Enormes carretéis compostos por círculos finos de madeira ocupam

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Exposição insere a obra de Iberê Camargo e
de 25 artistas no ambiente cultural do pósguerra
A mostra Iberê Camargo e o Ambiente Cultural do Pós-Guerra estará em exibição de 10 de
junho a 28 de agosto na Fundação Iberê Camargo. A exposição traz as principais vertentes da
arte abstrata e concreta do Brasil por meio de 133 obras, 102 de Iberê e 31 de outros 25
artistas como Helio Oiticica, Lygia Clark e Fayga Ostrower, pertencentes ao acervo dos mais
importantes museus do Brasil. A curadoria é assinada pelo crítico e professor Fernando
Cocchiarale.
A exposição Iberê Camargo e o Ambiente Cultural do Pós-Guerra tem por pano de fundo histórico a
emergência e a difusão das poéticas concretistas, e abstracionistas surgidas no país logo após a Segunda
Guerra Mundial. A mostra parte da obra de Iberê Camargo (1914-1994) como o fio condutor do conceito
curatorial proposto pelo crítico de arte e professor, Fernando Cocchiarale. Durante os anos 1950, a arte
brasileira pôde, enfim, produzir suas primeiras vanguardas, que por divergências teóricas e práticas, teve
dois pólos principais: os grupos concretistas de São Paulo (Grupo Ruptura, 1952) e do Rio de Janeiro
(Grupo Frente, 1953), e o abstracionismo (vertente à qual se insere a produção abstrata de Iberê
Camargo, escolhida como foco da mostra) que, por privilegiar, sobretudo, a expressão individual, não
chegou a formar grupos. “Sua emergência no horizonte cultural brasileiro decretava não apenas o fim do
realismo social – centrado em temas nacionais - como também sublinhava sua autonomia em relação a
quaisquer outros assuntos que não fossem os da própria arte”, diz o curador, Cocchiarale.
Segundo ele, a polêmica entre as diversas tendências da arte abstrata e concreta no Brasil passava pela
explicitação das diferentes maneiras que os artistas ligados a essas duas vertentes tinham de conceber e
produzir suas obras, que envolvia, desde a gênese da criação, questões estéticas e éticas muito
abrangentes.
O curador estabelece a partir das obras abstratas de Iberê Camargo, tanto as relações fundadas em
semelhanças formais ou em afinidade de questões, quanto tensões motivadas pela oposição entre a
produção abstrata de Camargo e a dos demais artistas que integrarão a mostra. São 52 desenhos, 31
gravuras e 10 pinturas da Coleção Maria Coussirat Camargo da Fundação Iberê Camargo, somados há
nove pinturas de instituições externas - Museu de Arte Contemporânea de Niterói (6 obras), Instituto
Moreira Salles (1 obra), Museu de Arte Moderna da Bahia (1 obra), Museu Nacional de Belas Artes do Rio
de Janeiro (1obra).
Cocchiarale explica que, ainda que não tenha sido conceituada de um ponto de vista cronológico, estrito e
rígido a exposição não deixará de ter, o que ele chama de uma ambiência cronológica que perpassará o
seqüenciamento das obras na montagem de modo a tornar perceptível o tecido polêmico das principais
vertentes da arte abstrata e concreta do Brasil. No entanto, será produzida uma linha do tempo, essa sim
cronológica, que cumprirá com a função de seqüenciar os fatos históricos mais relevantes para a
compreensão do ambiente cultural brasileiro do pós-guerra.
Neste sentido, estarão ao lado da obra de Iberê Camargo 25 artistas representativos do abstracionismo
informal, concretismo e neoconcretismo. Do acervo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro estão:
Lygia Clark, Maria Leontina, Amílcar de Castro, Antonio Bandeira, Hércules Barsotti, Décio Vieira, Willys
de Castro, Fayga Ostrower (2 obras), Ione Saldanha, Edith Behring (2 obras), Anna Bella Geiger (2
obras) e Arthur Piza, Lygia Pape, Ivan Serpa e Manabu Mabe. Do Museu Arte Contemporânea de Niterói
estão as obras de Aluisio Carvão e Milton Dacosta. Já as obras de Hermelindo Fiaminghi, Judith Lauand,
Waldemar Cordeiro, Luiz Sacilotto e Maria Bonomi pertencem a Pinacoteca do Estado de São Paulo. E
duas obras de Hélio Oiticica pertencente à Coleção César e Claudio Oiticica. Do Instituto Franz
Wiessmann vem duas obras do artista. Já a Coleção Diógenes Paixão emprestou duas obras de Alfredo
Volpi.
www.iberecamargo.org.br
SERVIÇO
Exposição: Iberê Camargo e o Ambiente Cultural do Pós-Guerra
Curadoria: Fernando Cocchiarale - crítico de arte, curador e professor de filosofia da arte e do curso de
especialização em história da arte e arquitetura do Brasil, ambos da PUC-Rio e. É também professor da
Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Autor, com Anna Bella Geiger, do livro Abstracionismo
geométrico e informal (Rio de Janeiro: Funarte, 1987) e de centenas de artigos, textos e resenhas
publicados em livros, catálogos, jornais e revistas de arte do Brasil e do exterior. Foi curadorcoordenador do programa Rumos Itaú Cultural Artes Visuais e coordenador de artes visuais da Funarte,
entre 1991 e 1999; além de curador de diversas exposições, entre as quais: É hoje na arte
contemporânea brasileira, Santander Cultural, em Porto Alegre. Em 2000 assumiu a curadoria do Museu
de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Visitação: 10 de junho a 28 de agosto
Horário: Terça a domingo, das 12h às 19h e quinta, das 12h às 21h.
Último acesso: terça a domingo, às 18h30min e quinta-feira, às 20h30min
Local: Segundo e terceiro pisos da Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2.000. Porto Alegre)
Entrada Franca: As empresas Gerdau, Itaú, Vonpar e De Lage Landen garantem a gratuidade do
ingresso.
Informações: 3247.8000 ou pelo site www.iberecamargo.org.br
Quem participa da exposição:
Fundação Iberê Camargo
52 desenhos, 31 gravuras, 10 pinturas do acervo de Iberê Camargo
Instituto Moreira Salles
1 pintura de Iberê Camargo
Museu de Arte Moderna da Bahia
1 pintura de Iberê Camargo
Museu de Arte Contemporânea de Niterói
6 pinturas de Iberê Camargo, 1 obra de Aluisio Carvão e 1 obra de Milton Dacosta
Museu Nacional de Belas Artes/RJ
1 pintura de Iberê Camargo
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Obras de Lygia Clark, Maria Leontina, Amílcar de Castro, Antonio Bandeira, Hércules Barsotti, Décio
Vieira, Willys de Castro, Fayga Ostrower, Ione Saldanha, Edith Behring, Anna Bella Geiger, Arthur Piza,
Lygia Pape, Ivan Serpa, Manabu Mabe
Pinacoteca do Estado de São Paulo
Obras de Hermelindo Fiaminghi, Judith Lauand, Waldemar Cordeiro, Luiz Sacilotto e Maria Bonomi
Coleção César e Claudio Oiticica.
2 obras de Hélio Oiticica
Instituto Franz Wiessmann
2 obras de Franz Wiessmann
Coleção Diógenes Paixão
2 obras de Alfredo Volpi
Porto Alegre, 01 de junho de 2011.
www.iberecamargo.org.br
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