ser encontrados três tipos diferentes de estruturas respiratórias:

• as brânquias são típicas das formas que predominam nos ecossistemas aquáticos, os
crustáceos. São constituídas por filamentos muito finos, repletos de vasos sangüíneos, e
realizam as trocas gasosas diretamente da água. As brânquias ficam frequentemente alojadas
em câmaras branquiais, permanentemente cheias de água, o que permite a respiração do
animal mesmo quando está em terra. É por isso que siris e caranguejos podem se deslocar
temporariamente pelo ambiente terrestre. O número de brânquias varia de acordo com o tipo de
crustáceo.

• as traquéias formam um sistema de tubos aéreos, revestidos por quitina, que conduzem o ar
diretamente aos tecidos do corpo. O fluxo do ar é regulado pela abertura e pelo fechamento de
poros especiais situados no exoesqueleto, denominados estigmas. Existem em insetos,
aracnídeos, quilópodes e diplópodes. Na respiração traqueal, o sangue não participa; todo o
transporte gasoso é feito pelas traquéias.

as filotraquéias ou pulmões foliáceos são estruturas exclusivas dos aracnídeos, sempre
existindo aos pares. Cada pulmão foliáceo é uma invaginação (reentrância) da parede
abdominal ventral, formando uma bolsa onde várias lamelas paralelas (lembrando as folhas de
um livro entreaberto), altamente vascularizadas, realizam as trocas gasosas diretamente com o
ar que entra por uma abertura do exoesqueleto. A organização das filotraquéias lembra a das
brânquias, com a diferença de que estão adaptadas à respiração aérea. Algumas aranhas
pequenas e os carrapatos têm, apenas, respiração traqueal.
RESPIRAÇÃO
RESPIRAÇÃO
Circulação
 O sistema circulatório dos artrópodes é do tipo aberto, no qual
o sangue deixa os vasos e passa a fluir por espaços livres
entre os tecidos, as lacunas ou hemoceles.
 O coração muscular fica situado dorsalmente e bombeia o
sangue para todo o corpo. Aracnídeos e crustáceos possuem
sangue quase incolor, contendo hemocianina como pigmento
respiratório, responsável pelo transporte gasoso.
 Insetos, quilópodes e diplópodes possuem o sangue
totalmente incolor, denominado hemolinfa, desprovido de
pigmentos e responsável apenas pelo transporte alimentar,
uma vez que o oxigênio chega diretamente aos tecidos pelo
sistema traqueal. Isso pode explicar o fato de, apesar da
circulação aberta, com menor pressão sangüínea e fluxo mais
lento, os movimentos serem rápidos. Há uma completa
independência entre respiração e circulação nos insetos.
SISTEMA CIRCULATÓRIO
Excreção

Os sistemas excretores dos artrópodes retiram excretas nitrogenadas das lacunas
sangüíneas e, através de diferentes estruturas, eliminam-nos para o meio exterior.
Estas estruturas são:

• os túbulos de Malpighi são típicos dos artrópodes terrestres, como os insetos,
aracnídeos, quilópodes e diplópodes. São tubos alongados que retiram excreta
das hemoceles e descarregam-nos no interior do intestino, de onde são
eliminados com as fezes.

• as glândulas coxais, típicas dos aracnídeos, são estruturas saculiformes de
parede delgada que eliminam os resíduos através de dutos que se abrem nas
coxas das patas.

• as glândulas verdes ou antenais existem nos crustáceos. Estão situadas na
cabeça e eliminam os resíduos por meio de dutos que se abrem na base das
antenas. É comum também a eliminação de excretas através da superfície do
corpo ou pelas brânquias.

