Psicoterapia Comportamental

Propaganda
PSICOTERAPIA COMPORTAMENTAL
Armando Rezende Neto
UNIBAN
UNIFESP – Ambulatório de
Transtorno Obsessivo-Compulsivo
Psicoterapia Comportamental:
ORIGEM

“... a sua origem está fundamentada em
diversas posições teóricas e os métodos
psicoterápicos atuais evoluíram a partir de
técnicas e procedimentos de intervenção
praticados no século passado”. (Barcellos e
Haydu, 1995).
O QUE É TERAPIA COMPORTAMENTAL?

“Terapia comportamental é um processo que
envolve a aplicação de procedimentos ou técnicas
comportamentais específicos, utilizados com o
objetivo de alterar exemplos particulares dos
comportamentos da queixa apresentada pelo cliente
...”. (Guilhard, 2004)
Psicoterapia Comportamental:
DEFINIÇÃO

“Terapia comportamental é conhecida pela
utilização de técnicas específicas que
complementam uma adequada relação
terapêutica” (Rangé, 1995).
Cuidado ao aplicar as técnicas...

A terapia envolve sim a aplicação de
técnicas, mas não se limita a elas.

Cada técnica descrita não é um exemplo de
Terapia Comportamental ou uma maneira de
lidar com uma queixa (Guilhard, 2004).

O terapeuta, antes de propor qualquer ação
terapêutica, deve ficar sob controle dos
excessos, dos déficits e das reservas
comportamentais do cliente, não sob
controle exclusivo da queixa (Ferster, 1972
in Guilhard).
PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS

PARADIGMA:
– Todo comportamento é resultado da
relação do sujeito com o ambiente.

VISÃO DE HOMEM:
– O ser precede o pensar.

“Existo, logo penso”.
TERAPIA COMPORTAMENTAL
FUNDAMENTOS:

CAUSA NA RELAÇÃO COM O MEIO

EXTERNALISTA / AMBIENTALISTA

ANÁLISE FUNCIONAL/COMPORTAMENTOS
TERAPIA COMPORTAMENTAL

CARACTERÍSTICAS:
1.
Objetiva
Diretiva
Pesquisa resultados
Emprega técnicas
Considera componentes orgânicos
2.
3.
4.
5.
PSICOTERAPIA COMPORTAMENTAL x
MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO


Psicot.Comp. ≠ Modificação Comportamento
Modificação do Comportamento:
–
–
Tentativa de extrapolar o uso do método
experimental e dos princípios de aprendizagem
descobertos em ambientes controlados para a
solução de problemas.
Problemas = distúrbios de hábito, excessos e
déficits comportamentais.
Objetivo da Modificação do
Comportamento (MC)
 demonstrar que princípios comportamentais
também ocorriam e eram aplicáveis a seres
humanos.
 Aplicações: princípios de condicionamento
aplicados ao autismo; teoria da
aprendizagem usada no tratamento da fobia
escolar; retirada e apresentação do reforço
no comportamento de chupar o dedo.
CARACTERÍSTICAS DA MC
1.
2.
Ênfase do trabalho sobre uma resposta ou
classe de respostas usando uma técnica ou
procedimento; trabalho do terapeuta:
principalmente com os pais; com as cças.
fazia observação.
Eventos privados não eram trabalhados
(fora da análise da queixa).
3. Análise apenas de eventos ambientais
públicos e imediatamente antecedentes e
consequentes à resposta.
4. Procedimento deveria iniciar com descrição
clara dos comportamentos-queixa.
4. BUSCAVA-SE:
Exemplos para ilustrar os compto.queixa;
ii.
Identificar eventos antecedentes e consequentes
(relacionados à sua ocorrencia e manutenção);
iii.
Levantar dados sobre frequencia, intensidade e
não-ocorrencia;
OBS.: Estas informações ainda são importantes, mas
atualmente usadas de forma diferente. Elas
favorecem a comunicação terapeuta-cliente e
compreensão do problema.
i.
RESULTADO

Estabelecia-se uma meta para o trabalho:
–

1.
2.
Extinguir os comptos-queixa e aumentar a
ocorrencia dos comptos incompatíveis.
NÃO ENFATIZADOS NA ANÁLISE DA
QUEIXA:
Encobertos da cça;
Relacionamento com os pais.
Fundamentação para não trabalhar
encobertos:


Ações públicas ou privadas decorrem de
alterações em contingências ambientais
externas  premissa verdadeira.
Contudo: isso pode ocorrer parcialmente e
conceitos e auto-regras podem afetar a
sensibilidade da pessoa às alterações de
contingências.
REGRAS E AUTOREGRAS:



Regras  são descrições de contingências; não
são as contingências, mas o que “concluímos
delas”. São nossas cognições, pensamentos, nosso
conhecimento. É o saldo de nossas experiências.
Geralmente herdamos as regras das pessoas
significativas ao nosso redor = nossa cultura.
AUTOREGRAS  criadas pela própria pessoa após
as experiências, situações.
EXEMPLOS: código de trânsito, livros sagrados
(bíblia, alcorão, etc.), livro de boas maneiras,
mapas, placas, etc.
CONCLUSÃO DA MC:
–
–
Enfase  estava na pesquisa;
MC então, criticava a clínica: intervenções simultâneas
com objetivo de mudanças rápidas;
CRÍTICAS À MC:
1.
Alongava atendimento para controlar variáveis;
2.
Não analisava a relação terapêutica e a relação
pais-terapeuta.
TÉRMINO DO PROCESSO  manutenção e
generalização dos resultados.
REFLEXÃO


