Organização Funcional do Cérebro no Processo de Aprender

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Fundamentos
Psicossociais
Prof. Leila Silveira
Psicóloga, mestre em educação
Organização Funcional
do Cérebro no
Processo de Aprender
Aprender, do ponto de vista do
neurologista, é o resultado do conjunto
de ações desenvolvidas pelo Sistema
Nervoso, com o intuito de entender e
reter na memória o significado de um ou
mais estímulos que chegam ao córtex
cerebral através dos sentidos.
 Cada
aprendizado determina
uma transformação cerebral,
de forma anatômica, que
leva a construção de uma
nova ou de novas conexões
entre os dendritos de
diferentes neurônios,
localizados em
diferentes regiões
cerebrais.
A
inteligência de um
ser não está no
número de neurônios
que possui, mas sim
na quantidade de
conexões que os
neurônios
estabelecem entre si,
via dendritos.
Os atos motores para
emitir sons também estão
“escritos” na genética do
ser humano.
 Nós nascemos para sermos
poliglotas, falarmos qualquer língua.
Agora, transformar estes sons em
fala dependera de aprendizado, ou
seja, do interesse da criança em
utilizá-los para interagir com o meio
ambiente.
IDADE PARA APRENDER

Se o aprendizado depende de neurônios
conectados através de inúmeros
dendritos, podemos entender porque é
fácil aprender quando se é jovem e que
esta habilidade vai diminuindo quando nos
tornamos velhos.
 Este
conceito tem tudo a ver com
a Plasticidade Cerebral que é a
capacidade do sistema nervoso
central em modificar sua
organização estrutural própria e
de funcionamento em resposta a
condições mutantes,
aprendizados e a estímulos
repetidos.
A
cada nova
experiência do
individuo, redes de
neurônios são rearrajadas, outras tantas
sinapses são reforçadas
e múltiplas
possibilidades de
respostas ao ambiente
tornam-se possíveis.
 Quanto
mais aprendemos,
mais redes formamos e
mais neurônios teremos
para propiciar plasticidade
cerebral nos momentos de
necessidade, como na
velhice ou na recuperação
da perda de capacidades.
QUEM APRENDE MAIS DEPRESSA?
O jovem tem maior capacidade em
aprender por ter maior plasticidade
cerebral, mas não maior facilidade em
fazê-lo, pois a velocidade em aprender
depende de quanto o cérebro já sabe.
 O cérebro funciona bem para coisas que
já viu ou sentiu.


Quando me deparo com algo que nunca
tive contato, que meu cérebro nunca “viu”
ou “sentiu”, inicialmente, fico “abestado”,
com “cara de interrogação”, para logo em
seguida buscar, nesse novo elemento,
algo familiar, uma pista, que possa
facilitar a decodificação ou o aprendizado.
CÉREBROS SINGULARES
 Ao ser exposta a estímulos, são criadas
conexões entre os neurônios (redes
dendríticas) que funcionam como
“pontes”, pelas quais o aprendizado vai se
fazendo e permanecendo na memória.
 Como as pessoas são diferentes,
vivenciam e criam redes dendríticas
singulares!
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
A inteligência de uma criança é o resultado da
conjunção da totalidade das funções cognitivas
que formam a mente humana:
 Gnosias – capacidade de reconhecer estímulos
pelo tato, visão, audição, gustação, ou olfação;
 Praxias – capacidade de realizar determinadas
tarefas de forma automática;
 Linguagem – capacidade de comunicar-se
através da emissão vocal (fala) e produção
motora de símbolos (escrita).

Normalmente,
encontramos em
escritores, poetas,
redatores de textos
de jornais, oradores,
lideres políticos e
publicitários.

Inteligência linguística
revela uma
capacidade
universal para a
fala, escrita e
leitura. Gostam de
ler, de escrever, de
contar historias.
Aprendem melhor
vendo, escutando e
falando as
palavras.
Inteligência lógico-matemática –
capacidade de desenvolver raciocínios dedutivos, usar
e avaliar relações abstratadas. São boas em
matemática, raciocínio, lógica e em resolver
problemas
1.
Aprendem melhor caracterizando,
classificando e trabalhando com
raciocínio abstrato. Normalmente,
esse tipo de inteligência é
encontrado
em
matemáticos,
cientistas e engenheiros.
Inteligência espacial – capacidade de
perceber
informações
visuais
ou
espaciais. Inclui a sensibilidade a cor,
linha, a forma, ao espaço. São ótimas
em imaginar coisas, em observar
diferenças, labirintos e quebra-cabeças.
Adoram mapas e tabelas. Aprendem
melhor
visualizando,
sonhando
e
trabalhando com cores e fotos.
Normalmente encontrada em arquitetos,
pintores, escultores, navegadores e
jogadores de xadrez.
Inteligência corporal-cinestésica
capacidade de usar o corpo em atividades
físicas tais como esportes/dança e atuando.
Aprendem melhor processando
conhecimento através das
sensações
corporais.
Normalmente encontrada em
bailarinos, atores, atletas,
mímicos, pilotos de corrida,
trabalhadores
mecanicamente talentosos.
Inteligência intrapessoal capacidade
de ter conhecimento sobre si mesmo, de
ter objetivos e metas a cumprir, de
conhecer e lidar com trabalhar sozinhos e
persistem nos próprios interesses.

. Aprendem melhor sozinhas,
tendo projetos individuais e
tendo seu próprio espaço.
Normalmente encontrado em
filósofos, terapeutas,
conselheiros, entre outros.
Inteligência Interpessoal
1.
Apreciam falar com pessoas e juntar-se a
grupos. Aprendem melhor dividindo,
comparando, relacionando, cooperando
e
entrevistando.
Normalmente
encontrada em políticos, professores,
lideres religiosos, gerentes e relações
públicas.