O principal produto de excreção nitrogenada dos aracnídeos é uma substância
chamada guanina. Em crustáceos, a amônia é o principal produto de excreção e,
nos insetos, o ácido úrico. Ácido úrico e guanina são materiais de baixa toxidade
e requerem pouca água para sua eliminação. Isso representa uma economia de
água para o animal, constituindo-se em outra adaptação à vida em meio terrestre.
Sensibilidade
 Há um alto grau de cefalização nos artrópodes,
com um cérebro mais avantajado em relação
aos celenterados por exemplo. Há também um
grande desenvolvimento dos órgãos sensoriais,
levando a padrões de comportamento mais
complexos.
A estrutura do sistema nervoso é semelhante
àquela encontrada nos anelídeos, ou seja, é
ganglionar ventral. Há um par de gânglios
cerebrais situados dorsalmente, de onde parte
uma dupla cadeia ganglionar ventral, com
pequenos gânglios segmentares.
Sistema nervoso
Órgão sensorial
 São comuns os pêlos sensitivos e cerdas
que, quando se movem, estimulam receptores
na sua base, estando colocado tanto no corpo
quanto nas patas e antenas. Cavidades do
exoesqueleto podem conter quimioreceptores
ou estarem cobertas por membranas que
captam vibrações. As antenas contem
quimioreceptores e desempenham função
olfativa e acústica.
Reprodução
 Os artrópodes, em geral, são dióicos. As
formas terrestres têm fecundação interna,
utilizando apêndices modificados na copulação.
Já as formas aquáticas podem realizar externa
ou interna. A maioria das formas apresenta
estágio larval, sendo o estágio adulto atingido
através de metamorfose. Mecanismos de corte
precedem a copulação em diversas formas.
REPRODUÇÃO
CLASSE INSECTA
 têm o corpo dividido em cabeça, tórax e abdome.

Apresentam um par de antenas e três pares de patas.
 Podem ter asas, sendo os únicos invertebrados capazes
de voar.
 Representam cerca de 90% de todos os artrópodes
(aproximadamente 900 mil espécies).
 Entre os representantes mais conhecidos, podem ser
citados os gafanhotos, formigas, besouros e borboletas.
Classe insecta
Classe insecta
 Os insetos perfazem mais de 1 milhão
espécies (fato que justifica uma ciência
para os estudar – entomologia), sendo
os mais abundantes, mais bem
sucedidos e mais diversamente
distribuídos dos animais terrestres. No
entanto, estima-se que possam existir
entre 5 e 10 milhões.
Caracterização dos insetos
 As principais características dos insetos incluem cabeça,
tórax e abdome distintos, todos com função
determinada.

A cabeça suporta o aparelho bucal, cuja forma e
composição pode ser muito variada, e a maioria dos
órgãos sensoriais (olhos e antenas). Apresenta, assim,
os seguintes apêndices:
 um par de antenas;
 armadura bucal - formada por peças especializadas
em mastigar, sugar ou lamber e que inclui:


um par de mandíbulas;
um par de maxilas;
Caracterização dos insetos
 O tórax, importante para a locomoção, tem 3
segmentos, cada um com um par de apêndices
locomotores e geralmente 2 pares de asas (ou
apenas um par ou nenhum), que não são mais
que expansões dorsais do revestimento do
corpo.
 O abdome com 11 segmentos no máximo e
apresenta os sistemas vegetativos (digestão e
excreção, por exemplo) e reprodutores. Não
contém apêndices embora as partes terminais
estejam modificadas como genitália externa.
Classe insecta
 Aparelhos bucais
 Associado à boca destes invertebrados existe um
conjunto de peças, chamado, aparelho bucal. Sua forma
varia de acordo com os hábitos alimentares de cada tipo
de inseto. Os aparelhos bucais podem ser classificados
em cinco tipos, segundo sua função. São os seguintes:

- sugador => no caso da mosca e da borboleta;
- picador-sugador => no caso dos mosquitos e
dos piolhos;
- mastigador ou triturador => no caso do
gafanhoto, do grilo, da barata e dos besouros;
- pungitivo => o caso das cigarras; e
- lambedor-sugador => no caso das abelhas.
Aparelhos bucais
Metamorfose nos insetos
 Chama-se metamorfose o conjunto de transformações externas
e internas que o inseto sofre desde o ovo até o estágio adulto.
 Os insetos que passam por uma metamorfose muito simples,
pois já nascem com o aspecto dos adultos, chamam-se
ametábolos - a traça é um exemplo.
 Os insetos de metamorfose incompleta, ou hemimetábolos, são
ninfas em seus estágios iniciais. Una ninfa é quase sempre
muito parecida ao estágio adulto – chamado imago-. Por
exemplo: eles já têm olhos como os adultos, e não ocelos como
as larvas; já têm patas verdadeiras; e esboços de asas. Esse
tipo de desenvolvimento aparece nos percevejos, nos
gafanhotos, nos pulgões...
 Por último, os que passam pela metamorfose completa
(holometábolos) atravessam várias etapas. No estado larval
eles são muito diferentes dos adultos: não têm olhos
compostos, nem patas, nem esboços de asas.
METAMORFOSE
Holometábolo
HOLOMETÁBOLO
HEMIMETÁBOLO
AMETÁBOLO
Os insetos e o ser humano
 Aspectos positivos
 Algumas espécies têm papel fundamental na





polinização de flores. Ex: abelhas.
Muitos insetos são usados em técnicas de
controle biológico, auxiliam o homem no
combate a espécies nocivas. Ex: joaninha.
Aspectos negativos
Ataque a plantações. Exs: bicudo, pulgão, etc.
Transmissão de doenças.
Prejuízos domésticos. Exs: traças, cupins.
INSETOS
crustáceos
 Os crustáceos (do latim crusta, ‘crosta’) são
artrópodos caracterizados principalmente pelo
corpo protegido por uma crosta formada pelo
espesso exoesqueleto quitinoso (casca de
camarão), a qual ainda é freqüentemente
impregnada de sais calcários (casca de siri).
Durante a muda para o crescimento, os
crustáceos largam a sua crosta e, durante um
certo período, apresentam-se desprotegidos. É
o que se observa com o popular "siri mole",
encontrado nas praias ou escondido nas
pedras.
Características dos crustáceos

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



Corpo revestido por uma crosta quitinosa freqüentemente impregnada de sais
calcários.
Divisão do corpo em dois segmentos: o cefalotórax (cabeça e tórax) e o
abdome.
Presença de dois pares de antenas (são tetráceros), sendo um par de antenas e
um par de antênulas, ambos com funções sensoriais de tato e olfato.
Olhos pedunculados ou sésseis.
Número de patas variável de acordo com as espécies, notando-se, contudo, a
distinção entre patas ambulacrárias ou andadoras (grandes e situadas no
cefalotórax) e patas natatoriais (pequenas e situadas nos anéis do abdome).
Respiração braquial realizada por brânquias situadas na base das patas
ambulacrárias.
Excreção feita por glândulas verdes ou antenais, localizadas na parte anterior
do corpo (região da cabeção), abrindo-se para o exterior na base de uma
saliência rígida e pontiaguda chamada rostro.
Circulação aberta (lacunosa) e sangue com hemocianina (pigmento respiratório
de cor azul contendo cobre) dissolvida no plasma.
Reprodução sexuada e evolução por etapas com mudas periódicas.
Subdivisão em duas subclasses: Entomostraca (microcrustáceos ou espécies
minúsculas) e Malacostraca (crustáceos mais desenvolvidos).
. Morfologia externa