Apesar dos limites a MC foi uma prática
importante, pois ajudou a Psicologia com
práticas profissionais sistemáticas, éticas e
cientificamente sustentáveis.
TEORICAMENTE:
–
–
MC = Behaviorismo Metodológico;
PC = Behaviorismo Radical.
PSICOTERAPIA COMPORTAMENTAL

Termo surge pela primeira vez nos anos 40:
–
–

Skinner: relatório da Marinha USA;
Joseph Wolpe: livro – Psicoterapia
Comportamental.
DIFICULDADES: Pesquisadores não eram
terapeutas e terapeutas não eram
pesquisadores.
Psicoterapia Comportamental (PC) em
comparação com a MC




Usa-se muitas das formas citadas anteriormente,
mas não do mesmo modo;
Especifica-se: antecedentes e consequentes dos
comportamentos  hipóteses sobre possíveis
funções dos comptos. e dos estímulos e se os
comptos. estão ou não sensíveis às contingências.
Especifica-se as situações em que eles ocorrem e
os tipos de controle de estímulos presentes.
MUDANÇA: incluir os encobertos e a avaliação da
relação terapêutica.
PSICOTERAPIA COMPORTAMENTAL

HISTÓRICO
–
RAÍZES:
 Fisiologia
na Rússia, Behaviorismo nos EUA e
Psicologia da Aprendizagem
 Pavlov: Condicionamento Clássico
 Watson: fundou o Behaviorismo

DÉCADA DE 20:
–
–
–

Pesquisas sobre o paradigma respondente
Watson: condicionamento de respostas de medo
Behaviorismo Metodológico
DÉCADA DE 30:
–
–
Introdução da terminologia operante (Skinner)
Tratamentos: enurese e neuroses

DÉCADA DE 40:
–
–

Nova postura..............Behaviorismo Radical
Estes e Skinner: ansiedade condicionada
DÉCADA DE 50:
–
–
Wolpe: dessensibilização sistemática
Skinner: “Comportamento Verbal”.......quais
variáveis este comportamento é função

DÉCADA DE 60:
–
–
–
–
–
Terapias Cognitivas
Terapia Racional Emotiva - Albert Ellis
Terapia Cognitiva - Aaron Beck
Treino de Assertividade
Economia de Fichas com Psicóticos

DÉCADA DE 70:
–

Pesquisas sobre: autocontrole (tabagismo,
obesidade, alcoolismo), terapia sexual
DÉCADA DE 80 ATÉ OS DIAS ATUAIS:
–
–
Pesquisas sobre comportamento verbal
Relação terapeuta-cliente
TERAPIA COMPORTAMENTAL
nos dias de hoje
PROGRAMA DA 4a MOSTRA DE TCC - SETEMBRO DE 2006
Local: UERJ - Rio de Janeiro
1. ESTUDOS BRASILEIROS SOBRE EMPATIA
COORD.: ELIANE FALCONE – UERJ
a) Empatia: conceito, evolução e impacto social.
Eliane Falcone – UERJ.
b) Avaliação do questionário de empatia conjugal (QEC).
Maria das Graças Soares de Oliveira – UERJ.
c) Um estudo comparativo da freqüência de verbalização empática
entre psicoterapeutas de diferentes abordagens teóricas.
Débora Barbosa Gil – Exército Brasileiro/RJ.
2. TCC COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
COORD.: ANGELA ALFANO – UFRJ
a) A importância da família na terapia cognitivocomportamental com crianças.
Angela Alfano – UFRJ / Centro Integrado de Psiquiatria da
Infância e Adolescência (CIPIA).
b) O trabalho de reestruturação cognitiva com crianças em
uma organização não-governamental.
Helga T. Rodrigues – CIPIA
c) Protocolo de tratamento em grupo do TOC em uma
organização não-governamental.
Manuela Corrêa Borges – CIPIA
3. APLICAÇÕES DA TCC EM PSICOLOGIA JURÍDICA.
COORD.: DANIELLE GOLDRAJCH – Núcleo de Psicologia das
Varas de Família/RJ
a) A abordagem cognitivo-comportamental no
direito de família: relato de caso.
Danielle Goldrajch
b) Sentimentos e crenças no trabalho com crianças
abrigadas.
Lívia Santana – UERJ
c) O trabalho do psicólogo na Vara da Infância, da
Juventude e do Idoso (VIJI), Comarca da Capital
do RJ.
Márcia Moscon de Faria.
4. REABILITAÇÃO COGNITIVA E TCC
COORD.: MONICA PORTELLA – PUC-Rio
a) Impactos da TCC em um caso de
traumatismo craniencefálico.
Hebe Goldfeld – CPAF-RJ
b) Reabilitação de memória e TCC no distúrbio
de memória associado a idade (DMAI):
melhorando a qualidade de vida.
Monica Portella – PUC-Rio
c) Reabilitação de memória e TCC na Esclerose
Múltipla.
Tânia Netto– PUC-Rio
REFERÊNCIAS

Conte, F.C.S. e Regra, J.A.G. A psicoterapia comportamental infantil: novos
aspectos. In: Silvares, E.F.M. (Org.) Estudos de caso em psicologia
comportamental infantil. Campinas, Papirus, 2000.
Download