SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL Conferência

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SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
Conferência –Alma-ata 1978
“SAÚDE PARA TODOS”
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Dos 49 milhões de pessoas que morrem por ano no
mundo, 11 milhões são nos países industrializados e 38
milhões nos países subdesenvolvidos.
As doenças infecciosas e parasitárias são responsáveis
por 34 % das mortes.
Nos países subdesenvolvidos, morrem anualmente 15
milhões de crianças de doenças infecciosas e/ou má
nutrição.
Desafio: 93% das mortes evitáveis ocorrem justamente
nos países subdesenvolvidos.
1
EPIDEMIAS
As epidemias ou doenças
epidêmicas se caracterizam pelo
aparecimento súbito, com uma grande
incidência, em determinada área,
assumindo caráter alarmante dentro
da população.
Varíola, Cólera, Dengue, Febre
amarela, etc.
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PANDEMIA
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As pandemias ou doenças pandêmicas são doenças
contagiosas de caráter superalarmante que se
alastram rapidamente por todo um país, por todo um
continente ou, até mesmo, por todo o mundo,como:.
A gripe espanhola em 1919;
A Peste Negra em meados do séc XIV dizimando
cerca de 1/3 de toda a população européia;
A gripe asiática;
3
AIDS
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A Pandemia de SIDA/AIDS que vem se instalando
no mundo, de forma crescente, desde o início da
última década, se apresenta como um dos maiores
desafios para a década em que vivemos.
Segundo pesquisa revela: 50% das mulheres com
idade entre 20 e 30 anos em Uganda e 20% dos
neonatos eram sorologicamente positivos para o HIV
naquele país.
4
SERÁ QUE FORAM ERRADICADAS?
 O retorno de antigas doenças é uma
nova realidade intimamente relacionada
ao modelo brasileiro de desenvolvimento.
 Excluindo grande parte da população dos
serviços públicos e dos bens de consumo,
o modelo atual é gerador de pobreza e
favorece a ação humana desordenada
sobre o ambiente propiciando o
aparecimento das doenças transmissíveis.
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ANTIBIÓTICOS / VACINAS
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Avanços representados pelo desenvolvimento
de antibióticos, vacinas e modernas tecnologias
de saneamento, trouxeram como resultado o
controle ou prevenção de diversas doenças
infecciosas.
Os esforços redobrados levaram à eliminação
ou drástica redução da incidência de doenças
como a coqueluche, poliomielite, difteria e
varíola, como também meningite e pneumonia.
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SURPRESAS DO FIM DO SÉCULO XX
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Emergência de novas doenças como a AIDS, hepatite C, Ebola,
“Vaca louca”, , a Gripe do frango, a Síndrome Respiratória Aguda
Grave (SARS), entre outras, e à reemergência de doenças que
pareciam sob controle, como a dengue, cólera, malária, difteria,
febre amarela e tuberculose.
A crescente resistência bacteriana aos antibióticos também veio se
somar às dificuldades para o controle dessas doenças e as ações e
ameaças de bioterrorismo complicaram esse quadro ainda mais.
Com esse panorama foi preciso uma intensa mobilização
internacional no sentido de estruturar e fortalecer a capacidade dos
países para responder à “ameaça microbiana”.
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INVESTIMENTO
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Os investimentos públicos e privados em pesquisa e
desenvolvimento na área de saúde não estão direcionados para
esse problema e sim para pesquisa dos problemas de saúde de
10% da população mundial, o que causa um profundo
desequilíbrio por conta dessa disparidade.
As doenças infecciosas e parasitárias ainda permanecem hoje
como a maior causa mundial de mortalidade afetando os países
em desenvolvimento e os segmentos populacionais mais
pobres onde as desigualdades econômicas e sociais são
centrais para sua persistência e disseminação.
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Oswaldo Cruz:
o saneador do Rio de Janeiro
