basílica -esta

Propaganda
Fiéis à mensagem do Senhor, os
três
videntes
fazem
duras
penitências. Os três pequenos, e de
um modo particular a Jacinta,
flagelam as pernas com ortigas,
porque
querem
sofrer
pela
conversão dos pecadores.
Uma epidemia, a da gripe pneumónica, cai
sobre a Europa. O Francisco e a Jacinta
são atingidos pela terrível doença. O
Francisco,
gravemente
enfermo,
é
obrigado a permanecer no leito.
A Lúcia visita-o todos os dias. Mesmo a arder em
febre, ele não tira o duro cilicio que lhe cingia o
corpo: uma corda que trazia atada à cinta para
converter os pecadores e consolar Nosso
Senhor. Mas agora, entrega o cilício à Lúcia, para
que ninguém se aperceba das penitências feitas.
É que já se sente muito enfraquecido para poder
suportar aquele sofrimento.
Certo dia, Jacinta conta à Lúcia: «Nossa
Senhora veio-nos ver, e diz que vem buscar o
Francisco muito breve para o Céu. E a mim
perguntou-me se queria ainda converter mais
pecadores. Disse-lhe que sim. Disse-me que
iria para um hospital, que lá sofreria muito,
que sofresse pela conversão dos pecadores,
em reparação dos pecados contra o Imaculado
Coração de Maria e por amor de Jesus».
Bem depressa chega a ocasião em que Lúcia e
Francisco conversam pela última vez neste
mundo. O pastorinho pede que lhe tragam um
sacerdote, pois quer fazer a sua confissão.
Mostra-se muito triste por ter cometido
alguns pecados pequenos …
Depois de meio ano de contínuo
sofrimento, e depois de ter recebido na
véspera os Santos Sacramentos, faleceu
com um sorriso nos lábios, a 4 de Abril de
1919,
Francisco, o consolador de
Jesus. Foi sepultado no
cemitério da freguesia e 33 anos
mais tarde, a 13 de Março de
1952, os seus restos mortais
foram transladados para a
Basílica de Fátima.
Depois da morte do Francisco, o estado da Jacinta agrava-se. Os médicos diagnosticam uma
pleurisia e mandaram a criança para o hospital de Vila Nova de Ourém, onde passou os meses
de Julho e Agosto de 1919. Terríveis sofrimentos atormentam aquele débil corpinho.
Jacinta voltou para casa dos pais, muito doente. Certo dia comunica à Lúcia que teve uma nova visita da Mãe da Céu :
«Disse-me que vou para Lisboa para outro hospital; que não te torno a ver, nem as meus pais, que depois de sofrer
muito morro sozinha. Mas que não tenha medo; que me vai lá buscar para o Céu». A fim de ser melhor tratada partiu
para Lisboa a 21 de Janeiro de 1920.
A Madre Maria da Purificação Godinho, que muito protegeu a Jacinta durante a sua estadia em
Lisboa, anota dentre outras palavras que safam dos lábios da pequena vidente, as seguintes: «Se os
homens soubessem o que é a eternidade, não tornariam a pecar!».
A Jacinta é operada a 10 de Fevereiro de 1920 no Hospital D. Estefânia, de Lisboa. Cortam-lhe duas costelas. Mas da
operação não resulta qualquer proveito. Aquela terrível doença, que vai minando o seu corpito, transforma-a numa
autêntica vítima dos pecadores. A pastorinha garante às enfermeiras que bem depressa a Senhora a levará para o Céu.
A 20 de Fevereiro, às 8 h. da tarde,
confessou-se ao Rev. Dr. M. Pereira dos Reis,
o qual, não vendo sinais de morte próxima, não
lhe administrou o S. Viático, como a doentinha
pedia. Pelas 10,30 da noite faleceu sozinha.
Jacinta, a vítima voluntária
reparadora dos pecados dos
homens, foi enterrada no sepulcro
do Barão de Alvaiázere em Vila
Nova de Ourém no dia 25 de Março.
