sumário - Carrara Editora

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SUMÁRIO
Introdução................................................................................................................... .3
Capítulo 1 ....................................................................................................................4
1.1 A Revelação da Trindade no Antigo Testamento ..................................................4
Capítulo 2..................................................................................................... ................6
2.1 A Revelação da Trindade no Novo Testamento................................................... .6
Capítulo 3................................................................................................................... ..8
3.1 Deus é Três Pessoas..............................................................................................8
Capítulo 4................................................................................................... ................10
4.1 Há Um Só Deus...................................................................................................10
CONCLUSÃO.............................................................................................................11
BIBLIOGRAFIA..........................................................................................................12
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Introdução
Talvez, a pratica mais comum de todas as religiões é explicar sobre a
forma de seus deuses ou divindades se relacionarem com os humanos. Por isso,
muitas dividem tal ser em três, para exemplificar fases ou poderes diferentes, no
entanto na maioria delas essa divisão faz uma separação entre diferentes pessoas,
que por consequência não possuem os mesmos atributos. Pode-se verificar tal
costume desde o panteísmo, que foi a base religiosa dos primeiros povos da terra,
exceto os hebreus.
A doutrina cristã também faz uma divisão, chamada Trindade, porém a
grande e principal diferença entre as demais, é que não há divisão da divindade. Na
doutrina da Bíblia, existe apenas um Deus, que é dividido em três diferentes pessoas,
ou seja, três diferentes formas de manifestação. Não por acaso muitos que se dizem
cristãos estão abandonando tal doutrina, por não entenderem o verdadeiro
significado. Como não existe uma forma da mente humana exemplificar o mistério da
Trindade, muitos acham que ela não é correta e acabam apostatando de sua fé, como
já escrito em 1 Timoteo 4:1 ʺO Espírito afirma expressamente, que nos últimos tempos
alguns apostatarão da féʺ . Alguns estudiosos criticam a doutrina da Trindade pois
afirmam que foi inventada pelos pais da igreja, uma vez que não há nenhuma vez
sequer tal palavra escrita na bíblia, no entanto é possível perceber a existência de
mais de uma pessoa na essência de Deus, como apresentado a seguir.
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Capítulo 1
1. A Revelação da Trindade no Antigo Testamento
Apesar de não ser explicito, a Trindade pode ser percebida desde a
criação do mundo. Não é completa pois em todo Antigo testamento, não há
explicitamente diferenciação na nomenclatura de Deus, tal como há no Novo
Testamento, onde podemos ver claramente Deus Pai, Jesus e Espírito Santo. Apesar
de não ter os mesmos nomes, desde o primeiro versículo da Bíblia, a palavra usada
em hebraico para dizer a respeito de Deus é “Elohim” que é uma palavra hebraica, no
plural, utilizado para falar claramente de dois ou mais. Também é possível observar a
mesma pluralidade no texto que trata da criação do homem, Genesis 1:26 “Façamos
o homem à nossa imagem e semelhança”, é possível verificar claramente o verbo e o
pronome na primeira pessoa do plural. Conforme Grudem, alguns afirmam que a
forma de Deus falar, seria comparável a forma com que alguns reis que utilizam, sendo
um plural majestático. No entanto tal forma de linguagem não é encontrada no Antigo
Testamento hebraico, não tendo evidencias para sustentar tal afirmação.
Apesar de não usar nomes diferentes, nos Salmos e em algumas outras
passagens bíblicas, os textos tratam de Deus ou Senhor com algumas formas
distintas, ou seja, utilizando-se da mesma palavra, é possível verificar que trata-se de
duas pessoas distintas. Davi, no Salmos 110:1 diz: “Disse o Senhor ao meu senhor:
Assenta-te a minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés”.
Ao utilizar a palavra “senhor”, claramente Davi está referindo-se à duas pessoas
distintas e ao conhecer a história, quem mais poderia ser referenciado por Davi como
Senhor, senão o próprio Deus. Da mesma forma, ao analisar a bíblia como um todo,
quem mais poderia sentar-se a direita de Deus senão alguém de igual poder e
divindade. Percebe-se que mesmo sem um ensinamento claro a respeito da Trindade,
Davi já entendia a pluralidade de Deus em sua pessoa, mas não em sua divindade ou
poder.
