Slide 1 - Recanto das Letras

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OSHO
As três fases do AMOR
Música – Tema do filme
Blade runner
Formatação
Fevereiro/2009
LhT
Existem três camadas no ser humano.
•A fisiologia, o corpo;
•A psicologia, a mente;
•O ser, o eu eterno.
O amor pode existir em todos esses três planos,
mas suas qualidades serão diferentes.
No plano da fisiologia, o corpo, ele é
simplesmente sexualidade. Você pode chamar de amor
porque a palavra “amor” parece poética, bela, mas
noventa e nove por cento das pessoas estão chamando
sexo de “amor”. O sexo é biológico, a sua química, os
seus hormônios – tudo o que é material.
Você se apaixona por uma mulher ou por um
homem. Pode me descrever com exatidão porque essa
pessoa atraiu você? Você certamente não pode ver o eu
dessa pessoa, pois ainda não vê nem o seu próprio ser.
Você também não é capaz de ver a psicologia dela, porque
ler a mente de alguém não é uma coisa muito fácil.
Então o que você descobriu? Algo na sua fisiologia, na
sua química, os seus hormônios sente-se atraído pelos
hormônios da outra pessoa, pela fisiologia, pela química
da outra pessoa. Isso não é amor, isso é química.
Agora pense: a mulher por quem você se apaixonou
vai ao medico e muda de sexo, começa a deixar a barba
e o bigode crescerem – será que você ainda vai amá-la?
Nada mudou, só a química e os hormônios. Então por que
o amor acabou?
Só um por cento das pessoas vai um pouco mais
fundo. Os poetas, os pintores, os místicos, os dançarinos, os
cantores têm uma sensibilidade que os faz sentir um pouco
além do corpo. Eles podem sentir as belezas da mente, as
sensibilidades do coração, porque eles mesmos vivem nesse
plano.
Tome isso como uma regra básica: enquanto viver,
você não pode ver além disso. Se está vivendo no seu corpo,
se pensa que você é só o seu corpo, você só vai se sentir
atraído pelo corpo de outra pessoa. Esse é um estágio
fisiológico do amor. Mas um músico, um poeta vive num
plano diferente. Ele não pensa, ele sente. E, porque ele vive
no coração, consegue sentir o coração de outra pessoa. Isso
normalmente é chamado de amor. É raro. Estou dizendo
que talvez só um por cento, de vez em quando.
Por que tantas pessoas não estão passando para o
segundo plano? Afinal ele é extraordinariamente belo...
Mas existe um problema. Tudo o que é muito belo é muito
delicado. Não é resistente, é feito de um vidro muito
frágil... E, depois que o espelho cai e se quebra, não há
como consertá-lo. As pessoas têm medo de se envolver a
ponto de atingir as camadas delicadas do amor, pois
nesse estágio o amor é extremamente belo, mas muito
passível de mudança.
Os sentimentos não são pedras, são como rosas. É
melhor ter uma rosa de plástico, porque ela vive para
sempre e todo dia você pode leva-lo embaixo da torneira
e deixá-la como nova. Você pode borrifá-lo com perfume
francês. Se as suas cores desbotarem, você pode pintá-la
outra vez. O plástico é uma das coisas mais
indestrutíveis que existe no mundo. Ele é estável,
permanente: por isso as pessoas não vão além da
fisiologia. Ela é superficial, mas estável.
Poetas, artistas, sabemos que eles se apaixonam todos
os dias. Seu amor é como uma rosa. Enquanto existe ele é
tão fragrante, tão vivo! Dançando ao vento na chuva, no
sol, mostrando a sua beleza. Mas, à noite, ele já se foi e você
não pode fazer nada para impedir que isso aconteça. O
amor mais profundo do coração é como uma brisa que
entra em seu quarto, traz com ele frescor, refrigério e depois
se vai. Você não consegue agarrar o vento com as mãos.
Muitas poucas pessoas não têm coragem bastante para viver
uma vida que muda a todo momento. Por isso, elas
decidiram por um amor do qual possam depender.
O primeiro tipo deveria ser chamado de sexo. O
segundo deveria ser chamado de amor. O terceiro deveria
chamar de amorosidade – uma qualidade, que não é
dirigida a ninguém, não é possessiva nem deixa ninguém
tomar posse de você. Essa qualidade amorosa é uma
revolução tão radical que até concebê-la é muito difícil.
Quando você chega no ser, você simplesmente tem
uma fragrância de amorosidade. Um amor sem apego,
você poderá amar muitas pessoas, porque amar uma
pessoa só é viver na pobreza. Uma pessoa pode dar uma
certa experiência de amor, mas amar muitas pessoas...
Você ficará encantado ao ver que cada pessoa lhe
proporciona um novo sentimento, uma nova canção,
um novo êxtase.
É por isso que sou contra o casamento. As pessoas
podem viver juntas a vida toda se quiserem, mas essa
não deve ser uma necessidade pautada na lei. As
pessoas devem mudar, ter maior número possível de
experiências de amor. Elas não devem ser possessivas. A
possessividade destrói o amor. E elas não devem ser
possuídas, porque isso também destrói o seu amor.
