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LEVANTAMENTO ETNOFARMACOLÓGICO DE ESPÉCIES
MEDICINAIS EM ÁREA DA RESERVA FLORESTAL DE CAATINGA
NO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE, PE.
1
Miqueas Oliveira Morais da Silva ; Lívia Maria Coelho de Carvalho Moreira 2; Lucas
Resende Costa Alves3 Thamyres Assíria de Souza Gomes 4; Delcio de Castro Felismino5
1
Departamento de Farmácia/Universidade Estadual da Paraíba, [email protected]
2
Departamento de Farmácia/Universidade Estadual da Paraíba, [email protected]
3
Departamento de Farmácia /Universidade Estadual da Paraíba, [email protected]
4
Departamento de Farmácia /Universidade Estadual da Paraíba, [email protected]
5
Professor do Departamento de Biologia/Universidade Estadual da Paraíba, Rua das Baraúnas, 351, Bairro
Universitário, CEP 58429-500, Campina Grande-PB, Brasil, [email protected]
Resumo: A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro e que apresenta uma elevada
fitodiversidade medicinal. Considerando a grande diversidade e importância desse ecossistema para a
região, ações de conservação devem ser desenvolvidas no intuito de preservar a flora medicinal da
Caatinga. Portanto, o estudo teve como objetivo realizar um levantamento etnofarmacológico de
espécies medicinais de um fragmento da reserva florestal de Caatinga, no município de Santa Cruz do
Capibaribe. A área está localizada na Fazenda Fieza, agreste de Pernambuco, constituída por 30
hectares. As espécies medicinais foram determinadas a partir do levantamento florístico
fitossociológico pela metodologia de trilhas preexistentes, sendo realizadas observações de campo e
coleta de material botânico de indivíduos. Durante o levantamento, o material botânico coletado foi
devidamente
herborizado,
exsicatado
e
em
seguida
incorporado
ao
herbário
Arruda
Câmara/Universidade Estadual da Paraíba. Sendo os resultados correlacionados a literatura
especializada usada na Etnomedicina. Foram identificadas e catalogadas 20 espécies de uso medicinal,
pertencentes a 10 famílias, sendo a Fabaceae (20%) e Euphorbiaceae (20%) as mais representativas. A
parte da planta mais utilizada foi à casca (23,40%), seguida das folhas (17,02%), as formas de uso
mais frequentes foram infusão (22,39%) e tintura (17,92%), as indicações para tratamento de
processos inflamatórios (10,32%), reumatismo (5,55%) e tosse (5,55%) foram as mais recorrentes.
Com base nos resultados, observa-se uma ampla diversidade de plantas medicinais, que possuem
grande potencial medicinal cuja exploração pode gerar benefícios diretos, desde que em regime de
manejo sustentável.
Palavras-Chave: Parte utilizada, Forma de uso, Tratamento.
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sintéticos
INTRODUÇÃO
O uso de plantas medicinais é uma
das
práticas
atender
à
expectativa da comunidade em questão.
No Brasil, houve uma grande
humanidade, sendo tão antiga quanto à
contribuição por parte das misturas dos
própria história da humanidade e possui
saberes dos mais diversos e variados
contribuições dos mais diversos tipos de
grupos indígenas, juntamente com o
civilizações. A obtenção das informações
conhecimento dos europeus e africanos que
que constituem essa ciência é proveniente
trouxeram consigo uma grande quantidade
a partir da experiência acumulada entre as
de plantas. No Nordeste, especificamente
diversas gerações e do senso comum,
na área da Caatinga, temos uma grande
sendo vista atualmente como uma área
diversidade cultural que representa um
científica bastante pesquisada e estudada
valioso conhecimento a ser explorado
para
(ALBUQUERQUE; PEREIRA, 2002).
haja
difundidas
sucintamente
da
que
mais
e
sempre
o
seu
aperfeiçoamento, fomentando cada vez
A Caatinga caracteriza-se por ser
mais o seu progresso. De acordo com a
um
Organização Mundial de Saúde (OMS,
brasileiro,
1990), cerca de 70% da população de
fitodiversidade. Estima-se que pelo menos
países em desenvolvimento dependiam do
932 espécies vegetais foram registradas na
uso da fitoterapia como única forma de
região, sendo 380 endêmicas (MMA,
tratar as moléstias e promover uma
1998).
melhoria
na
endêmico,
e
com
exclusivamente
grande
porte
de
de
vida,
Dentre os biomas brasileiros, a
sua
suma
Caatinga é o menos protegido e estudado e
importância e contribuição nos diversos
ocupa grande extensão da região Nordeste.
