O desânimo e a improvisação O desânimo e a improvisação A tentação do desânimo é uma das mais frequentes na vida espiritual; também dentro da SSVP. Sem nenhum exagero, consideramo-la uma das mais sutis e perigosas. Muitos vacilam em seu crescimento, chegando até a abandonar da SSVP, ao se ver envolvido em uma realidade que faz parte da vida cristã. O desânimo e a improvisação Na nossa situação terrena de peregrinos em direção ao Senhor, os altos e baixos se sucedem com bastante intermitência. Muitas vezes nos sentimos mergulhados no amor de Deus. Esse sentimento faz aumentar a nossa fé, que nos move a entregar-nos sem preço nem medida aos outros, fazendo-nos chegar até heroísmo. Tão transbordante pode vir a ser esta realidade, que nosso organismo se vê submerso nesta deliciosa luz e experiência do Pai de Jesus, pela operação do Espirito de Cristo no intimo do ser. O desânimo e a improvisação Outras vezes porém nos sentimos como afastados de Deus, insensíveis ao divino, entorpecidos e preguiçosos para o bem, sem gosto algum pelo Senhor e seus dons... O desânimo e a improvisação Contudo, devemos estar convictos de que, sem dúvida, Deus providenciará que algo de bom aconteça em nossa vida, com maior ou menor frequência e intensidade, mesmo em épocas de crises capazes de alarmar-nos e perturbar-nos profundamente. Esta convicção tem de estar depositada nas mãos do Senhor. Santa Teresa nos diz: “Basta que se tenha uma grande e decidida determinação de não parar até chegar a ela (a santidade), venha o que vier, aconteça o que acontecer , trabalhe-se no que seja, morra-se no caminho ou não, e que se tenha coragem para os trabalhos que sobrevenham mesmo que o mundo se afunde”. Purificação interior e o Espírito de Jesus A purificação interior é uma tarefa fundamental do Espírito, que age no dom teologal da fé, para purificá-la, aperfeiçoá-la, tornando-a mais consciente e estável acerca da verdade de Deus, à sua vontade, “quaisquer que sejam as esferas em que se manifesta”.(Jo 15,3-8). Deus nos chamará a atitudes de fé que serão mais difíceis e aflitivas, mas sempre Deus quer nos ajudar, e nos ajudará de fato pelo seu Espírito. (Rm 8,29). Importância A tentação do desânimo adquire uma importância especial se se tem em conta a missão fundamental das conferências. As lideranças das conferências exercem uma função importante, sustentando os seus membros na vida no Espírito; a perseverança nessa nova “comunidade para o Senhor” depende muito da participação sincera e cordial nas reuniões semanais. Se a finalidade primordial das conferências é levar alimentos e a palavra de Deus através de nossas visitas e assim testemunhar sua graça, a finalidade da SSVP é promover a santificação de seus membros por meio da caridade (artigo 2.2 da Regra). Algumas causas: O sentido do fracasso: “Cristo experimentou, em primeiro lugar , o fracasso, vendo-se condenado e crucificado. Pediu que esse sofrimento lhe fosse poupado, mas não lhe foi concedido nenhum sinal de poder”. Algumas causas: O desencanto consigo mesmo: O desânimo pode nascer do sentimento de fracasso no caminho para a santidade. Esperávamos santificar-nos de uma só vez e nos encontramos envoltos nas mesmas limitações, nas mesmas intemperanças de gênio... O desencanto com aqueles com quem convivemos: Às vezes pensamos que a pessoa é Deus....... O desencanto com os dirigentes: Julgávamos que fossem irrepreensíveis, comedidos, com autodomínio a todo instante, absolutamente livres de egoísmos, buscando, incansáveis, o Senhor, porém deparamos, não raro, com o fato de que também eles são movidos pelas paixões, agindo à margem de Cristo....... A improvisação Quem não caiu nela alguma vez? O cansaço, a pressa, a ideia de que já sabemos orientar uma situação conjugam-se e então caímos. A tentação da improvisação pode fazer malograr o fruto ou reduzi-lo. O espírito do mal está à espreita e nos sugerirá mil pretextos para não nos prepararmos devidamente. A tentação de omitir ou precipitar a preparação para as atividades: Toda ação para o Senhor requer uma preparação de nossa parte. A primeira atitude é a oração. A oração pessoal deve ser outro elemento a integrar a nossa preparação. A tentação de omitir ou descuidar da preparação na oração: “O que devíamos ter feito fizemos; age agora tu, pois sem Ti nada podemos” (Jo 15,5). A tentação da improvisação em dirigir eficazmente as atividades e tarefas: O líder não pode se deixar levar nem pelo temor, nem pela improvisação, a fim de manter a ordem desejada por Deus (1 Cor 14,33-40). A tentação da improvisação nos ataca e surpreende quase sempre. “O Espírito Santo colocará em meus lábios aquilo que Ele quer que eu diga”. A tentação da rotina: A preparação irá revelando modos discretos de evitar a rotina e proporcionar à oração uma sadia e equilibrada novidade para um novo conhecimento, amor e louvor. Tentação da improvisação para omitir a avaliação: Outra tentação comum e, cada vez mais frequente, é a falta de avaliação das atividades, das tarefas realizadas nos conselhos e conferências. A avaliação é uma das ferramentas mais eficazes para melhorar o desempenho, crescer na fraternidade e buscar o melhor servir. Resumo final Desânimo – Não podemos deixar o desânimo atingir-nos e temos de ter a vontade de buscar a nossa purificação interior e o Espirito de Cristo. O desânimo tem algumas origens: sentimento de fracasso, desesperança, desencanto consigo mesmo, desencanto com os com quem convivemos, desencanto com os dirigentes. Improvisação - A improvisação decorre da falta de preparação das tarefas, descuido da oração, rotina, falta de método na realização de tarefas, prejudicando a própria formação. DÚVIDAS