A 12-9-1935 foi transladado para o
cemitério de Fátima e a 1 de Maio
de 1951 para à Basílica do
Santuário.
No local das aparições ergue-se uma capelinha das
aparições, um monumento ao Sagrado Coração de Jesus e
uma imponente Basílica, por onde desfilam
ininterruptamente multidões de peregrinos.
A Irmã Lúcia, nascida em 22 de
Março de 1907, Em 1921 entrou na
congregação
das
Religiosas
Doroteias, onde pronunciou os
primeiros votos em 1928. Em 1948
deixou o Instituto e entrou no
Carmelo de Santa Teresa, em
Coimbra, onde faleceu em 13 de
Fevereiro de 2005. Neste lugar de
paz e oração passou os seus dias
recordando as aparições de Nossa
Senhora, ocorridas na sua infância,
santificando-se, desagravando com
oração e penitência a Deus Nosso
Senhor tão ofendido pelos pecados
dos homens, orando pela conversão
dos pecadores e pelo triunfo do
Coração Imaculado de Maria
A Trasladação dos
restos mortais da Irmã
Lúcia para a Basílica de
Fátima foi realizada a
19 de Fevereiro de 2006
Participaram nas celebrações do dia 19
de Fevereiro de 2006 cerca de cem mil
peregrinos de mais de dez países do
mundo.
O frio e o vento que se fizeram sentir
durante todo o dia não demoveram os
fiéis que quiseram participar nas
cerimónias, concelebradas por 250
sacerdotes e 18 bispos.
A PRÁTICA DOS CINCO PRIMEIROS SÁBADOS
No dia 10 de Dezembro de 1925, Nossa
Senhora, tendo ao lado o menino Jesus
apareceu à Irmã Lúcia, na sua Cela, na casa
das Religiosas Doroteias em Pontevedra.
Pondo-lhe uma mão no ombro, mostrou-lhe
um coração cercado de espinhos, que tinha
na outra mão. O menino Jesus apontava o
coração e exortava-as com as seguintes
palavras:
«Tem pena do Coração da tua Santíssima
Mãe, que está coberto de espinhos que os
homens ingratos todos os momentos lhe
cravam, sem haver quem faça um acto de
reparação para os tirar.»
Nossa Senhora acrescentou: «Olha,
minha filha, o meu coração cercado de
espinhos que os homens ingratos a
todos os momentos Me cravam com
blasfémias e ingratidões.
Tu, ao menos, vê de me consolar, e diz
que todos aqueles que durante cinco
meses, no primeiro sábado, se
confessarem, recebendo a sagrada
comunhão, rezarem um terço e Me
fizerem quinze minutos de companhia,
meditando nos quinze mistérios do
Rosário com o fim de Me
desagravarem, Eu prometo assisti-los
na hora da morte, com todas as graças
necessárias para a sua salvação».
Paulo VI visitou o Santuário de Fátima em 13 de Maio de
1967, no cinquentenário das aparições, onde foi aplaudido por
mais de um milhão de peregrinos e onde se encontrou com a
vidente Lúcia.
13-05-1982 - O Papa João Paulo II vem em
peregrinação a Fátima agradecer o ter
escapado com vida, um ano antes, na Praça de
S. Pedro, e, de joelhos, consagra a Igreja, os
Homens e os Povos, com menção velada da
Rússia, ao Imaculado Coração de Maria.
13-05-1991 - O Santo Padre João Paulo II vem pela segunda vez a Fátima,
como peregrino, no 10º aniversário do seu atentado na Praça de S. Pedro, no
Vaticano, presidindo à Peregrinação Internacional.
13-05-2000 - O Santo Padre João Paulo II vem pela terceira vez a
Fátima, em ocasião da beatificação de Francisco e Jacinta.
FRANCISCO MARTO
Viveu para consolar Jesus, tão ofendido
pelos pecados dos homens
O Anjo, na sua 3ª aparição, disse aos
pastorinhos: «Consolai o vosso Deus».