âmbitos da medicina e da cultura.
Esse
demonstrando
qualidade
bioma
também
Bioma
foi
por
muito
tempo
A fitoterapia vem sendo cada vez
caracterizado como “pobre”, porém as
mais disseminada, tanto na população em
pesquisas recentes têm revelado um grande
geral como nos órgãos responsáveis pela
potencial,
saúde pública, como o SUS (Sistema
biológica, com espécies endêmicas e
Único de Saúde), sendo necessária a
adaptações distintas. Apesar de ser um
transmissão dos conhecimentos para o seu
bioma com grande potencialidade ainda é
uso. Essa prática possui como objetivo
pouco valorizado e reconhecido
reduzir os gastos com medicamentos
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A
uma
falta
ampla
de
diversidade
regularidade
pluviométrica, o manejo inadequado dessa
vegetação, seja pela retirada da madeira ou
etnofarmacológico de espécies medicinais
pela exploração da pecuária extensiva e
de um fragmento da reserva florestal de
agricultura, tem colocado em risco essa
Caatinga, no município de Santa Cruz do
biodiversidade. A degradação ambiental já
Capibaribe/PE.
atinge mais de 60% do ecossistema
(TABARELLI; SILVA, 2002), e segundo
MATERIAIS E MÉTODOS
Rodal (2002) é possível que já tenham
Local do estudo
ocorrido processos de extinção local na
fitodiversidade
desse
bioma,
e
A Fazenda Fieza está localizada
no
município
de
Santa
Cruz
consequentemente a perda de espécies que
Capibaribe,
poderiam contribuir com a descoberta de
Capibaribe, a aproximadamente a 190
novas drogas naturais. Considerando então
km da capital pernambucana, no Km 20
a grande importância desse ecossistema
da rodovia PE 160 (CPRM, 2005). A
para a região, ações de conservação devem
estação experimental apresenta uma área
ser desenvolvidas no intuito de preservar a
de 64 hectares, situada a 10 km do espaço
flora medicinal da caatinga.
urbano, sendo 30 hectares de área de
Segundo a Secretaria de Ciência
microrregião
do
do
Alto
reserva da Caatinga e do Rio Capibaribe,
Tecnologia e Meio Ambiente do Estado de
caracterizada
Pernambuco (SECTMA, 2001), o estado
arbustiva, com elementos arbóreos bem
de Pernambuco tem aproximadamente
representativos, sendo a área utilizada
90% de sua área incluída no bioma
para pesquisas e trilhas educativas.
Caatinga,
mas
apenas
7%
preservação, ficando atrás dos biomas da
Mata
xerófita
Procedimento metodológico
As
espécies
medicinais
foram
Pantanal.
determinadas a partir do levantamento
Acreditamos que conhecer mais sobre
florístico medicinal, conduzido no período
esses
de janeiro a setembro de 2015, pela
biomas
Atlântica,
caatinga
dos
pernambucanos acham importante a sua
Amazônia,
por
pode
gerar
ações
de
valorização. No Alto do Capibaribe pouco
metodologia
se conhece sobre seu potencial natural e
Durante
sua beleza cênica.
botânico
Portanto, o estudo teve como
objetivo realizar um levantamento
o
de
trilhas
levantamento,
coletado
foi
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o
material
devidamente
herborizado, e exsicatado e seguidamente
incorporado
ao
herbário
Câmara/Universidade
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preexistentes.
Paraíba
(Tabela
1).