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Quando Oswaldo Cruz assumiu a direção do
Departamento Nacional de Saúde Pública, o Brasil era um
país doente. Uma das regiões que mais sofria era o Rio de
Janeiro. No final do século XIX, dizia-se que essa cidade
poderia vir a ser o maior empório da América do Sul se não
fosse uma fábrica de moléstias.
Médico bacteriologista, Oswaldo Cruz foi responsável pela
erradicação de várias doenças que assolavam os centros
urbanos no século XIX e começo do XX.
Duas doenças, em especial, tiravam o sono das autoridades
e a vida da população: a Febre Amarela e a Varíola.
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Febre Amarela
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Transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, chegou ao Brasil no século
XVII em navios que vinham da África. Os primeiros casos datam de 1685, no
Recife, e de 1692, na cidade de Salvador.
Durante o século XVIII, não foram relatados casos dessa doença no Brasil. Ela
retornou apenas entre 1849 e 1850, na forma de uma grande epidemia, que atingiu
quase todo o país. Uma das cidades mais atacadas foi o Rio de Janeiro.
Esse surto epidêmico obrigou o Império a tomar providências que
podem ser consideradas de saúde pública. O governo, por meio de um
decreto, tentou limpar as cidades purificando o ar. Mas, mesmo
assim, a febre amarela continuou a atacar. Não se imaginava que a
causa da doença era um mosquito. Depois de 1850, ela se tornou
endêmica no Rio de Janeiro.
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Febre Amarela
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O número de vítimas aumentou assustadoramente. Entre 1880
e 1889, foram registrados 9.376 casos.
A solução para a febre amarela surgiu apenas no final do
século XIX. Até essa época, as teorias sobre a doença eram
inúmeras. No Brasil, acreditava-se que o clima, o solo e os
ares poderiam ser propícios ao seu surgimento; por isso a idéia
de limpar o ar.
Foi em Cuba que um cientista descobriu que a febre amarela
era transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.
Oswaldo Cruz já tinha conhecimento do trabalho desenvolvido
em Cuba e, quando iniciou sua luta para acabar com a febre
amarela na cidade do Rio de Janeiro, recebeu amplo apoio do
presidente Rodrigues Alves, que havia perdido um dos filhos
por causa dessa doença
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Mosquito
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O mosquito Aedes aegypti.
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VARÍOLA
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A varíola, uma das doenças mais antigas de que se tem notícia. Causada por
um vírus, o Orthopoxvirus variolae, tirou muitas vidas ao longo da história.
chegou ao Brasil com os colonizadores e os navios que vinham da África.
Datam de 1563, por ocasião de uma epidemia que ocorreu na cidade de
Salvador e seus arredores.
Sua presença marcou importantes períodos, como na Idade Média e as
pessoas morriam em virtude das altas febres, dores e fatiga ou poderiam
ficar cegas, com profundas cicatrizes pelo corpo, especialmente no rosto.
Fez muitas vítimas no Brasil. Durante o Período Colonial, a doença
periodicamente atacava vilas e alastrava-se pelas fazendas.
Foi apenas no século XVIII que se vislumbrou o que seria a solução para
impedir o avanço da varíola. As pistas dadas pelos próprios doentes — as
que conseguiam sobreviver ficavam imunes à moléstia, ou seja, não a
contraíam novamente.
Imunização. Essa era a chave que a varíola oferecia em meio aos seus
flagelos para se evitarem tantas mortes.
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As epidemias no Brasil
Stefan – No Brasil, o retorno da dengue pegou todo mundo de
surpresa, embora fosse um episódio relativamente previsível. No
século XX, a industrialização e conseqüente aumento do lixo
industrial, o significativo crescimento populacional, a urbanização
descontrolada favoreceram o aparecimento dos reservatórios de
mosquitos. Bastou o vírus da dengue chegar que tudo estava pronto
para sua proliferação e a doença reapareceu.

