“Com 50, se quer mais é curtir a vida! Depois dos 50, aprendi de novo a ser feliz” MARISA ORTH à QUEM [email protected] São Luís, 7 de junho de 2016. Terça-feira O Estado do Maranhão Terapia do sal para tratar problemas respiratórios Tratamento tem se mostrado eficaz para as crianças que têm gripes recorrentes, resfriado, rinite, sinusite, entre outras enfermidades; mães que recorreram à haloterapia em São Luís garantem ter alcançado bons resultados M uitas mães têm recorrido à terapia do sal, a haloterapia, para tratar gripes e outras doenças respiratórias bastante comuns nesta época do ano em São Luís. O tratamento, que vem se mostrando eficaz no combate à rinite, bronquite, sinusite, asma, tosse crônica, acontece em salas especialmente preparadas, com temperatura e umidade controladas, inclusive para crianças. Verificando que o filho de um ano e dois meses vinha tendo gripes com bastante frequência, a advogada Clara Gomes encontrou na haloterapia uma alternativa para tratar a doença. A indicação foram 10 sessões com duração de 45 minutos cada uma. "Senti que ele passou a respirar melhor e a eliminar o catarro com mais facilidade após as sessões", garante ela. Nos últimos meses, a busca por esse tratamento tem crescido entre essa faixa etária. Mãe do Vitor Bacelar, de um ano e três meses, Ana Carolina conta que seu filho apresentava broncoespasmos durante as crises de intensa tosse, o que rendia noites mal dormidas. Posteriormente, por meio de exame de raio-X da face, foi detectada uma sinusite. A situação começou a melhorar logo após a primeira sessão de terapia do sal. "Foi um achado na minha vida, Divulgação O tratamento é voltado a todas as faixas etárias, mas não é recomendado em alguns casos” DALILA MACHADO Microfisioterapeuta porque eu estava muito preocupada com essa situação dele, já que ele passava um mês bom e no outro mês piorava. Com essa terapia, ele tem melhorado bastante, não tem tossido mais", conta Ana Carolina, que já havia sido recomendada, em consulta médica anterior, a levar o filho a banhos de praia, que podem ter efeito expectorante. Com a poluição das praias locais, a opção mais viável foi o tratamento por haloterapia. No Brasil, existem apenas quatro câmaras de sal e uma delas está em São Luís, mais precisamente na Equilíbrio Clínica de Saúde Integrativa, a única do Norte e Nordeste a oferecer essa modalidade terapêutica. De acordo com a proprietária do espaço, a microfisioterapeuta Dalila Machado, haloterapia é, basicamente, a inalação de micro- Criança durante sessão da haloterapia em clínica especializada de São Luís partículas aéreas de sal. "O aerossol seco do cloreto de sódio, comumente conhecido como sal, é considerado o fator curativo principal desta terapia. O sal utilizado é holandês, e de vácuo especialmente puro, que é produzido para aplicações farmacológicas exigentes. Além disso, não contém iodo, composto encontrado no sal doméstico", completa. O ambiente também contribui. Harmônico e com variação na iluminação, ainda conta com música relaxante ao fundo e com uma temperatura que não ultrapassa os 26ºC e 40% de umidade relativa do ar. O paciente, deitado ou sentado em uma cadeira ou rede, participa de sessões que duram, em média, 45 minutos. "O tratamento é voltado a todas as faixas etárias, mas não é recomendado, em alguns casos, como pneumonia, insuficiência cardíaca, sangramentos, hemoptise [que é a expulsão de sangue pela tosse] e nos casos de hipertensão descontrolada", conta Dalila Machado. A haloterapia pode parecer novidade, mas não é. Originado na Europa, já é uma opção medicinal há séculos. A terapia ocorre num meio controlado de ar, que simula um microclima natural de uma gruta de sal - o tratamento de espeleoterapia, que ocorre em grutas naturais de sal. Divulgação Vitiligo: cuidados são essenciais Doença, que tem cura e não é contagiosa, atinge principalmente as pessoas de 10 a 30 anos A médica Eline Weba destaca as principais medidas para o tratamento das manchas avermelhadas Depois das viroses, pele pode ficar com manchas vermelhas Alterações cutâneas podem ser mais um dos sintomas das doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, associadas também a coceira De Norte a Sul do país, é cada vez maior o número de pessoas contaminadas pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Entre