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A Cabeça é formada pela fusão de 5 segmentos, cada um deles com 1 par de apêndices
bifurcados. Há 2 pares de antenas (tetráceros), 1 par de mandíbulas e 2 pares de maxilas.
O Tórax apresenta segmentos com número variável, podendo estar fundidos ou não. Seus
apêndices são divididos em dois grupos, Maxilípedes e Pereiópodes. Os Maxilípedes servem
para a apresentação de alimento e ainda funcionam como elementos tácteis, quimioreceptores
e respiratórios. Os Pereiópodes, ou patas locomotoras, formam nos primeiros segmentos, a
pinça ou quela, usada para ataque ou defesa.
No Abdômen, os segmentos não são fundidos e seus apêndices são: Pleiópodes e
Urópodes. Os Pleiópodes são natatórios e, nos machos, o primeiro par é transformado em
órgão copulador; os Urópodes são chamados também natatórios, formados por lâminas
alargadas, que nas fêmeas, protegem os ovos. O último segmento é o Telson.
. Sistema Digestivo
É completo e a digestão é extra-celular. É comum a existência de um estômago mastigador: o
molimete-gástrico. Nos crustáceos mais simples (microcrustáceos) há eficientes mecanismos
de filtragem de água para a coleta de nutrientes e de organismos do fitoplâncton.
. Sistema Sensorial
Os órgão sensoriais são bem desenvolvidos. Os olhos podem ser simples ou compostos,
sésseis ou pedunculados. Os olhos compostos são formados por muitas unidades, os
omatídeos.
Há órgãos de equilíbrio, os estatocistos, na base das antenas e órgão tácteis e olfativos,
especialmente na região da cabeça.
. Reprodução
A maioria é unissexuada e as aberturas genitais encontram-se na parte ventral.
Habitat dos crustáceos
 São animais predominantemente
aquáticos, marinhos e dulcícolas.
 Podem viver na areia das faixas
litorâneas (caranguejo), em terra
úmida(tatuzinho-de-jardim), e algumas
espécies, como as cracas, vivem fixas
às rochas, pilares de pontes, cascos de
navios, etc.
Diferenciação entre siri e
caranguejo
 Caranguejo
 Cefalotórax quadrado, trapezóide ou




arredondado.
O último par de patas não é transformado em
remos
Siri
Cefalotórax elíptico com a margem anterior
denteada.
Tem o último par de patas transformadas em
remos.
Caranguejo e siri
Aracnídeos
 Esta classe compreende artrópodes
incorretamente confundidos com os
insetos. Mas distinguem-se deles
nitidamente pela divisão do corpo, pelo
número de patas e pela ausência de
antenas. Como aracnídeos, são
englobados as aranhas, os escorpiões,
os carrapatos, os pseudo-escorpiões e
os opilões.
ARACNÍDEOS
ARACNÍDEOS





Principais características
Corpo dividido em cefalotórax e abdome.
Possuem quatro pares de patas (animais octópodes).
Ausência de antenas (são áceros).
Presença de palpos (apêndices semelhantes a patas, mas
sem finalidade de locomoção; servem para prender vítimas e
alimentos ou possuem função sexual).
 Muitas espécies venenosas e perigosas. Outras são
parasitas (sarna, acne, carrapatos), ocorrendo, através de
algumas, a transmissão de doenças infecto-contagiosas.
 Na maioria, a respiração por filotraquéias ou pulmões-livro.
 São a maioria terrestres, vivendo sob troncos, pedras, buracos
no solo, em vários habitats, desde o nível do mar até altas
montanhas.
ARACNÍDEOS







Araneídeos
Engloba todas as aranhas.
Corpo com cefalotórax ligado ao abdome globoso por um istmo ou
pedículo muito delgado. Dois pares de apêndices ao redor da boca: o
primeiro par são as quelíceras (órgãos inoculadores de veneno), que
servem para capturar e paralisar a presa; o segundo par são os
pedipalpos, servem para o corte e mastigação; nos machos, a
extremidade dilatada dos pedipalpos serve para armazenar e transferir
espermatozóides para o corpo das fêmeas.
Pulmões foliáceos ou pulmões-livro (filotraquéias).
Algumas vivem em teia. Possuem glândulas secretoras da substância
que forma o fio e tecem a teia com as fiandeiras, localizadas na parte
terminal do abdome.
Outras são errantes e vivem em buracos no solo ou sob pedras e paus
podres. Habitam todos os climas, desde as praias, os desertos e as
florestas até as montanhas.
Há espécies com veneno de ação dolorosa, necrosante e, às vezes,
mortal.
Morfologia das aranhas
ARACNÍDEOS
 Escorpinídeos
 O corpo é dividido em cefalotórax e abdome
 Cefalotórax — onde se localizam as quelíceras, que




servem para triturar o alimento, os pedipalpos, atuam
como pinças preensoras, e quatro pares de patas.
Abdome ¾ localizam-se as glândulas de veneno, numa
dilatação denominada télson, portadora do aguilhão.
Respiração por filotraquéias.
Comuns nos locais de clima quente ou temperado. Há
diversas espécies com dimensões e coloridos muito
variados.
As espécies mais comuns são o Tytius bahiensis e o
Tytius serrulatus.
ESCORPIÕES
ARACNÍDEOS