Todos os seres humanos merecem ser amados. Não
há por que ficar preso a uma só pessoa a vida toda. Essa é
uma das razões por que todas as pessoas ao redor do
mundo parecem tão entediadas. Por que elas não podem
rir? Por que não podem dançar? Elas estão presas por
amarras invisíveis – casamento, família, marido, mulher,
filhos. Carregam o fardo de todas as suas obrigações,
responsabilidades, sacrifícios. E você quer que elas sorriam,
dêem risada, dancem e regozijem? Você está pedindo o
impossível.
Torne o amor das pessoas livres, torne as pessoas
não-possessivas. Mas isso só pode acontecer se na sua
meditação você descobrir o seu ser. Não é nada prático.
Não estou dizendo, “Esta noite, você vai sair com outra
mulher ou com outro homem só para praticar” Você não
vai ganhar nada com isso e ainda pode perder o seu
parceiro: e pela manhã vai parecer um idiota. Não é uma
questão de praticar, é uma questão de descobrir o seu ser.
A descoberta do ser traz a virtude da amorosidade
impessoal. Você simplesmente passa a amar, e esse amor
não pára de se expandir. Primeiro são os seres humanos,
depois os animais, os pássaros, as árvores, as montanhas,
as estrelas. Chega um dia em que toda esta existência é
objeto do seu amor. Esse é o nosso potencial, e qualquer um
que não atingi-lo está desperdiçando a própria vida.
Sim, você terá de abrir mão de algumas coisas, mas
elas não têm valor nenhum. Em contrapartida, terá ganho
tanto que nunca mais pensará no que perdeu. Na
amorosidade pura, impessoal, que pode penetrar no ser de
qualquer pessoa – esse é o resultado do estado meditativo,
do silêncio, do mergulho profundo no próprio ser. Estou
simplesmente tentando persuadir você.
A minha função é basicamente persuadir
você a, pouco a pouco, passar da fisiologia para a
psicologia – passar da mente para o coração. E
depois passar do coração para o ser. A partir desse
ponto, abre-se a porta do ser supremo da
existência. É impossível descrevê-lo, só é possível
apontá-lo – um dedo apontando para a lua.
Reflexão:
A 1º fase do amor é mais estável porque o corpo clama por
sexo quase que continuamente, impulsionado pelo instinto de
procriação. Mas, sendo uma necessidade física, o homem ou a mulher,
pode se cansar dos seus respectivos parceiros, se não houver algo
mais.
Felizardos serão as pessoas que conseguirem atingir o amor
da 2ª fase associado ao amor físico. Mesmo continuando a ser um amor
possessivo, esse tipo de amor será belo, extasiante e muito mais
estável. A combinação do amor físico, da psicologia e do amor pautado
nos sentimentos é o que todos almejam num relacionamento amoroso,
mas muito raro de acontecer. Quem se relacionar com a sua
companheira, ou seu companheiro com esse tipo de amor, creio que
terá encontrado a sua alma gêmea.
Salvo equívoco nas minhas interpretações, entendo que
quando uma pessoa atinge a 3ª fase, quase toda a energia vital se
transforma em amorosidade. Com essa transformação as necessidades
sexuais passam para o plano secundário ou terciário. Enquanto que na
1ª fase quase todo o relacionamento amoroso é oriundo da energia da
sexualidade, na 3ª fase essa energia é canalizada à amorosidade
impessoal: amor pelas pessoas, amor pelos seres vivos, amor pela
natureza.
Assim, na última fase, o celibato torna-se uma coisa natural,
não havendo nenhuma necessidade de repressão dos impulsos
sexuais. Quando Osho se refere à algumas perdas, creio que uma delas
seja o arrefecimento da sexualidade.
São Francisco de Assis é um exemplo de uma pessoa que
chegou a 3ª fase. O amor dele pelos pássaros, pelos animais e pela
natureza é a manifestação inequívoca de sua amorosidade impessoal.
Pinturas de São Francisco de Assis
À esquerda pintura de Gioto - Sermão aos pássaros
Fonte internet
Um outro grande exemplo é a Madre de Tereza de Calcutá.
Somente uma pessoa com um amor imenso, uma compaixão sem fim,
poderia fazer o que ela fez, dedicando a sua vida para amenizar os
sofrimentos, socorrendo e dando o seu amor aos pobres, miseráveis e
doentes hindus que estavam à mingua nos guetos de Calcutá.
Fotos de Madre Tereza de Calcutá
Fonte - internet
Fotos de favelas da India
Fonte - internet
Outro exemplo recente é do próprio Osho. Ele pode falar do ser,
da meditação, da unicidade do mundo, da amorosidade, da iluminação e
da imortalidade da alma, porque ele tem experiência sobre o que ele
fala. Ele é um místico iluminado. Ele se iluminou quando tinha apenas
21 anos.
As pessoas que quiserem saber algo mais sobre este
extraordinário místico, sugiro ler a sua biografia – “Autobiografia
de um místico espiritualmente incorreto” – Editora Cultrix.
Osho
Fonte - internet
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