Um pouco de história para começar o semestre

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Um pouco de história para
começar o semestre...
Profa. Taís Ferreira
História do Teatro II
O IMPÉRIO BIZANTINO
• O Império Bizantino ou Reinado Bizantino (em grego: Βασιλεία
Ῥωμαίων), inicialmente conhecido como Império Romano do
Oriente ou Reinado Romano do Oriente, sucedeu o Império
Romano (cerca de 395) como o império e reinado dominante do
Mar Mediterrâneo. Sob Justiniano I, considerado o último grande
imperador romano, dominava áreas no atual Marrocos, Cartago, sul
da França e da Itália, bem como suas ilhas, Península Balcânica,
Anatólia, Egito, Oriente Próximo e a Península da Criméia, no Mar
Negro. Sob a perspectiva ocidental, não é errado inserir o Império
Bizantino no estudo da Idade Média, mas, a rigor, ele viveu uma
extensão da Idade Antiga. Os historiadores especializados em
Bizâncio em geral concordam que seu apogeu se deu com o grande
imperador da dinastia Macedônica, Basílio II Bulgaroctonos (MataBúlgaros), no início do século IX. A sua regressão territorial gradual
delineou a história da Europa medieval, e sua queda, em 1453,
frente aos turcos otomanos, marcou o fim da Idade Média
•
O embrião do Império Bizantino surgiu quando o imperador romano
Constantino I decidiu construir sobre a antiga cidade grega de Bizâncio
uma nova capital para o Império Romano, mais próxima às rotas
comerciais que ligavam o Mar Mediterrâneo ao Mar Negro, e a Europa à
Ásia. Além disso, já havia algum tempo que Roma era preterida por seus
imperadores que optavam por outras sedes de governo, em especial
cidades mais próximas das fronteiras ou onde a pressão política fosse
menor. Em geral, eles tendiam a escolher Milão, mas as fronteiras que
estavam em perigo na época de Constantino eram as da Pérsia ao Leste e
as do Danúbio ao norte, muito mais próximas da região dos Estreitos
Turcos. A nova capital, batizada de Constantinopla em homenagem ao
Imperador, unia a organização urbana de Roma à arquitetura e arte gregas,
com claras influências orientais. É uma cidade estrategicamente muito bem
localizada, e sua resistência a dezenas de cercos prova a boa escolha de
Constantino. Em pouco tempo, a cidade renovada tornar-se-ia uma das
mais movimentadas e cosmopolitas de sua época. Sua religião, língua e
cultura eram essencialmente gregas, e não romanas, mas para os
bizantinos a palavra "grego" significava, de maneira injuriosa, "pagão". Os
persas e os árabes também chamavam os bizantinos de "romanos". A
palavra bizantino vem de Bizâncio, o antigo nome da capital do Império
Romano do Oriente, Constantinopla. O termo bizantino começou a ser
utilizado somente depois do século XVII, quando os historiadores o criaram
para fazer uma distinção entre o império da Idade Média e o da
Antiguidade. Tradicionalmente, era conhecido apenas como Império
Romano do Oriente (devido à divisão do Império feita pelo imperador
romano Teodósio I, no século IV da Era Cristã)..
Extensão do Império Bizantino em
550 d.C
A QUEDA DE CONSTANTINOPLA
• Denomina-se queda de Constantinopla a conquista da capital
bizantina pelo Império Otomano sob o comando do sultão Maomé II,
na terça-feira, 29 de maio de 1453. Isto marcou não apenas a
destruição final do Império Romano do Oriente, e a morte de
Constantino XI, o último imperador bizantino, mas também a
estratégica conquista crucial para o domínio otomano sobre o
Mediterrâneo oriental e os Bálcãs. A cidade de Constantinopla
permaneceu capital do Império Otomano até a dissolução do
império em 1922, e foi oficialmente renomeada Istambul pela
República da Turquia em 1930.
• A queda de Constantinopla para os turcos otomanos foi um evento
histórico que segundo alguns historiadores marcou o fim da Idade
Média na Europa, e também decretou o fim do último vestígio do
Império Bizantino.
• Constantinopla (em latim: Constantinopolis; em grego:
Κωνσταντινούπολη) é o antigo nome da cidade de Istambul, na
atual Turquia. O nome original era Bizâncio (do grego Bυζαντιον,
transliterado em Bizâncio). O nome da cidade era uma referência ao
imperador romano Constantino I, que tornou esta cidade a capital
do Império Romano em 11 de Maio de 330.
• Constantinopla era, até o momento de sua queda, uma das cidades
mais importantes no mundo. Localizada numa projeção de terra
sobre o estreito de Bósforo em direção à Anatólia, funcionava como
uma ponte para as rotas comerciais que ligavam a Europa à Ásia
por terra. Também era o principal porto nas rotas que iam e vinham
entre o Mar Negro e o Mar Mediterrâneo. Para explicar como uma
cidade deste porte caiu em mãos estrangeiras, é preciso voltar a
séculos antes de 1453 e detalhar os eventos que enfraqueceram o
Império Bizantino.
