Slide 1 - RExLab

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ENSINO DA MATEMÁTICA COMO FATOR PREPONDERANTE NO
DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO E NA FORMAÇÃO
CRÍTICO-INTELECTUAL DO CIDADÃO
Programa PUIC
(Educação Matemática)
Campus Virtual
Acadêmico Aurélio do Carmo Moura
Profa. Dra. Diva Marília Flemming
Introdução
A falta ou a deficiência da capacidade crítico-intelectual, definida aqui como sendo a capacidade de
argumenta e contra-argumentar, isto é, discutir opiniões num contexto tal que exige do indivíduo o
emprego da habilidade que ele tem para fazer construções lógicas, de idéias e/ou palavras,
encadeando-as na forma escrita ou falada, é um problema observado entres crianças, jovens e adultos.
Não é difícil concluir com isso que sem essa capacidade desenvolvida, o cidadão, como sujeito ativo,
não estará apto a realizar as transformações socio-culturais de que a sociedade necessita, ficando
submisso à doutrinas, ideologias e sistemas de governos opressores.
Baseado em experiências pessoais e na observação crítica e analítica da realidade, foi possível propor a
seguinte hipótese: acredita-se que a educação enfática em conteúdos matemáticos, desde a fase pré
escolar, sem parar, até a fase adulta, cria condições básicas e essenciais para que o indivíduo aumente
seu poder persuasivo e argumentativo, ou seja, sua capacidade crítico-intelectual.
Com essa expectativa é que foi desenvolvido o Projeto de Pesquisa, no contexto do Programa Unisul de
Iniciação Científica – PUIC/2007.
Resultados
Fotografias que mostram alguns estímulos (matemáticos) visuais,
auditivos e motor, sofridos pela criança “A”
0011 0010 1010 1101 0001 0100 1011
Quadros comparativos entre os níveis de capacidade crítico-intelectuais e
qualidade dos argumentos
Quadro 1 - Adolescentes
Objetivos
NÍVEL DE CAPACIDADE CRÍTICOINTELECTUAL / RESPOSTAS
QUESTÕES
Geral:
Comparar os níveis de capacidade crítico-intelectual, na resolução de problemas, entre duas
crianças, dois adolescentes e dois adultos, relacionando tais capacidades com a ênfase dada
ao estímulo/ensino matemático de cada um.
Específicos:
a) Estimular o raciocínio lógico-matemático no desenvolvimento da capacidade críticointelectual, na resolução de problemas, de uma criança com idade até 3 anos de idade;
b) Analisar e comparar a capacidade crítico-intelectual de dois adolescentes;
c) Aprimorar o raciocínio lógico-matemático bem como a capacidade crítico-intelectual de um
aluno-adulto, por meio de reforço didático ou pedagógico na disciplina matemática.
Nível de Capacidade Crítico-Intelectual
(Questão 09 do Formulário-Padrão) Ao Propor que
encadeasse as 05(cinco) palavras-chave dadas:
(1)FERRAMENTA – (2)MATEMÁTICA –
(3)CIDADÃO – (4)PENSAMENTO –
(5)DESENVOLVIMETO, de forma a obter uma frase
de sentido lógico, como a montou? Perguntado o que
pensou ao formular a frase, o que respondeu?
Metodologia
Quadro 2 - Adultos
Foi realizado um estudo qualitativo envolvendo duas crianças em idade pré-escolar, duas adolescentes
e duas adultas, com níveis instrucionais relativos à educação matemática diferentes. As que tinham
maior nível instrucional receberam a denominação de “A” (exemplo, criança “A”), e as de menor nível,
foram denominadas de “B”. Através da aplicação de técnicas como entrevistas e questionários e outros
métodos, foi possível medir o nível de capacidade crítico-intelectual de cada uma delas, usando-se para
isso um documento específico, criado para esse fim. Nesse documento elas receberam uma pontuação
e se enquadraram em um dos níveis: nº 4 - SUPERDESENVOLVIDO; nº 3 – IDEAL; nº 2 – NORMAL e
nº 1 – SUBDESENVOLVIDO. Tendo em vista que uma das crianças, uma das adolescentes e uma das
adultas sofreram estímulos matemáticos diferenciados - estímulos esses dados durante a pesquisa ou
não -, seus níveis de capacidade crítico-intelectuais foram (novamente) comparados ao final da
pesquisa. Essa (nova) comparação era com o intuito de se obter alguma relação com a quantidade e
qualidade dos estímulos (reforço didático-pedagógico em matemática) e com o teor de seus respectivos
sensos críticos. Esperava-se concluir que: quanto maior o nível de capacidade crítico-intelectual
(pontuação), maiores e melhores os estímulos e melhor a qualidade de formulação de argumentos.