As campanhas procuram alertar as pessoas para que não deixem
acumular água em latas, garrafas, pneus ou qualquer outro
recipiente nos arredores das residências.

E tem mais: alguns vírus foram descobertos em nossa flora. Nosso
país possui um nicho ecológico não invadido pelo homem que, por
certo, deve albergar vírus ainda não conhecidos. Na década de
1990, apareceu em Araçatuba, no Estado de São Paulo, um vírus
novo que acometia as vacas e passava para as pessoas que as
ordenhavam.
14
Principais epidemias da atualidade
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.
Para a maioria delas há prevenção e tratamento, mas a
desigualdade social inviabiliza seu controle e
erradicação.
Se me perguntassem, então, quais são as piores
epidemias, eu responderia que são as que grassam nos
países pobres especialmente no continente africano.
A malária, doença para qual há prevenção e tratamento
se precocemente diagnosticada, mata um milhão de
crianças por ano na África.
A tuberculose mata mais um milhão.

Oitocentas mil morrem de sarampo, que tem vacina.
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ÍNDICES ALARMANTES
Para a maioria delas há prevenção e tratamento, mas
a desigualdade social inviabiliza seu controle e
erradicação.
Se me perguntassem, então, quais são as piores
epidemias, eu responderia:
A tuberculose mata mais um milhão.
Oitocentas mil morrem de sarampo, que tem vacina.
Se somarmos a essas mortes as causadas por AIDS e
diarréia, esses números sobem para quase cinco
milhões de crianças mortas anualmente, vítimas de
epidemias que poderiam ter sido prevenidas ou
controladas.
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Medidas de controle e prevenção
Drauzio – De modo geral, que comportamento humano ajudaria a
controlar as epidemias ou, pelo menos, evitaria que elas se
disseminassem tão depressa?
Stefan – No século XIX, os órgãos responsáveis pela política de
saneamento básico dividiam as cidades em bairros para estabelecer
um programa de ação. Acontece que, hoje, o planeta é uma grande
cidade e os continentes viraram bairros. As doenças estão
globalizadas. É preciso criar um sistema de saúde também
globalizado. Um dos principais problemas que os países
industrializados enfrentam no momento é a importação da malária
que entra pelos aeroportos nos Estados Unidos, Inglaterra e França
com os indivíduos que chegam da África onde não há uma política de
controle e prevenção da doença.
17

Outro cuidado importante diz respeito às alterações
impostas ao meio ambiente que favorecem a volta das
epidemias. Os cientistas acreditam que o El Niño seja
um fenômeno mais intenso agora por causa do efeito
estufa. O aquecimento da água do mar favorece a
proliferação dos mosquitos responsáveis pelas
epidemias de cólera, malária e dengue. O
desmatamento é outra causa de certas enfermidades.
A doença de Chagas, por exemplo, chegou à
Amazônia. A derrubada da mata propiciou a
construção de um tipo de casa ideal para o barbeiro,
besouro transmissor dessa doença.
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Descoberta e surpresas

A descoberta dos antibióticos criou a ilusão de que as doenças
contagiosas seriam controladas depois de um certo tempo.
Imaginávamos que as epidemias iriam desaparecendo
gradativamente e chegaria o dia em que a humanidade estaria
livre desse mal para sempre. Quanto engano!