outros sintomas como febre, dor no corpo e moleza, essas doenças causam também manchas vermelhas na pele, que são chamadas de rashmaculopapular. Inicialmente, aparecem na pele pequenas e múltiplas manchas avermelhadas com discreto relevo, que podem alterar-se e formar grandes manchas. No caso do zika, inicia-se na face e depois espalha pelo pescoço, tronco e membros. E po- Manchas levam uma semana para sumir de estar associado também a coceiras intensas. Em geral, essas manchas demoram em média uma semana para sumir completamente. Mas em algumas pessoas de pele mais sensí- vel é possível ficar algumas marcas em regiões com o face, braços e pescoço, que devem ser tratadas logo por um dermatologista, para não se agravarem ainda mais. Segundo a médica Eline Weba, da equipe da Clínica Ana Paula Vieira, as principais medidas para o tratamento desse tipo de machas e do prurido que vem associado são: evitar banhos, locais quentes e uso excessivo de sabonetes,além de realizar uma boa hidratação da pele. Se ainda assim a coceira persistir, é indicado o uso oral de alguns medicamentos e de loções calmantes à base de mentol ou calamina. Todo mundo já ouviu falar ou conhece alguém que foi vítima de vitiligo. Essa doença é responsável pela despigmentação da pele e começa por meio de manchas em lugares específicos até atingir todo o corpo. Essas lesões causadas pela destruição seletiva de melanócitos da epiderme podem deixar a região mais sensível e até provocar dor. É importante ressaltar que a doença não é contagiosa, e suas causas são variadas, podendo ser de origem genética, processo autoimune, atuação de radicais livres, anormalidade intrínseca dos melanócitos, distúrbios emocionais e outros. Existem dois tipos de vitiligo: o segmentar ou unilateral, que manifesta em apenas uma parte do corpo; e o não segmentar ou bilateral, que é o tipo mais comum e se manifesta em diversas partes do corpo dos dois lados, como mãos, pés, joelhos e cotovelos. Tratamento Essa doença atinge de 0,5% a 2% da população mundial, e principalmente pessoas de 10 a 30 anos de idade. O vitiligo tem cura e as formas de tratamento vão depender do quadro clínico de cada paciente. Segundo a dermatologista do Hapvida, Silvia Guedes, não se conhece ao certo os mecanismos fisiopatogênicos da doença. Os tratamentos utilizados visam restaurar a funcionalidade da epiderme ao ativar os melanócitos residuais e estimular a proliferação, migração e diferenciação dessas células de áreas adjacentes. “As terapias hoje disponíveis para tratamento do vitiligo são o uso tópico ou sistêmico de corticoides, foto- terapia com raios ultravioleta B e ultravioleta A, combinados ou não com outros princípios ativos, uso tópico de imunomoduladores, compostos análogos à vitamina D3, laser e tratamentos cirúrgicos”, explica. A especialista Silvia Guedes ainda alerta: “Os cuidados mais importantes seriam um acompanhamento médico adequado e fotoproteção diária com bloqueadores solares e roupas adequadas”. Caso Com 11 anos, o estudante maranhense José Aristeu foi diagnosticado com vitiligo aos 4. De acordo com a sua mãe, a enfermeira Renata Mendes, o tratamento foi iniciado logo após a descoberta da doença, o que foi primordial para conter o avanço das manchas. Atualmente o menino tem sinais da despigmentação apenas na região da sobrancelha e ao redor do olho esquerdo. “Ele não sofreu nenhum tipo de preconceito, mas as pessoas ficam olhando diferente e tem umas que até perguntam o que é. Nem todo mundo sabe o que é vitiligo, mas ele sabe lidar bem com a situação”, conta a mãe do estudante. Superação Recentemente a atriz Giovanna Ewbank tietou a modelo canadense Winnie Harlow durante um evento em Nova York. A top, que participou do reality America’s Next Top Model, foi diagnosticada com vitiligo também aos 4 anos. Hoje, aos 21, ela é procurada para desfilar nas passarelas mais badaladas do mundo. "As pessoas precisam entender que não existe nada de diferente em relação a nós [pessoas com vitiligo]. Tem gente que tem a pele negra e tem gente que tem a pele branca. Eu simplesmente tenho as duas", afirmou Winnie em palestra sobre preconceito e superação, ministrada no ano passado em uma escola no Canadá. Divulgação Modelo canadense Winnie Harlow descobriu o vitiligo aos 4 anos