ORGANIZAÇÃO E PRODUÇÃO DO ESPAÇO BRASILEIRO

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ORGANIZAÇÃO E PRODUÇÃO
DO ESPAÇO BRASILEIRO
2º PERÍODO – CURSO DE
GEOGRAFIA
AGOSTO 2010
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO
PRODUÇÃO DO ESPAÇO
Brasil é um país, uma nação ou Estado Nacional,
um subespaço do Mundo: é uma Formação
Sócio-espacial.
A extensão territorial e o modo como foi
consolidada + a diversidade paisagística ( ou
da configuração natural) colaboram para que o
Brasil apresente diferenciações.
As diferenciações no espaço tornam necessário
que novos conceitos sejam considerados :
Territórios ? Regiões ?
Diferenciações no Espaço
Quais são os elementos do espaço ?
“ [...] os homens, as firmas, as instituições, o
chamado meio ecológico e as infra-estruturas”
(SANTOS, 1985, P.6).
Os elementos estão em transformação
constante; são variáveis , portanto. Estas
variáveis estão ligadas entre si por uma
organização.
Qualquer dos elementos pode trazer
diferenciações.
Identificar o espaço
• Há originalidade ?
• “ Por sua localização e pelo jogo de
combinações que preside a sua evolução,
todo elemento do espaço e toda forma de
paisagem constituem fenômenos únicos
que jamais podem ser encontrados
exatamente iguais em outros locais ou em
outros momentos “ (DOLLFUS, 1978, P.9)
Agrupar as porções do espaço
• Pode-se dizer que existem porções do
espaço ( este visto como totalidade) que
manifestam sua originalidade
• o geógrafo procura identificar simultaneamente
os elementos de comparação – principais
dados, formas , sistemas e processos, capazes
de permitir o reagrupamento em grandes
famílias
( DOLLFUS, 1978)
.
Conceituando as porções do
espaço
• A originalidade se exprime por sua
‘fisionomia’ num estilo particular de
organização espacial, produto da
associação da natureza e da história.
(JULLIARD apud DOLLFUS, 1978, P.11)
Desta etapa inicial - partir do visível
(paisagem), é preciso reconhecer a
organização ( e a estrutura) e o que faz
com que sejam assim.
DIFERENCIAÇÃO ESPACIAL
Dupla abordagem ( DOLLFUS, 1973, p.81) –
Conhecer os limites que recortam o espaço,
possibilitando a definição da área de extensão
das estruturas;
• Estudar os processos econômicos e socias e as
densidades de pessoas, firmas e instituições.
HÁ LIMITES VISÍVEIS, sendo necessário explicar
a sua localização e verificar o seu significado.
HÁ LIMITES QUE NÃO SÃO DIRETAMENTE
PERCEPTÍVEIS, neste caso é preciso defini-los.
OS LIMITES NA NATUREZA
• Bacias hidrográficas;
• No Clima os limites são dinâmicos, somente sendo mais
precisos em alguns de seus fatores: latitude, altitude ou
continentalidade.
• Na Geomorfologia os limites estruturais são facilmente
delineados, mas não os relacionados às dinâmicas
externas.
• Os limites das associações vegetais, por dependerem
do clima e dos solos ( e das transformações impostas
pela ação da sociedade) são menos precisos .
Naturalmente as associações ( formações) vegetais têm
pontos de contato em que as distinções são difíceis
áreas de transição = ECÓTONOS)
Os limites do espaço geográfico
• “ O espaço habitado é recortado por
inúmeros limites : diretamente visíveis na
paisagem ( mancha urbana, por exemplo),
outros não , porque são marcas do
dinamismo de um sistema ( área de
influência de uma cidade em uma área)
ORGANIZAÇÃO ESPACIAL
Objetos fixos ou formas dispostas espacialmente
estão distribuídos e/ou organizados sobre a
superfície da Terra de acordo com alguma
lógica. O conjunto de todas estas formas
configura a organização espacial da sociedade.
A expressão possui vários sinônimos: estrutura
territorial, configuração espacial, arranjo
espacial.
[Roberto Lobato Correa ( 1986) considera que também é sinônimo de
espaço social, espaço geográfico].
Reagrupamento das porções do
espaço
Regionalização:
• entende-se como a divisão de um espaço ou território em unidades
de área com um certo número de características que as
individualizam.
• A regionalização pode ser estabelecida com base em
diferentes critérios (físicos ou naturais, socioeconômicos,
etc.) e tendo em vista diferentes objetivos ou finalidades,
tais como políticos, econômicos. estatísticos (divulgação
de dados estatísticos), administrativos, de planejamento,
didáticos (ensino da Geografia).
• As diferentes escolas do Pensamento Geográfico construiram
concepções sobre o que é Região. Para cada uma delas o conceito
tem maior ou menor destaque e exprime o entendimento que têm
sobre a Geografia e seu objeto de estudo.
Conceitos para recortes espaciais
Região e Território.
São recortes espaciais, ou seja, ambos os conceitos referem-se à
porções do espaço.
Embora tenham uso muito variado, de acordo com a linha teórica
dos geógrafos, considera-se que o território diz respeito a uma
porção do espaço em que um poder é exercido.
A região é uma escala territorial, mais complexa, porque encontrase entre o nacional e o local. É o reconhecimento das diferenças
em um nível mais estruturado, sendo base para as ações do
Estado, da sociedade ou e das empresas. É um nível de agregação
das comunidades locais e seus territórios.
POLÍTICAS TERRITORIAIS
São conjuntos de enfoque estratégicos, a
médio e longo prazo, assim como as
correspondentes formulações de atuação,
dirigidas a intervir sobre o território, a fim
de que assuma formas que sejam
adequadas aos interesses que controlam
o poder político. (SANCHEZ , 1992, apud
RUCKERT, 2010)
Referências
BRASIL. Ministério da Integração Nacional. Política
Nacional de Ordenamento Territorial. 2003.
CORREA, R.L. Região e organização espacial. São Paulo:
Atica, 1986
DOLFUSS, O. A análise geográfica. São Paulo: Difel, 1973
___________. O espaço geográfico. São Paulo: Difel,
1978.
RUCKERT, A.A. Usos do território e políticas territoriais
contemporâneas: alguns cenários no Brasil, União
Européia e Mercosul. Revista Geopolítica, Ponta
Grossa, PR, jan-jun 2010
SANTOS, M. Espaço e Método. São Paulo: Nobel, 1985.
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