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

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

Os ácaros (do latim acarus, ‘carrapato’) compreendem pequenos artrópodes de
corpo mal delimitado, pois o cefalotórax e o abdome parecem fundidos numa
peça única globosa ou achatada, discóide.
Muitas espécies atuam como parasitas de plantas diversas.
Outras parasitam animais diversos, inclusive o homem. Ex: Sarcoptes scabiei
(causador da sarna por sua multiplicação e irritação das camadas profundas da
pele) e Demodex folliculorum (encontrado nos folículos pilosos e glândulas
sebáceas da pele humana, agravando as manifestações de acne ou cravo).
Existem ainda os ácaros que se nutrem de matéria orgânica em decomposição,
de pêlos, de penas e de resíduos epiteliais. Ex: O Dermatophagoides farinae.
Entre os ácaros conhecidos como carrapatos, estão os hematófagos, que sugam
o sangue de animais selvagens e domésticos e também do homem.
Opiliões
Artrópodes frágeis, com certa semelhança com as aranhas, mas dotado de corpo
muito pequeno e pernas exageradamente longas.
Inofensivos.
Vivem em cantos das casas e nos banheiros velhos.
Em função das pernas muito longas, apresentam um andar bamboleante.
Exemplo: Phalalgium sp., vulgarmente conhecido como opilião ou budum.
OPILÕES
ÁCAROS
ARACNÍDEOS
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
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
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

FUNÇÕES
Sistema Digestivo
É do tipo completo e a digestão é extra-celular e extra-intestinal, nas aranhas, onde seus
sucos digestivos são injetados no corpo das presas (local onde é feita a digestão do animal).
A aranha não devora uma presa, pois apenas pode absorver líquidos. Injeta-lhe saliva e depois
aspira o líquido resultante da digestão dos órgãos da presa.
Sistema Circulatório
A circulação é lacunar e o coração é dorsal no abdome. O "sangue" é formado por um plasma,
contendo amebócitos e hemocianina como pigmento respiratório. É comum chamar a hemolinfa
o líquido circulatório dos artrópodes.
Sistema Excretor
A excreção é feita por um par de Tubos de Malpighi, ramificados, e ainda um ou dois pares de
glândulas coxais situadas no assoalho do cefalotórax (excretam por ductos que se abrem entre
as pernas).
Sistema Nervoso
Apresentam um cérebro, ligado por um anel nervoso a uma cadeia ganglionar ventral,
semelhante aos insetos.
Sistema Sensorial
Como órgão visuais há os ocelos, com função táctil, há os pedipalpos e há células
quimioreceptores nos apêndices.
Reprodução
São animais de sexos separados, com diformismo sexual e fecundação interna. Nas aranhas o
macho utiliza o pedipalpo como o órgão copulador. São ovíparos e vivíparos (escorpiões).
Possuem desenvolvimento direto. Há partenogênese em alguns ácaros.
Quilópodes
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



Conhecidos como lacraias ou centopéias, os quilópodes são animais
terrestres agressivos. Seu veneno é muito doloroso.
Têm corpo longo, cilíndrico, ligeiramente achatado dorsoventralmente
segmentado em numeroso anéis, nos quais se prendem as patas
articuladas (um par para cada segmento).
A divisão do corpo é simples, compreendendo apenas a cabeça e o
tronco.
Além do par de antenas, a cabeça é dotada de peças bucais adaptada
para a inoculação de peçonha e um par de olhos simples.
Na extremidade posterior do tronco, observa-se um par de apêndices
que simulam um aguilhão, freqüentemente enganando as pessoas, que
julgam estar ali o órgão injetor da peçonha.
São dotados de sistema digestivo completo.
A excreção se dá por túbulos de Malpighi.
Apresentam respiração traqueal.
São dióicos, com fecundação interna.
Carnívoros, alimentam-se de insetos diversos.
DIPLÓPODES
 Conhecidos como gongolôs, embuás ou