Arruda
Estadual
O
sistema
da
de
classificação utilizado foi o Angiosperm
As Reservas da Biosfera são áreas
Phylogeny Group (APG II, 2003; AGPIII,
de ecossistemas terrestres ou costeiros
2009).
reconhecidas pelo programa da UNESCO
Para análise dos dados foram
consultados
artigos
e
Biosphere), cuja missão é promover e
literaturas especializadas na área de
demonstrar relações equilibradas entre os
utilização de plantas medicinais com
seres humanos e a natureza (MOURA s.d.).
fins terapêuticos. Observando-se espécie
Observam-se na Tabela 1, que
vegetal, nome vulgar, família, parte
foram identificadas e catalogadas 20
utilizada e forma de uso. Sendo os dados
es péci es de p lantas de uso medicinal,
analisados
estatístico
distribuídas
resultados
utilizadas para o tratamento de diferentes
em
ASSISTAT
científicos
“O Homem e a Biosfera” (Mab – Man and
programa
2.0
e
os
apresentados em tabelas.
em
10
famílias,
e
patologias, assim como, uma mesma
planta pode ser indicada para combater
RESULTADOS E DISCUSSÕES
diferentes
patologias.
Tabela 1. Identificação etnobotânica das plantas medicinais coletadas na Fazenda Fieza,
Santa Cruz do Capibaribe/PE, 2015.
Família
Nome cientifico
(Nome popular)
Parte
utilizada
Forma de
uso
Indicações
4,0
EUPHORBIACEAE
Croton
Kunth
heliotropiifolius
(Velame)
Cnidosculus
Arthur
urens
Família
Freq.
%
absoluta
Casca,
Folhas,
Látex, Raiz
Anemias,
tosse,
cicatrizante, reumatismo,
problema de coluna
Infusão,
decocção, uso
tópico, tintura
Raiz, Látex,
Sementes
Dor, reumatismo, próstata,
vesícula,
apendicite,
cirrose hepática, diurético,
pancadas
Infusão,
decocção,
tintura, xarope,
extrato seco e
extrato fluido,
uso tópico
Látex
Picada
de
cicatrização
Uso tópico
Casca,
Entrecasca,
Folhas
Inflamações,
alergias,
coceiras, verminose
(L.)
(Urtiga)
Jatropha mollissima (Phol)
Baill
cobra,
20,0
(Pinhão-baravo)
Croton blanchetianus Baill.
(Marmeleiro)
(83) 3322.3222
[email protected]
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Xarope, infusão,
decocção,
tintura
Continua...
Tabela 1. Identificação etnobotânica das plantas medicinais coletadas na Fazenda Fieza, Santa
Cruz do Capibaribe/PE, 2015.
Continuação...
Família
Nome cientifico
(Nome popular)
Parte
utilizada
Indicações
Forma de
uso
FABACEAE
Mimosa tenuiflora (Willd.)
Poir.
(Jurema preta)
Amburana
cearensis
(Allemão) A.C.Sm.
Casca,
entrecasca,
flores, raiz,
folhas.
Inflamações,
afecções
uterinas, azia, gastrite.
Erythrina velutina Willd.
(Mulungu)
Caesalpinia
Tul.
Decocção,
tópico.
Inflamações, gripe, dor,
aftas e prevenção de cárie.
Casca
entrecasca.
Inflamações,
insônia,
tosse, asma, problema na
coluna, cólicas, afecções
renais,
incontinência
urinaria, calmante.
Infusão, tintura,
extrato fluido,
xarope.
Casca,
folhas, flor.
Inflamações, reumatismo,
tosse, infecção intestinal,
gripe, gastrite, diarreia,
hepatite,
impotência
sexual, dores nos ossos,
inchaço, diarreia.
Decocção,
xarope
(Catingueira)
ANARCADIACEAE
Myracrodruon
Allemão
urundeuva
(Aroeira)
Schinopsis
Engl.
Casca,
entrecasca,
resina.
Inflamações em geral,
pancadas, gripe, gastrite,
problemas de coluna,
abortiva, dor, coceiras,
cicatrizante,
infecção
urinária, afecções renais e
hepáticas, pancada, tosse,
reumatismo, queimaduras.
Xarope,
maceração,
tintura,
decocção,
infusão.
Casca, fruto,
resina.
Inflamações nos nervos e
ossos, dor, tosse, gripe,
problemas de coluna,
reumatismo.
Infusão,
decocção,
xarope, tintura.
Casca
Inflamações, ferimentos,
afecções uterinas.