Apesar dos grandes avanços tecnológicos e científicos que
marcaram o século XX, um olhar para o passado e para o
panorama que o futuro promete, infelizmente comprova que
não só foi impossível acabar com muitas dessas doenças, como
também surgiram epidemias novas capazes de se alastrarem
pelo mundo globalizado.
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PESTE NEGRA
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
Peste negra é a designação por que ficou
conhecida, durante a Idade Média, a peste
bubónica.
Pandemia que assolou a Europa durante o
século XIV e dizimou entre 25 e 75 milhões de
pessoas, sendo que alguns pesquisadores
acreditam que o número mais próximo da
realidade é de 75 milhões, um terço da
população da época.
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A TRANSMISSÃO DA PESTE NRGRA
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A doença é causada pela bactéria Yersinia pestis[4], transmitida ao
ser humano através das pulgas dos ratos-pretos (Rattus rattus) ou
outros roedores.
A peste bubónica é uma doença primariamente de roedores: (ratos,
ratazanas, coelhos, marmotas, esquilos). Espalha-se entre eles por
contacto direto ou pelas pulgas, e é-lhes frequentemente fatal.
A peste nos humanos é uma típica zoonose, causada pelo contacto
com roedores infectados. As pulgas dos roedores recolhem a
bactéria do sangue dos animais infectados, e quando estes morrem,
procuram novos hóspedes. Entretanto a bactéria multiplica-se no
intestino da pulga. Cães, gatos e seres humanos podem ser
infectados, quando a pulga liberta bactérias na pele da vítima. A Y.
pestis entra então na linfa através de feridas ou microabrasões na
pele, como a da picada da pulga.
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
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A peste bubónica é uma doença primariamente de
roedores: (ratos, ratazanas, coelhos, marmotas, esquilos).
Espalha-se entre eles por contacto direto ou pelas pulgas,
e é-lhes frequentemente fatal.
A peste nos humanos é uma típica zoonose, causada pelo
contacto com roedores infectados. As pulgas dos roedores
recolhem a bactéria do sangue dos animais infectados, e
quando estes morrem, procuram novos hóspedes.
Entretanto a bactéria multiplica-se no intestino da pulga.
Cães, gatos e seres humanos podem ser infectados,
quando a pulga liberta bactérias na pele da vítima. A Y.
pestis entra então na linfa através de feridas ou
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microabrasões na pele, como a da picada da pulga.
EPIDEMIOLOGIA

A peste foi uma epidemia extremamente mortífera na Europa,
China, Médio Oriente, Ásia e África durante várias épocas,
principalmente durante a baixa Idade Média. A última
epidemia significativa ocorreu no fim do século XIX, na China
e Índia, mas ainda hoje se registram casos em vários países,
principalmente naqueles em que há populações de roedores
selvagens infectados. Há cerca de 2000 casos por ano em todo
o mundo, nas regiões em que há roedores infectados.
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Progressão da doença e sintomas
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A bactéria entra por pequenas quebras invisíveis da integridade
da pele. Daí espalha-se para os gânglios linfáticos, onde se
multiplica.
Após no máximo sete dias, em 90% dos casos surge febre alta,
mal estar e os bubos, que são protuberâncias azuladas na pele.
São na verdade apenas gânglios linfáticos hemorrágicos e
inchados devido à infecção. A cor azul-esverdeada advém da
degeneração da hemoglobina. O surgimento dos bubos
corresponde a uma taxa média de sobrevivência que pode ser
tão baixa como 25% se não for tratada. As bactérias invadem
então a corrente sanguínea, onde se multiplicam causando
peste septicémica.
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sintomas
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

A peste septicémica caracteriza-se pelas hemorragias em vários
orgãos. As hemorragias para a pele formam manchas escuras, de
onde vem o nome de peste negra. Do sangue podem invadir
qualquer orgão, sendo comum a infecção do pulmão.
A peste pneumónica pode ser um desenvolvimento da peste
bubónica ou uma inalação directa de gotas infecciosas expelidas por
outro doente. Há tosse com expectoração sanguinolenta e purulenta
altamente infecciosa. A peste inalada tem menor período de
incubação (2-3 dias) e é logo de início pulmonar, sem bubos. Após
surgimento dos sintomas pulmonares a peste não tratada é mortal
em 100% dos casos.
Mesmo se tratada com antibióticos, excepto se na fase inicial, a
peste tem ainda uma mortalidade de 15%.
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Prevenção
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
Fato de "proteção" usado pelos médicos
durante a Idade Média quando visitavam
doentes vítimas da Peste Bubônica
Evitar o contacto com roedores e erradicá-los
das áreas de habitação é a única proteção
eficaz. O vinagre foi utilizado na Idade Média,
já que as pulgas e as ratazanas evitam o seu
cheiro.
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TRATAMENTO
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
Os antibióticos revolucionaram o tratamento da
peste, tornando-a de agente da morte quase
certa em doença facilmente controlável. São
eficazes.
Notificação :
A peste é uma doença de Notificação
Compulsória internacional e deve ser
comunicada imediatamente, pela via mais
rápida, às autoridades sanitárias. A investigação
é obrigatória.
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Sistema de proteção

