A evolução conceitual proposta por Le Goff Mnemosyne, filha de Urano e Gaia, uniu-se a Zeus e com ele teve nove filhas, as musas: Calíope, Clio, Euterpe, Tália, Melpômene, Terpsícore, Erato, Polimnia Urania. CONCEITUAÇÃO 1- O que é a memória: É fenômeno individual e psicológico (soma/psiche). A memória liga-se também à vida social (sociedade) e varia em função da presença ou da ausência da escrita (oral/escrito). CONCEITUAÇÃO 2- Como ocorre memória a conservação da Ela é objeto da atenção do Estado que, para conservar os traços de qualquer acontecimento do passado (passado/presente), produz diversos tipos de documento/monumento, faz escrever a história, acumular objetos CONCEITUAÇÃO 3 - A apreensão da memória portanto, Depende do ambiente social (espaço social) e político (política): trata-se da aquisição de regras de retórica e também da posse de imagens e textos (imaginação social, imagem, texto) que falam do passado, em suma, de um certo modo de apropriação do tempo (ciclo, gerações, tempo/temporalidade) CONCEITUAÇÃO 4 – As direções atuais da memória estão, pois, profundamente ligadas às novas técnicas de cálculo, de manipulação da informação, do uso de máquinas e instrumentos (máquina, instrumento), cada vez mais complexos. OS CAMPOS DO ESTUDO DA MEMÓRIA • • • • • • • • Psicologia Psicofisiologia Neurofisiologia Biologia Psiquiatria História Semiótica Sociologia TIPOLOGIAS DA MEMÓRIA 1- A tipologia de LEROI-GOURHAN (p.422- 423) ►Memória específica ►Memória étnica ►Memória artificial 2 – Memória e esquecimento: a fase de transição e a domesticação do pensamento selvagem EVOLUÇÃO DA MEMÓRIA OS PARÂMETROS DE LE GOFF: 1 – Sociedades de memória essencialmente oral 2 – Sociedades em fase de transição da oralidade à escrita 3 – Sociedades de memória essencialmente escrita EVOLUÇÃO DA MEMÓRIA A proposta de LE GOFF (P.423) ►A memória étnica nas sociedades sem escrita, ditas “selvagens”; ►O desenvolvimento da memória, da oralidade à escrita, da Pré-História à Antiguidade; ►A memória Medieval, em equilíbrio entre o oral e o escrito; ►Os progressos da memória escrita, do séc. XVI aos nossos dias; ►Os desenvolvimentos atuais da memória. MEMÓRIA ÉTNICA 1 – Termo reservado para os povos sem escrita. O primeiro domínio no qual se cristaliza a memória coletiva dos povos sem escrita é aquele que dá fundamento – aparentemente histórico – à existência das etnias ou das famílias, isto é, dos mitos de origem. (p.424) O segundo é o “cantar mítico” da tradição. ►Os homens-memória ou especialistas em memória: “genealogistas”, guardiães dos códices reais, historiadores da corte, “tradicionalistas”. O DESENVOLVIMENTO DA MEMÓRIA Da oralidade à escrita, da Pré-História à Antiguidade: Nas sociedades sem escrita, a memória coletiva parece ordenar-se em torno de três grandes interesses: a idade coletiva do grupo, que se funda em certos mitos, mais precisamente nos mitos de origem; o prestígio das famílias dominantes, que se transmite por fórmulas práticas fortemente ligadas à magia religiosa. (p. 427) ►Nas sociedades com escrita: as comemorações e os documentosmonumentos. ►A filosofia clássica e a questão da memória. O PERÍODO MEDIEVAL (I) 1 – O papel das religiões radicadas históricateológicamente na História: o Judaísmo e o Cristianismo como as “religiões da recordação”. 2 – S. Agostinho: lugares e imagens da memória – a câmara vasta e infinita. Memória, inteligência e vontade 3 – Nesta época, saber de cor é saber: os glossários, os léxicos, as listas de cidades, montanhas, rios, oceanos...Os métodos mnemotécnicos; a retórica. 4 – A distinção entre memória natural e memória artificial: os “sinais de memória” O PERÍODO MEDIEVAL (II) Tomás de Aquino e Alberto Magno: 1 – O retorno a distinção entre memória e reminiscência. 2 – A intenção na imagem evocada pela memória. 3 – A memória como auxiliar da prudência e aumento da sabedoria. 4 – O relevo atribuído às técnicas mnemônicas por Tomás de Aquino: simulacros, ordem e meditação.(p 449-450) OS PROGRESSOS DA MEMÓRIA ESCRITA E FIGURADA DA RENASCENÇA A NOSSOS DIAS 1 – A imprensa e a memória: a diferença entre a transmissão oral e a escrita. 2 – A manipulação da memória. A ligação entre memória e imaginação e memória e poesia. As comemorações e as festas: novos instrumentos de suportes: moedas, medalhas, selos de correio, placas comemorativas. 3 – O movimento científico e a construção da memória coletiva, dos mitos da nacionalidade: os arquivos, os museus, os monumentos coletivos aos mortos e a invenção da fotografia. O desenvolvimento contemporâneo da memória 1 – A memória eletrônica: a informática e massificação do uso dos computadores 2 – O uso das calculadoras nos domínios das ciências sociais e, em particular, daquela em que a memória constitui, ao mesmo tempo, o material e o objeto: a História. 3 – O efeito “metafórico” do uso do termo memória e a importância do seu uso por analogia em outros campos do saber. (p. 463)