De uma maneira um pouco mais clara, o texto de Isaias 48:16 “Agora. O
Senhor Deus me enviou a mim e o seu Espírito”. Por se tratar de um texto profético,
apesar de ser escrito por Isaias, Grudem diz que provavelmente esta é uma fala de
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Jesus, portanto é distinta as três pessoas da Trindade, de modo que “Senhor” referese ao Deus Pai, “a mim” seria relacionado a pessoa de Jesus e “Espírito” certamente
ao Espírito Santo.
Devido ao fato de não nomear as pessoas da Trindade de forma distinta,
alguns autores como Simmons, Dickey e Grudem, dizem que a revelação do Deus
Trino no Antigo Testamento será completa apenas no Novo Testamento com a
manifestação pessoal de Jesus e a própria relação entre Ele, Deus Pai e o Espírito
Santo.
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Capítulo 2
2. A Revelação da Trindade no Novo Testamento
A divisão entre Antigo e Novo testamento é feita a partir do nascimento
de Jesus, que para os judeus era o messias aguardado. De acordo com as profecias
reveladas no Antigo Testamento, o messias é o filho de Deus, que se viria ao mundo
para a remissão dos pecados. De acordo com a doutrina estabelecida por Deus,
desde a criação, nenhum ser que não fosse o próprio Deus poderia ser poderoso o
suficiente para pagar o preço do pecado original e acabar com suas consequências.
Este pensamento já seria suficiente para afirmar que Jesus é Deus, no entanto, por
se tratar de um tema muito complexo e da mesma forma importante para a fé cristã,
existe vários relatos de passagens que vão comprovar na sua totalidade as três
pessoas da Trindade e sua respectiva deidade.
Antes de entrar na questão individual da divindade de cada uma das
pessoas, será analisado a aparição ou menção das três juntas, como é possível
observar no texto do batismo de Jesus narrado em Mateus 3:16-17 “Batizado que foi
Jesus, saiu logo da água; e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus
descendo como uma pomba e vindo sobre ele; e eis que uma voz dos céus dizia: Este
é o meu filho amado, em quem me comprazo”. Em tal passagem temos a ação dos
três membros da Trindade agindo ao mesmo tempo, o que contrapõe afirmações de
alguns estudiosos que dizem que Deus é um só e que age separadamente de três
formas, também contradiz a teoria adventista de que quando Jesus se fez carne, o
céu ficou vazio. No texto citado acima, no momento em que Jesus foi batizado, o
Espírito desce até Ele, trazendo o poder que seria necessário em seu ministério
terreno e ao mesmo tempo o Pai fala dos céus. Além de ver a ação dos três juntos, é
notório a relação familiar, apesar de alguns poderem ainda afirmar com base em
outros textos, que essa relação partia de Jesus ao se relacionar com um ser superior,
neste texto vemos a iniciativa em Deus Pai, ao chamar o próprio Jesus de Filho.
Outra percepção sobre a Trindade no Novo Testamento é a nomenclatura que
os diversos autores se referem a Deus, utilizando a palavra “Deus” para o Pai,
“Senhor” para falar de Jesus e Espírito, portanto é possível observar na passagem a
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seguir, talvez a mais explicita sobre a Trindade, em I Coríntios 12:4-6 Ora, há
diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas
o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera
em todos.
Apesar de todas essas passagens bíblicas, alguns ainda questionam se as três
pessoas da Trindade teriam a mesma importância ou mesma influencia sobrenatural.
Quando Jesus envia os seus discípulos a pregarem o evangelho a todas as nações,
Ele termina dizendo: “batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.”
Acaso um destes não fosse de igual importância seria mencionado no versículo? Não.
Este é um texto que coloca em igualdade as três pessoas da Trindade e
principalmente o Espírito é nivelado ao Filho e ao Pai, colocando inclusive na mesma
importância espiritual, uma vez que o batismo é um ritual muito importante para os
cristãos e o texto de Mateus 28:19 diz que o batismo deve ser feito em nome dos três.
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Capítulo 3
3. Deus é Três Pessoas
Outro ensinamento errado é dizer que Deus é apenas uma pessoa, como
explanado acima, existe várias passagens que exemplificam a separação das
pessoas de Deus. Apesar de muitas vezes agir de forma continua ou com o mesmo
propósito, é necessário ter a ciência e consciência de que o Deus Pai, o Filho e o
Espírito não são apenas formas de manifestações, mas sim três pessoas que se
diferenciam uma das outras.