Estas palavras impressionaram vivamente o
Francisco e orientaram toda a sua vida.
Quis ser o consolador de Jesus.
Enquanto Jacinta tinha um único
pensamento: converter os pecadores;
Francisco pensa só em consolar Jesus e
Nossa Senhora, tão tristes pelos pecados
dos homens.
Ele sentia imensa pena era saber que
Jesus estava tão ofendido pelos
pecados dos homens. O seu grande
ideal foi o de consolar Jesus. Não quer
pecar, nem quer que os outros pequem,
porque o Senhor fica triste. Fazia
tantos pequenos sacrifícios afim de
consolar Jesus, retirava-se na igreja e
em lugares solitários para consolar
Jesus. Pouco antes de morrer disse:
«Vou para o Céu consolar muito Nosso
Senhor e Nossa Senhora».
Diante da incerteza da Lúcia
Quando a Lúcia estava cheia de dúvidas e
resolveu não voltar à Cova da Iria, o
Francisco animava-a: «Mas, que tristeza!
Deus já está tão triste com tantos pecados
e agora, se tu não vais, fica ainda mais
triste!»
«Deixa lá. Não nos disse Nossa Senhora que íamos ter muito que sofrer para
reparar o Nosso Senhor e o seu Imaculado Coração, de tantos pecados com
que são ofendidos? Eles estão tristes! Se com estes sofrimentos os podemos
consolar, já ficamos contentes»
Pensando em si próprio:
«Se calhar, é por causa destes pecados que eu fiz, que Nosso Senhor está
tão triste! Mas eu, ainda que não morresse, nunca mais os tornava a fazer»
Os seus gostos
«Gostei muito de ver o Anjo, mas gostei ainda
mais de ver Nossa Senhora … e ainda mais
gostei ver Nosso Senhor naquela luz que Nossa
Senhora nos meteu no peito! Gosto tanto de
Deus! Mas Ele está tão triste por causa de
tantos pecados! … Nós nunca havemos de fazer
nenhum!»
Quando a Lúcia lhe perguntou: «O que gostas mais, consolar Nosso Senhor
ou converter os pecadores? O Francisco respondeu: «Gosto mais de
consolar a Nosso Senhor! Eu queria consolar a Nosso Senhor e depois
converter os pecadores para que não O ofendam mais … Tenho pena dos
pecadores, mas tenho ainda mais pena de Nosso Senhor. Queria primeiro
consolá-l’O.
Quando estava doente dizia: «Sofro
muito, mas não me importa, sofro para
consolar Nosso Senhor»; «Já me falta
pouco para ir para o Céu. Lá vou
consolar muito a Nosso Senhor e Nossa
Senhora».
A irmã Lúcia refere algumas palavras que a Jacinta lhe confiou,
antes de ir para o hospital:
Jacinta Marto
Já me falta pouco para ir para o Céu. Tu ficas
cá para dizeres que Deus quer estabelecer no
mundo a devoção ao Imaculado Coração de Maria.
Não te escondas de dizer a toda a gente que
Deus nos concede as graças por meio do Coração
Imaculado de Maria… Ah, Se eu pudesse meter
no coração de toda as gente o lume que tenho cá
dentro no peito a queimar-me e a fazer-me
gostar tanto do Coração de Jesus e do Coração
de Maria! (Jacinta)
No hospital de Santa Estefânia, em Lisboa, a Irmã Maria da
Purificação, recolheu algumas palavras da Jacinta, entre outras, as
seguintes:
- Os pecados do mundo são grandes.
Se os homens soubessem o que é a
eternidade, faziam tudo para mudar de
vida.
- Os homens perdem-se porque não
pensam na morte de Nosso Senhor e
não fazem penitencia.
- Não fale mal de ninguém e fuja de
quem diz mal.
- Tenha muita paciência, porque a
paciência leva-nos para o Céu.
- A mortificação e os sacrifícios
agradam muito a Nosso Senhor.
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