piolhos-de-cobra, são artrópodes terrestres.
O corpo dividido em cabeça, um pequeno tórax
e um abdome longo.
Além de um par de antenas, a cabeça é dotada
de peças bucais e dois ocelos.
Possuem dois pares de patas em cada anel.
Organismos dióicos.
São todos inofensivos, já que não possuem
glândulas secretoras de peçonha.
Vivem em buracos no solo. Enroscam-se
quando agredidos.
Diferenciação entre
quilópodes e diplópodes


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




Quilópodes
Apresentam movimentos
rápidos;
São carnívoros;
Têm um par de antenas
longas;
Produzem veneno;
Dotados de patas longas;
Incapazes de enrolar-se;
Corpo mais achatado;
Menor número de
segmentos.








Diplópodes
Apresentam movimentos
lentos;
São herbívoros;
Têm um par de antenas
curtas;
Não produzem veneno;
Dotados de patas curtas;
Capazes de enrolar-se
em espiral;
Corpo mais circular;
Maior número de
segmentos.
Divisões de classes
ARANHAS
 ESPÉCIES PERIGOSAS
Phoneutria nigriventer (aranha
armadeira) :Coloração marrom, com pares de
manchas ao longo da parte dorsal do abdômen;
possuem oito olhos em três filas: 2:4:2; de 4 a 5
cm de corpo, podendo atingir até 12 cm,
incluindo as pernas. Vivem em bananeiras, sob
troncos caídos, bem como, próximo e dentro
das moradias; não fazem teia e assumem
posição de defesa quando se sentem
ameaçadas.
Aranhas
 Loxosceles spp (aranha marrom) : coloração
marrom avermelhado; cefalotórax achatado;
seis olhos em três pares; apresentam até 1 cm
de corpo e 3 a 4cm incluindo as pernas.
Costumam alojar-se em fendas de barrancos,
pilhas de telhas, cavernas, sob cascas de
árvores, bem como, próximo e dentro das
moradias.
ARANHAS
 Latrodectus curacaviensis (viúva-negra): conhecida
como flamenguinha e aranha barriga vermelha. Possui
abdômen globoso de coloração preta com faixas
vermelhas e, por vezes, alaranjada; apresenta no ventre
uma mancha vermelha em forma de ampulheta; oito
olhos em duas filas: 4:4; fêmeas com 1 cm de tamanho;
machos muito menores com apenas alguns milímetros
de corpo; constroem teias tridimensionais em áreas de
plantações, vegetação rasteira, sauveiros, cupinzeiros,
materiais empilhados, objetos descartados, montes de
lenha, beiras de barrancos e no interior das moradias.
Doenças
• O local de infecção fica
suscetível a entrada de
oportunistas: bactérias
• A infecção normalmente
é benigna (inflamação
localizada)
(larva biontófaga)
Tratamento
• Remoção da larva com esparadrapo ou técnicas
cirúrgicas
• Eventualmente, aplicação de um antibiotico
Moscas varejeiras:
Cochliomyia hominivorax (biontófaga)
Cochliomyia macellaria (necrobiontófaga)
Doença: miíase (Bicheira)
Patogenia
• Larvas secretam enzimas proteolíticas
• Ferimento aumenta de tamanho
• Decomposição de material no ferimento
Atrai moscas
Miíases secundárias
Miíases por necrobiontófagas
(Cochliomyia macellaria)
Tratamento:
• Limpar ferimento (com anestesia local)
• Remoção individual dos vermes (CAVE: fluido corporal
tóxico!)
• Aconselhavel: Aplicação de um antibiótico de largo
espectro
• No caso de miíase cavitária, (ingestão de ovos/larvas de
uma variedade de moscas): antihelmínticos
Controle:
• Zoonose: Tratamento também dos animais!
• Manipulações em gado (castração/descornas) no inverno
• Tratamento do gado com Ivermectina/Doramectina para
diminuir a densidade populacional das moscas
Miíases - ação terapêutica
– tratamento pode ser vantajoso no
caso de resistência a antibióticos
– utilização larvas necrobiontófagas
– úlceras crônicas: pé diabético,
estase venosa (forma de terapia
milenar)
Lucilia sericata, L. ilustris
Phornia regina
 Remoção de tecidos necróticos
secreção de proteases
 ingestão do tecido liquefeito
 Atividade antimicrobiana
 S. aureus, Streptococcus sp.
 Cicatrização
 movimento (?)
 alantoína, uréia, bicarbonato de amônia

