9 descobertas astronômicas que marcaram 2016

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9 descobertas astronômicas que
marcaram 2016
As conquistas e revelações mais importantes do ano para os campos da
astronomia
(Foto: NASA)
Entre erros e acertos, 2016 foi um ano importante para as explorações e análises
astronômicas, marcadas por avanços tecnológicos e descobertas científicas que devem
moldar nossa percepção sobre o universo pelas próximas décadas.
Telescópios potentes revelaram estrelas e planetas nunca antes vistos e novas
missões espaciais foram lançadas para investigar os segredos do Sistema Solar.
Os astrônomos parecem, afinal, cada vez mais empenhados em tentar responder
uma questão inquietante: estamos sozinhos no universo?
Confira as principais vitórias e novidades alcançadas este ano sobre o espaço:
1 - A supernova mais brilhante do céu?
No início deste ano, uma equipe de astrônomos da ASAS-SN, rede de telescópios
distribuídos entre o Chile e Havaí, detectou o que parecia ser a supernova mais brilhante
do mundo.
Mais tarde, novos estudos publicados pelo periódico Nature derrubaram essa
hipótese e provaram que o fenômeno foi causado por um buraco negro supermassivo,
que girava rapidamente ao destruir uma estrela de pouca massa.
Nesse cenário, as forças gravitacionais extremas de um buraco negro desse tipo
rasgaram uma estrela parecida com o Sol que vagava muito perto — algo chamado de
“ruptura das marés”.
2 - Possível nono planeta no Sistema Solar
Astrônomos do Instituto de Tecnologia da Califórnia, o Caltech, nos Estados
Unidos, descobriram evidências de um nono planeta em nosso Sistema Solar,
possivelmente localizado depois de Plutão e com período orbital de 15 mil anos.
A existência do planeta foi observada pela primeira vez em 2014, quando Scott
Sheppard e Chadwick Trujillo escreveram um artigo sobre pequenos objetos com uma
estranha discrepância em suas órbitas.
Caso o “Planeta Nove” realmente exista, simulações de computador mostram que
ele pode ter cerca de dez vezes a massa da Terra. Novos estudos prometem confirmar
essa hipótese.
3 - Ondas gravitacionais
Previstas há um século pelo físico Albert Einstein, ondas gravitacionais foram
identificadas pela primeira vez em 2015, através de dois detectores do LIGO
(Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser), e novas ondas foram
confirmadas este ano.
Na Teoria da Relatividade, Einstein afirmou que qualquer evento cósmico que
cause perturbação no espaço-tempo com força suficiente pode produzir ondulações
gravitacionais que se propagam pelo Espaço.
Em dezembro, a revista Science elegeu as “ondulações no espaço-tempo” como a
maior descoberta científica de 2016.
4 - Planeta parecido com a Terra
O Observatório Europeu do Sul (ESO) localizou um planeta semelhante à Terra
orbitando a Proxima Centauri, estrela mais próxima do Sol.
A descoberta foi feita com um dos telescópios do observatório em La Silla, no
Chile, e um estudo publicado pela Nature apelidou o exoplaneta de Proxima b.
"Muitos exoplanetas já foram encontrados e muitos outros serão encontrados no
futuro, mas procurar pelo corpo mais parecido com a Terra e ser bem-sucedido é uma
experiência incrível para todos nós”, disse o astrônomo Guillem Anglada-Escudé, um dos
autores da pesquisa.
“O próximo passo é procurar por vida em Proxima b.”
5 - NASA descobre asteroide que orbita a Terra há 100 anos
Cientistas descobriram um asteroide em órbita terrestre estável, batizado de 2016
HO3.
O companheiro da Terra pode ser considerado um “quase satélite do planeta”,
como explicou Paul Chodas, gestor do Centro de Objetos Próximos da Terra, em
comunicado da NASA.
O asteroide mede entre 40 e 100 metros e está em uma órbita razoavelmente
estável em torno da Terra e do Sol, mas deve partir em alguns séculos.
6 - NASA encontra 1.284 novos planetas
A sonda Kepler, que busca planetas parecidos com a Terra fora do Sistema Solar,
encontrou mais 1.284 planetas este ano, o maior número de corpos identificados pela
missão.
Nos últimos quatro anos, a sonda tem analisado o brilho de cerca de 150 mil
estrelas, que podem indicar a passagem de algum planeta.
Até agora, foram identificados 4.302 possíveis planetas e 1.284 têm 99% de
chances de ganhar o status de planeta.
7 - Lua de Júpiter pode abrigar vida
Em nosso Sistema Solar, o local com mais chances de abrigar vida além do planeta
Terra é Europa, uma das 67 luas de Júpiter.
A própria NASA já confirmou que o satélite contém profundos oceanos de água
salgada.
Um estudo publicado no periódico Geophysical Research Letters mostrou que o
balanço químico dos oceanos dessa lua pode ser muito parecido com o da Terra: mesmo
sem atividades vulcânicas, que representam uma espécie de “incentivo” para gerar vida, é
possível que exista hidrogênio e oxigênio em quantidades suficientes para a formação de
vida por lá.
8 - O planeta que orbita três sóis
Na constelação Centauro, a 320 anos-luz da Terra, astrônomos da Universidade do
Arizona descobriram o HD 131399Ab, um exoplaneta gigante que orbita três sóis.
Um artigo publicado pelo periódico Science, os pesquisadores registraram que o
planeta forma um sistema de múltiplas estrelas: uma estrela um pouco maior do que o Sol
ao centro, duas menores que orbitam uma a outra e, entre as estrelas maiores, está o HD.
Além de ter quatro vezes o tamanho de Júpiter — e 11 vezes o tamanho da Terra
—, a descoberta mostrou que um ano do planeta equivale a 550 anos na Terra.
Os astrônomos ainda não sabem dizer se ele foi formado dentro desse sistema ou
se “migrou” para lá mais tarde.
9 - O planeta mais jovem
Um grupo de cientistas — entre eles a astrofísica brasileira Silvia Paixão Alencar,
da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) — encontrou o planeta mais jovem
visto até hoje: o V830 Tau B.
Em artigo publicado na revista científica Nature, os pesquisadores explicaram que
a descoberta foi feita após terem identificado perturbações incomuns no movimento de
V380 Tauri, uma estrela também muito jovem que fica a 430 anos-luz da Terra, na
constelação de Touro.
O planeta tem “apenas” 2 milhões de idade e o tamanho de Júpiter.
Alencar acredita que a novidade deve ser essencial para compreender os
processos de formação de estrelas, sua área de especialização.
http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2016/12/9-descobertas-astronomicas-quemarcaram-2016.html
São Paulo, SP, 31 Março de 2017
Mkmouse
Galileu
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