Aprendem melhor pelo
ritmo, melodia e
musica. Normalmente
encontrada em
artistas, compositores,
maestros, afinadores
de piano, entre
outros.
Inteligência
musical
capacidade de
produzir sons e
ritmos, ter noção
de tons e timbres
e de apreciar
manifestações
musicais
Inteligência naturalista - envolve a
capacidade de reconhecer, distinguir e
classificar espécies de origem animal,
vegetal ou mineral.

Traduz-se na sensibilidade
para compreender e organizar
os fenômenos e padrões da
natureza. É característica de
paisagistas, arquitetos e
mateiros.
Memória

A memória é uma função
cognitiva, participante ativa das
diversas inteligências; capacita o
ser humano a armazenar e
resgatar informações que
chegam ao sistema nervoso
através dos sentidos ou
desenvolvidas pelo córtex em
resposta aos estímulos
recebidos.
Memória

A memória é uma função
cognitiva, participante ativa das
diversas inteligências; capacita o
ser humano a armazenar e
resgatar informações que
chegam ao sistema nervoso
através dos sentidos ou
desenvolvidas pelo córtex em
resposta aos estímulos
recebidos.
Memória
1.
Memória Declarativa – responsável em
guardar fatos, acontecimentos, conceitos.
Também
conhecida
como
memória
consciente,
explicita
ou
cognitiva.
Dependendo muito da atenção e do desejo.
Engloba as lembranças que podem ser
facilmente verbalizadas.
Memória
A memória é classificada em:
 a) Curto Prazo – é o breve armazenamento dos
estímulos que foram reconhecidos. Ocorre perda da
informação rapidamente, a não ser que o material
seja repetido varias vezes ou esteja acompanhado
de alguma emoção ou sentimento. O estudar para
uma prova, guardar o telefone de uma empresa.
 b) Longo Prazo – é o armazenamento relativamente
permanente da informação decodificada (ou
processada) na memória de curto prazo. Esta
conversão é denominada de consolidação.
Memória
.
c) Memória Episódica – permite lembrar
experiências pessoas vividas num
contexto próprio. Exemplo: almoço no dia
anterior, conversa com amigo.
d) Memória Semântica – armazenamento
de conhecimento factual e conceitual.
Inclui todo o conhecimento do mundo ao
nosso redor. Como exemplo nome do
primeiro presidente do Brasil.
Aprender é guardar na memória os
diferentes detalhes que o estimulo
apresentado nos oferece e depende do
interesse que desperta, da capacidade de
atenção que dedicamos, da existência de
um córtex integro, da presença de um
sistema de associação e integração além
de condições orgânicas extra sistema
nervoso adequadas (boa alimentação e
boa oxigenação, por exemplo).

Memorizar para “sempre” é um processo
que passa por diferentes estágios
cerebrais.
 Decodificação ou reconhecimento
cortical (memória declarativa de curto
prazo). Depende do interesse, atenção,
disponibilidade emocional e conhecimento
pré-existentes.

Memorizar para “sempre” é um processo
que passa por diferentes estágios
cerebrais.
 Decodificação ou reconhecimento
cortical (memória declarativa de curto
prazo). Depende do interesse, atenção,
disponibilidade emocional e conhecimento
pré-existentes.


Carência cultural: Quando vamos
aprender algo novo, se existir uma base
cultural que propicie encontrar, neste
novo, algumas “pistas” ou detalhes que já
conhecemos, fica muito mais aprender e
gravar na memória
1.
Falta de interesse. Só memorizamos e
guardamos o que foi estudado, na
memória de longo prazo, o assunto que
despertar nosso interesse. Cada um
utiliza sistema próprio como ler em voz
alta, escrever o que se estuda, solicitar
par outra pessoa argui-lo. Tratamento:
treino.
1.
distúrbio emocional. Os problemas
emocionais ocupam as redes límbicas, de
forma reverberante, impedindo o acesso
á memória de longo prazo. Também a
recuperação de fatos recentes pode
estar comprometida, na tendência da
relevância
disponibiliza
ao
fato
emocional, que ocupando nosso córtex,
potencialmente compromete atenção.
Tratamento: terapia.
1.
distúrbio emocional. Os problemas
emocionais ocupam as redes límbicas, de
forma reverberante, impedindo o acesso
á memória de longo prazo. Também a
recuperação de fatos recentes pode
estar comprometida, na tendência da
relevância
disponibiliza
ao
fato
emocional, que ocupando nosso córtex,
potencialmente compromete atenção.
Tratamento: terapia.

Estresse. O meio ambiente atual está
cada vez mais complexo. Não basta mais
ter onde morar, onde comer e divertir-se.
Outros componentes são imprescindíveis,
tais como carro do ano, computador
pessoal de alta performance, tela de
plasma, conexão rápida para internet e
televisão, entre muitas outras
necessidades
1.
Idade avançada. O funcionamento do
cérebro e o desempenho das suas funções
estão intimamente ligados à boa circulação
sanguínea. Com idade mais avançada é
comum o encontro de vasos arteriais
endurecidos e/ou com calibre diminuindo
prejudicando o fluxo do sangue e a chegada
dos nutrientes básicos (glicose, oxigênio) ao
tecido nervoso. Tratamento: preventivo.
Alimentação com poucas gorduras, exercícios
físicos frequentes, controle de pressão arterial,
atividades que projetam os neurônios, como
leitura, conhecer pessoas e lugares novos.
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