Infusão,
decocção,
tintura.
brasiliensis
(Braúna)
Spondias tuberosa Arruda
(Umbuzeiro)
20,0
3,0
15,0
uso
Casca, resina
sementes.
pyramidalis
4,0
Maceração,
xarope, infusão,
Decocção,
lambedor,
xarope, tintura,
extrato fluido,
maceração.
(Imburana de cheiro)
Família
Freq.
%
absoluta
Continua...
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Tabela 1. Identificação etnobotânica das plantas medicinais coletadas na Fazenda Fieza, Santa
Cruz do Capibaribe/PE, 2015.
Continuação...
Família
Nome cientifico
(Nome popular)
Parte
utilizada
Forma de
uso
Indicações
BROMELIACEAE
Tillandsia recurvata L.
(Samambaia)
Neoglaziovia
Mez.
Toda
planta
a
Batata
planta
da
Reumatismo,
inchaço, diurético.
tosse,
Família
Freq.
%
absoluta
2,0
10,0
2,0
10,0
1,0
5,0
1,0
5,0
1,0
5,0
1,0
5,0
Infusão
variegata
Inflamações,
próstata,
dores, úlceras gástricas.
Tintura
(Caroá)
CACTACEAE
Cereus jamacaru DC.
Miolo, Raiz
Gastrite, cálculo
ferimentos
Toda
planta
Hemorroida,
próstata,
diabetes,
coqueluche,
asma,
ameba,
úlcera
gástricas
(Mandacarú)
Melocactus
bahiensis
(britton & rose) Luetzelb
a
(Coroa de frade)
renal,
Infusão,
maceração,
tintura
Lambedor
SELAGINELLACEAE
Selaginella convoluta
Folhas
Tosse, icterícia
Infusão
(Jericó)
CELASTRACEAE
Maytenus rígida Mart.
(Bom nome)
Casca,
folhas, raiz
Inflamações,
afecções
urinárias, cálculo renal,
gastrite,
problemas
hepáticos e de coluna,
reumatismo,
impotência
sexual, pancada.
Infusão, xarope,
tintura,
garrafada.
SAPOTACEAE
Sideraxylon
obtusifolium
(Roem. & Schult.) T. D.
Penn.
Casca,
entrecasca
(Quixabeira)
Inflamações, gripe, queda
de
cabelo,
pancadas,
ferimentos,
cicatrizante,
diabetes.
Tintura,
decocção,
infusão, extrato
seco.
PAPAVERACEAE
Argemone mexicana L.
(Cardo santo)
Raiz, flores,
sementes,
folhas.
Inflamações,
trombose,
derrame, asma, labirintite,
insônia, bronquite.
Infusão,
decocção.
Continua...
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Tabela 1. Identificação etnobotânica das plantas medicinais coletadas na Fazenda Fieza, Santa
Cruz do Capibaribe/PE, 2015.
Conclusão.
Família
Nome cientifico
(Nome popular)
Parte
utilizada
Forma de
uso
Indicações
Família
Freq.
%
absoluta
1,0
LILIACEAE
Inflamação de garganta,
prisão de ventre, caspa,
queda
de
cabelo,
verminose,
hemorroida,
furúnculo,
diarreia,
cicatrizante, tireoide.
Aloe vera
(Babosa)
Folha
5,0
Infusão, extrato
seco,
alcoolatura,
pasta.
Ao analisar as famílias, Tabela 1,
(23,40%) é a mais utilizada seguida por
mais
foram
folhas (17,02%), raiz (12,77%), entrecasca
Euphorbiaceae (20%) e Fabaceae (20%),
(10,64%), resina e látex (6,383%), toda a
seguida
as
representativas
da
Anarcadiaceae
(15%),
planta (4,254%) e, fruto e batata da planta
e
(10%).
(2,128%). Esses resultados são reforçados
Resultados semelhantes foram obtidos por
ao analisar o estudo de Albuquerque;
Albuquerque;
ao
Andrade (2002), em comunidades de
bioma
Caatinga/ PE, os referidos autores chamam
Caatinga/PE. Por outro lado, estudo
atenção à casca por estar disponível
realizado por Teixeira; Melo (2006),
durante todo o ano. Resultados contrários
município de Jupi/PE, verificaram que as
foram verificados em estudo realizado por
famílias
foram
Santana et. al. (1999) na comunidade de
Lamiaceae e Asteraceae, sendo assim,
Fortalezinha, município de Maracanã/Pará,
podemos concluir que as divergências
constataram sendo as folhas a parte mais
encontradas entre o estudo vigente e a
utilizada (48,1%).