Fato de "protecção" usado pelos médicos durante a Idade Média quando visitavam doentes
vítimas da Peste Bubónica
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ESPÉCIE TRANSMISSORA

Rattus rattus, a espécie de ratazana responsável pela disseminação da
peste durante a Idade Média
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

DUAS FORMAS DA DOENÇA
Há duas formas de peste: a peste bubônica, que afeta
os gânglios linfáticos e a peste pneumônica, uma das
moléstias mais infecciosas e mortais conhecidas pelo
ser humano e que atinge os pulmões. Transmitia-se com
facilidade, já que podia ser difundida pela tosse e pelos
espirros. Ambas as formas coexistiram.
A epidemia cruzava as fronteiras com facilidade, não só
entre diferentes países, mas também entre animais e
seres humanos. Não há dúvidas sobre o dramático
impacto da peste em 1348-1349. Muitos observadores
contemporâneos mostraram-se impressionados ante a
devastação humana causada pela doença.
Posteriormente, calculou-se que, nas áreas mais
afetadas da Europa, mais da metade da população
pereceu.
30
Doença de rico x doença de pobre


E, como em tudo no Brasil, a desigualdade é marca
registrada também no que se refere à saúde. Se por um lado
alguns sofrem de doenças relacionadas ao desenvolvimento,
outros sofrem por doenças que já foram consideradas até
mesmo erradicadas, como a dengue e a cólera. Um relatório
da Organização Mundial da Saúde (OMS), lançado no início
do mês de julho, aponta o perigo do ressurgimento desses
tipos de enfermidade nos países em desenvolvimento,
incluindo o Brasil, e ressalta que a falta de vontade política e
políticas de saúde mal-empregadas são os vilões dessa
história.
Outro relatório, elaborado pela Unicef, mostra que, em 28,8%
dos lares brasileiros, o abastecimento de água é feito de
maneira inadequada e alerta para o descaso com o
saneamento básico.
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ESQUISTOSSOMOSE

Outra doença comum em locais sem
saneamento básico, é a esquistossomose. Hoje
há oito milhões de brasileiros infectados. O
tratamento, feito com uma dose única de um
combinado de quatro comprimidos, custa
menos de R$ 3. "Quando se voltam muitos
esforços para o combate a uma epidemia,
como a dengue, se esquece de combater outras
e isso é um perigo enorme", alerta o sanitarista
Carlyle Guerra de Macedo.
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Doença de Chagas

A doença de Chagas é também uma mancha.
Transmitida por um inseto, conhecido como
barbeiro, fez 950 vítimas, em 1996.
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REFLEXÃO

O País hoje sustenta a vergonhosa posição de ser o
responsável por 80% dos casos de hanseníase das
Américas. Entre 1988 e 1995, o número de infectados
cresceu 62%. Em 1995, 138 mil ficaram doentes. O
problema do sarampo é ainda mais gritante. Em 1996,
foram registrados 3,6 mil casos da doença, prevenível
com uma vacina. O esforço de vacinação, porém, foi
deixado de lado no começo da década de 90. Em 1996,
o Brasil tinha 3,6 mil casos. Mas, em 1997, 26 mil
pessoas ficaram doentes. A tuberculose também não
pára de crescer. Em 1992, houve 85 mil casos e três
anos depois havia 90 mil infectados.
34
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