1 semana
1 ano
Ordem Siphonaptera: Tunga penetrans
– pulga da areia
– “bicho do pé” ou “bicho
do porco”, hospedeiro
usual é o porco (mas
ataca gatos, cachorros
e seres humanos)
As lesões passam a ser porta de entrada de micróbios
como Clostridium tetani (tétano), C. perfringens
(gangrena gasosa), Paracoccidioides braziliensis
(blastomicose)
Tunga penetrans
• A fêmea, após fecundação penetra
a pele e começa a sugar sangue,
os ovos se desenvolvem em 2 dias
e são expelidos, o parasita morre
ovos, larva 1 e 2, pupa
Terapia: Remoção do parasita
Prevenção: Aplicação de inseticidas
Ordem Anoplura: Pediculus capitis, P.
humanus e Pthirus pubis
 Doenças: Pediculose e Ftiríase
 Ectoparasitos cosmopolitas exclusivamente
de humanos
 Em todas as classes sócio-econômicas
 Hemimetábolos (ovo, larva, ninfa, adulto)
 Todos os estádios hematófagos
Piolhos: habitats
• Pediculus capitis : cabeça
• P. humanus: na roupa, em áreas protegidas do corpo
• Pthirus pubis : predominantemente na área pubiana.
• Os ovos são depositados mediante substância cimentante
em fios de cabelo (onde eles são detectados mediante
luz UV) ou de roupas
• Ciclo evolutivo: após 10 dias, a larva eclode do ovo e
começa sugar sangue, estádio ninfa, após 14 dias ficam
maduros
Patogenia da Pediculose/Ftiríase
• Prurido, entrada de oportunistas (bactérias)
• Phtirus pubis pode ser considerada uma DST
(transmissão rara através de roupa)
• P. humanus é um importante transmissor de Tifo
exantemático (Rickettsia prowazekii), o artrópode
abandona o hospedeiro que está com febre)
Tratamento:
P. capitis : Lavar cabeça com “shampoo” que contem
1% permethrina, uso repetido garante 100% sucesso
Usar pente especial para remover as lêndeas do cabelo!
P. humanus e Pthirus pubis : Lavar roupa contaminada
a 50°C por 30 min, ou deixar em lugar seco fechado por
2 semanas
Ácaros causadores de doenças em humanos
Filo Artropoda
Classe Arachnida
Subclasse Acari
Morfologia geral dos ácaros
larvas com 3 pares, ninfas/adultos com 4 pares de patas
(aparelho
bucal e palpos)
(corpo)
Subordem: Astigmata (Sarcoptiformes)
Sarcoptes scabiei
Doença:
Escabiose ou Sarna
dorsal
ventral
• Cosmopolita, democrático
• 300 milhões de casos
• parasita de seres humanos e outros mamíferos (existem
variedades com diferentes preferências: S. scabiei canis,
S. scabiei cuniculi, S. scabiei ovis etc.)
Muitos artrópodes são importantes vetores de
várias parasitoses, bacterioses e viroses ...
Culicíneos
(filaríase)
Flebotomíneos
(leishmaniose)
Simulídeos
(oncocercíase)
Ixodídeos
(Riquetsiose, Babesiose)
...MAS...
Triatomíneos
Tripanossomíase
americana
Anofelinos
(malária)
Sifonápteros
(peste)
• Não esquecer os artrópodos que passivamente
transmitem parasitas (ovos, cistos, oocistos,
bactérias e virus)
Barata
Formiga do cartao
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