Bromeliaceae
realizarem
Cactaceae
Andrade
pesquisa
mais
(2002)
no
representativas
literatura, podem ser provenientes das
Quanto à forma de uso terapêutico
diferenças entre os locais de estudo,
da planta, Tabela 1, a infusão foi a mais
considerando que os fatores ambientais
citada
interferem na cultura e na existência de
(17,92%), decocção (16,42%), xarope
determinadas espécies.
(14,63%),
(22,39%),
uso
seguida
tópico
por
e
tintura
maceração
Com relação à parte da planta mais
(5,971%), extrato seco e extrato fluído
utilizada, Tabela 1, constata-se que à casca
(4,478%), lambedor (2,985%), e os demais
(alcoolatura,
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pasta,
garrafada)
citados
apenas uma vez (1,492%). Resultados
semelhantes foram observados nos estudos
favoreçam a manutenção dos recursos
realizados
Andrade
naturais do bioma Caatinga. E assim,
(2002) em PE; Almeida; Albuquerque
auxiliar nas ações de conservação do
(2002) em PE, Amoroso (2002) em MT, os
bioma.
por
Albuquerque;
quais apresentaram a infusão como a forma
de uso mais representativa no preparo dos
REFERÊNCIAS
fitoterápicos.
ALBUQUERQUE,
Ao analisar a indicação medicinal
J.
M..
Plantas
medicinais de uso popular. Brasília:
para tratamentos de patologias, Tabela 1,
ABEAS/ MEC, 1989.
contata-se que a mais citada foi para o
ALBUQUERQUE, U. P.; ANDRADE, L.
tratamento de processos inflamatórios
H. C.. Conhecimento botânico tradicional e
(10,32%), seguida de reumatismo e tosse
conservação em uma área de caatinga no
(ambas com 5,55%).
Estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil.
Ao
comparar
os
resultados
Acta Botânica Brasílica, v. 16, n. 3. p.
envolvendo parte da planta, forma de uso
273-285, 2002a.
terapêutico e indicação medicinal com a
ALBUQUERQUE, U. P.; ANDRADE, L.
literatura
(DANTAS;
H. C.. Uso de recursos vegetais da
FELISMINO; DANTAS, 2007; ROQUE;
caatinga: o caso do agreste do Estado de
ROCHA;
Pernambuco
especializada
LOIOLA,
2007/2008;
(Nordeste
do
Brasil).
ALBUQUERQUE; ANDRADE, 2002.),
Interciência, v. 27, n. 7. p. 336 – 345,
constata-se que as cascas e folhas são as
2002.
partes mais utilizadas para o preparo de
AMOROSO, M.C.M. Uso e diversidade de
infusões
plantas medicinais em Santo Antônio do
utilizadas
principalmente
no
combate a inflamações.
Leverger,
MT,
Brasil,
2002.
Acta
Botânica Brasílica, v.16, p.189-203.
CONCLUSÃO
DANTAS, I. C.; FELISMINO, D. C.;
Com base nos resultados, observa-
DANTAS, G. D. S.. Plantas medicinais.
se uma ampla diversidade de plantas
In: DANTAS, I. C. (Ed). O Raizeiro.
medicinais, e sua influência como recurso
Campina Grande: EDUEP, 2007. p. 57-
para tratamento de doenças. Portanto, o
404.
local dessa pesquisa torna-se importante
GASPAR,
para traçar estratégias e estudos que
pesquisa
L..
escolar
Plantas
on-line.
medicinais:
Fundação
Joaquim Nabuco, Recife. Disponível em:
(83) 3322.3222
[email protected]
www.conbracis.com.br
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Laginhas,
As
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medicinais na comunidade cabocla de
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The Angiosperm Phylogeny Group. An
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2003.
The Angiosperm Phylogeny Group. An
update of the angiosperm phylogeny
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plants: APG III. Botanical Journal of the
Linnean Society, v. 161, n. 2, p. 105–121,
2009.
(83) 3322.3222
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