1
ADOLESCENTE “A”
QUESTÕES
Nº 3 – Ideal
(Pontuação 18)
Frase: “A (2) é a (1) do (5)
do (4) do (3)”
Pensou numa questão do
questionário que tratava da
importância da matemática
AZEVEDO, José Francisco-tradução. Programa de Pesquisa Cognitiva, Divisão de Educação Especializada da Universidade
de Witwatersrand, África do Sul; Mandia Mentis coordenação. Aprendizagem Mediada Dentro e Fora da Sala de Aula.
São Paulo: Instituto Pieron de Psicologia Aplicada, 2002.
CAMPOS, Dinah Martins de Souza. Psicologia da Adolescência: normalidade e psicopatologia. Petrópolis, Vozes, 1987.
CURY, Augusto. Pais Brilhantes & Professores Fascinantes. A educação de nossos sonhos: formando jovens felizes e
inteligentes.
DOLMAN, Glenn; DOLMAN, Janet. Como multiplicar a Inteligência do seu bebê. NORTON, L. (Trad.). Porto Alegre:
Artes e Ofícios, 1993.
JEAMMET, Philippe. Respostas a 100 questões sobre a adolescência. Petrópolis: Vozes, 2007, p.204.
Nº 1 – Subdesenvolvido
(Pontuação 3)
Frase: “Um (3) pegou
uma (1) para construir
uma casa. Em seu
trabalho usava muito a
(2); seu (4) era ter um
bom (5) com seus
colegas”
Idealizou uma situação
qualquer em que pudesse
usar as palavras de uma
forma a frase pudesse ter
sentido
4
NÍVEL DE CAPACIDADE CRÍTICOINTELECTUAL / RESPOSTAS
ADULTO “A”
Nível de Capacidade Crítico-Intelectual
Nº 2 – Normal
(Pontuação 10)
(Questão 09 do Formulário-Padrão) Ao Propor que
encadeasse as 05(cinco) palavras-chave dadas:
(1)FERRAMENTA – (2)MATEMÁTICA –
(3)CIDADÃO – (4)PENSAMENTO –
(5)DESENVOLVIMETO, de forma a obter uma frase
de sentido lógico, como a montou? Perguntado o que
pensou ao formular a frase, o que respondeu?
Frase: “Para o (5) do (4)
e do (3), é necessária a
(1) da (2)”
Formulou a frase
envolvida pelo tema da
pesquisa
Conclusões
Referências Bibliográficas
2
ADOLESCENTE “B”
ADULTO “B”
Nº 2 – Normal
(Pontuação 6)
Frase: “A ferramenta
maior como “cidadões”
que precisamos e
desenvolvimento da
matemática pensarmos
num bom futuro, como
bons “cidadões”.
Não pensou em nada,
apenas escreveu
Ao final da experiência percebeu-se que, a criança “A”, que recebeu estímulos enfáticos em
educação matemática durante a pesquisa, aumentou ainda mais seu nível de desenvolvimento
crítico e seu poder questionador. Isso pôde ser observado em suas falas, atitudes e
comportamentos. A adolescente “A”, que demonstrou ter maior domínio dos conteúdos
matemáticos, mostrou também ter maior nível de capacidade crítico-intelectual do que a
adolescente “B”, possuindo ainda uma melhor fluência com as palavras na exposição suas
idéias. Situação análoga foi observada com relação aos adultos.
Com os resultados obtidos chegou-se à conclusão de que, apesar de existirem outros
fatores
que influenciam no desenvolvimento da capacidade crítico-intelectual, como o hábito da leitura,
exigências profissionais, etc, a educação matemática prepondera sobre eles, sendo essencial
para a aquisição, manutenção ou aperfeiçoamento do senso crítico do cidadão.
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