Bizâncio por volta de 1440
•
A partir do século III, o centro administrativo do Império Romano tendia a
voltar-se mais para o Oriente, por múltiplas razões. Primeiro pela
necessidade de defesa das fronteiras orientais; depois porque o oriente
havia se tornado a parte econômica mais vital do domínio romano; por fim
Roma era uma cidade rica de vestígios pagãos, o que agora era
inconveniente num império cristão: seus edifícios, sua nobreza senatorial,
apegada à religião tradicional. Assim Constantino decretou a construção de
uma nova capital, nas margens do Bósforo, onde havia a antiga fortaleza
grega de Bizâncio, num ponto de grande importância estratégica, nas
proximidades de dois importantes setores da limes: a região do baixo
Danúbio e a fronteira do Império Sassânida. A nova cidade, que recebeu o
nome de Constantinopla, isto é, "cidade de Constantino", foi concebida
como uma "nova Roma" e rapidamente tornou-se o centro político e
econômico do Império. Sua criação teve repercussões também no plano
eclesiástico: enquanto em Roma a Igreja Católica adquiriu mais autoridade,
em Constantinopla o poder civil controlou a Igreja. O bispo de Roma pôde
assim consolidar a influência que já possuía, enquanto em Constantinopla
o bispo baseava seu poder no fato de ser bispo da capital e no fato de ser
um homem de confiança do Imperador.
•
•
•
A queda de Constantinopla teve grande impacto no Ocidente. Os cronistas
da época confiavam na resistência das muralhas e achavam impossível
que os turcos pudessem superá-las. Chegou-se a iniciar conversações
para uma nova cruzada para liberar Constantinopla do jugo turco, mas
nenhuma nação poderia ceder tropas naquele momento. Os próprios
genoveses se apressaram a prestar respeitos ao sultão, e assim puderam
manter seus negócios em Pera por algum tempo.
Com Constantinopla - e todo o Bósforo, neste sentido - sob domínio
muçulmano, o comércio entre Europa e Ásia declinara subitamente. Nem
por terra nem por mar os mercadores cristãos conseguiriam passagem
para as rotas que levavam à Índia e à China, de onde provinham as
especiarias usadas para conservar alimentos, além de artigos de luxo, e
para onde se destinavam suas mercadorias mais valiosas.
Desta forma, as nações européias iniciaram projetos para o
estabelecimento de rotas comerciais alternativas.[23] Portugueses e
espanhóis aproveitaram sua posição geográfica junto ao Oceano Atlântico
e à África para tentar um caminho ao redor deste continente para chegar à
Índia (percurso percorrido com sucesso por Vasco da Gama entre 1497 e
1498). Já Cristóvão Colombo via uma possibilidade de chegar à Ásia pelo
oeste, através do Oceano. Nesta empreitada, financiada pelos reis de
Espanha, o navegador italiano alcançou, em 1492, o continente americano,
dando início ao processo de ocupação do Novo Mundo[24]. Com as
Grandes Navegações, os dois países, outrora sem muita expressão no
cenário político europeu, se tornaram no século XVI os mais poderosos do
mundo, estabelecendo uma nova ordem mundial.
•
A queda de Constantinopla significou a perda de um posto estratégico do
cristianismo, que assegurava o acesso de comerciantes europeus em
direção às rotas comerciais para a Índia e a China, sobretudo para os
comerciantes venezianos e genoveses. Com a dominação turca, a rota
entre o Mediterrâneo e o Mar Negro ficou, senão bloqueada aos navios
cristãos, ao menos dificultada. Isto impulsionou uma corrida naval em
busca de outra rota em direção à Índia através do Oceano Atlântico,
contornando a África,.Espanha e Portugal rapidamente tiraram vantagem
da posição geográfica para dominar as novas rotas, causando o declínio
das repúblicas marítimas de Veneza e Gênova. No final do século XV,
financiado pelos reis de Espanha, Cristóvão Colombo partiu para uma
ousada tentativa de alcançar a Ásia em uma nova rota através do oceano,
para oeste, descobrindo um novo continente, a América, descortinando um
novo mundo para os europeus. Este mesmo processo de fechamento do
comércio no mar mediterrâneo, no qual os turcos otomanos impediram o
avanço europeu, fez com que toda a região balcânica se tornasse mais
dependente da produção própria, juntamente com a península Itálica. As
diversas transformações econômicas e políticas que se seguiram à queda
do Império Romano do Oriente levaram os historiadores a convencionarem
o ano de 1453 como o marco do fim da Idade Média e do fim do feudalismo
na Europa, fazendo do Império Bizantino um grande marco para as
descobertas de novas terras, e para o desenvolvimento do capitalismo no
mundo.
Fontes:
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Queda_de_Con
stantinopla
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Imperio_Bizanti
no
• SENA, Jorge de. Maquiavel, Marx e
outros estudos. Lisboa: Cotovia, 1991.
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