Os três são diferenciados no fim do ministério de Jesus na terra quando Ele
roga ao Pai e pede outro consolador. De acordo com Strong, o fato de Jesus usar a
palavra outro, quer dizer que Ele mesmo era um consolador do povo e por causa da
sua partida e a necessidade de seus discípulos de um guia e consolador, Ele pede ao
Pai, outra pessoa que possa continuar a auxiliar o povo. Essa passagem diferencia
principalmente o Espírito do Filho, tal como o texto de João 15:26 “... aquele Espírito
de verdade que procede do Pai”.
No início do evangelho segundo João, é notória a distinção entre o Pai e o
Filho, quando ao falar de Jesus, o autor refere-se como verbo e diz que o Verbo estava
com Deus e o Verbo era Deus. Ao utilizar-se na palavra Deus da primeira vez, ele se
refere ao Pai, dizendo que Jesus fazia parte da Trindade e da eternidade desde
sempre, tal como é possível identificar a verdadeira deidade de Cristo quando o
apóstolo diz que o Verbo era Deus, neste caso ele não se refere ao Pai, mas sim a
divindade de Jesus.
Outra característica que pode ser destacada e serve como base da afirmação
da pessoalidade de cada membro da Trindade, segundo Strong, é a conexão imediata
que Eles têm com outras pessoas. Quando se trata do Pai é inegável tal conexão,
uma vez que o Pai quem se relaciona com Adão, Abraão e outras diversas
personalidades do Antigo Testamento. Também nada se pode dizer quanto a conexão
do Filho, uma vez que o próprio Jesus, se tornou homem e conviveu diretamente com
muitas pessoas, operando milagres e maravilhas. E quanto ao Espírito, pode-se
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observar em algumas passagens bíblicas essa conexão, como vemos a seguir. Em
Atos 15:28 o Espirito faz conexão com os cristãos, “... pareceu bem ao Espirito Santo
e a nós”. Também faz conexão com Cristo em João 16:14 “Ele me glorificará, porque
há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar”.
Também é possível verificar as diferenciação das três pessoas, pois em
algumas partes da Bíblia elas se submetem uma a outra, por exemplo em João 5:36,
Jesus reconhece que foi o Pai quem o enviou, da mesma forma Ele reconhece em
João 20:21 “Disse-lhes pois Jesus: Paz seja convosco, assim como o Pai me enviou,
também eu vos envio a vós.
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Capítulo 4
4. Há Um Só Deus
Apesar de ser usado a palavra pessoa, para distinguir cada parte da Trindade,
é preciso tomar cuidado para não trazer a mesma ideia que tem-se de por exemplo a
pessoa de Thiago ou João.
Srtong afirma que “A palavra “pessoa” é apenas a expressão imperfeita e
inadequada de um fato que transcende a nossa experiência e compreensão.”
Por mais difícil que seja, ao dividir Deus em três, é preciso manter a fé
doutrinaria que a bíblia ensina, de que há um único Deus. De fato Ele não se restringe
a uma simples forma de manifestação, mas apesar da Trindade, Deus não se divide
em sua essência.
No Antigo Testamento é possível observar a existência de um Deus único,
como em Deuteronômio 6:4-5 “Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.”
Também no novo testamento é possível verificar a mesma doutrina, ensinada por
Paulo, em I Timóteo 2:5 “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os
homens, Jesus Cristo homem.”
Por se tratar de um único Deus, é correto afirmar que apesar de sua divisão,
os seus atributos são indivisíveis. Quando se fala destes atributos, é preciso entender
que o atributo é o mesmo e não que as pessoas da Trindade têm os mesmos atributos.
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Conclusão
A monografia buscou avaliar a tão respeitada e seguida doutrina da Trindade
e sua forma de manifestação aos homens, com base em textos bíblicos e autores
consagrados no quesito Teologia Sistemática.
Pode-se dizer que Deus é três pessoas na mesma forma de divindade e que
não há diferença entre o Pai, Filho e Espírito. Apesar dessa semelhança, também fica
claro de que os três são totalmente distintos.
Conclui-se também, que Há um só Deus, pois a essência da divindade e os
atributos não apenas são indivisíveis como inseparáveis, não sendo assim possível a
existência de dois ou mais iguais.
Conclui-se que, diante de algo tão misterioso, faltam palavras no vocabulário e
por que não entendimento para mensurar e entender a Trindade, e não cabe ao ser
humano ou a algum trabalho científico entender ou explicar Deus por completo. Não
há forma de limitar no pensamento humano um Deus infinito.
Assim, fica a critério da Fé e da esperança de um dia entender por completo a
doutrina da Trindade, a qual é, e assim deve permanecer, a base das crenças de um
cristão.
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Referência Bíbliográfica
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