Diapositivo 1 - SusanaPacheco.eu

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Rochas
São definidas como quaisquer agregados naturais
sólidos, compostos de um ou mais minerais, e constituem
parte essencial da crosta terrestre.
Podemos dizer que as rochas dependem umas das outras
e que ao longo do tempo se transformam umas nas
outras, dando lugar aos diferentes tipos litológicos ou
petrográficos.
Os processos que ocorrem à superfície ou na película
mais externa da crosta terrestre e que consomem
energia exterior ao nosso planeta, principalmente
energia solar, são chamados fenómenos geodinâmicos
externos ou exógenos.
As rochas terrestres não constituem massas estáticas.
Elas fazem parte de um planeta cheio de dinâmica
(variações de temperatura e pressão, abalos sísmicos e
movimentos tectónicos). Da mesma forma, as actividades
de Meteorização (intemperismo) causam constantes
alterações sobre as rochas.
Os três grandes ambientes geológicos geradores de
rochas, também ditos petrogénicos são:
• Ambiente magmático
• Ambiente sedimentar
• Ambiente metamórfico
Ambiente Sedimentar
Rochas sedimentares
• As rochas sedimentares são formadas à superfície por acumulação
de sedimentos resultantes da desagregação de rochas préexistentes que ao aflorar à superfície - afloramentos - ficam
sujeitos a condições de pressão, temperatura e ambiente químico
muito diferentes daqueles em que foram gerados.
• Cerca de 3/4 da Terra são cobertos por rochas sedimentares que
revestem partes dos continentes e dos fundos oceânicos.
Mineral
Minerais
herdados
Rochas sedimentares
detríticas
Minerais de
neoformação
Minerais herdados – minerais que fazem parte de rochas sedimentares
e que provieram de rochas preexistentes, tendo sido modificados
fisicamente devido ao transporte.
Exemplos: quartzo, feldspatos e micas, especialmente a moscovite, as
anfíbolas, as piroxenas, a calcite, etc.
Minerais de neoformação – minerais novos, que fazem parte de rocha
sedimentar e originados devido a reacções químicas ocorridas na fase de
sedimentogénese ou de diagénese.
Exemplos: calcite, dolomite, sílica, minerais de argila, halite e gesso.
Esquema simplificado da génese das rochas sedimentares.
As rochas expostas à superfície da crosta terrestre ficam sujeitas às
acções físicas e químicas exercidas pelo contacto com a atmosfera
(temperatura e vento), hidrosfera (água) e biosfera (seres vivos).
Estes fenómenos gerados pelos agentes geodinâmicos externos vão
dar origem à meteorização.
A meteorização não é mais que o resultado das acções físicas e
químicas sobre as rochas. Como consequência, as rochas são
gradualmente alteradas e desagregadas. Assim, temos a
meteorização física das rochas por meios mecânicos e a
meteorização químicas.
Os agentes de meteorização podem ser reunidos em
dois grupos principais:
1- Físicos ou Mecânicos, pelos quais os materiais são desintegrados,
principalmente por acção de:
• 1. Variação de temperatura (termoclastia)
• 2. Congelamento da água (crioclastia)
• 3. Cristalização de sais (haloclastia)
• 4. Acção física de seres vivos
2- Químicos, pelos quais os materiais são decompostos por acção de:
• 1. Hidrólise;
• 2. Carbonatação
• 3. Oxidação
• 4. Acção química dos organismos e dos materiais orgânicos.
Meteorização Física
A meteorização física gera a fragmentação das rochas em
fragmentos cada vez menores, mas que retém as características do
material original.
A desagregação ou desintegração acontece pela contracção e
expansão provocadas pelas variações de temperatura, facilitada
pela existência de fendas, as diáclases, resultantes quer das
condições de arrefecimento das rochas ígneas, quer do relaxamento
da pressão durante a acção das forças tectónicas.
Consequências da Meteorização Física
Acção seres vivos
Acção seres vivos
Termoclastia
Crioclastia
Diáclases
Meteorização Química
A decomposição das rochas por meios
químicos é traduzida pela alteração da
estrutura interna, podendo ocorrer
remoção ou originando outros minerais
mais estáveis ou uma série de produtos
solúveis, que são transportados pelos rios
e mar. Quase sempre, a água actua,
particularmente, como dissolvente.
A água pura é relativamente inerte em relação à maioria dos minerais.
Porém, ela sempre carrega da atmosfera substâncias dissolvidas,
como por exemplo, O2, CO2, e às vezes, nitratos e nitritos que ao
penetrar no subsolo, podem iniciar um ataque às rochas, através de
processos como a hidrólise, hidratação, oxidação e carbonatação.
H2O + CO2
H2CO3
ácido carbónico
H+ + HCO3Ião hidrogeno
carbonato
1.Hidrólise
Normalmente, o mais importante agente químico é a água. Na hidrólise, os iões
da água combinam-se com os compostos, com a formação de novas substâncias.
A água que penetra nos interstícios das rochas e combinam-se com os iões de
alguns minerais formando novas substâncias. Os feldspatos são relativamente
pouco estáveis e sofrem com facilidade a acção desse ataque. No caso do
feldspato, temos que:
As águas acidificadas reagem com o feldspato potássico (mineral que
ocorre, por ex: nas rochas graníticas), originando a caulinite – mineral
do grupo das argilas, com grande interesse para a indústria cerâmica.
Este exemplo de meteorização é representado pela reacção química:
2KALSi3O8 + H2CO3+ H2O
(feldspato)
K2CO3 + Al2Si305(OH)4 + KOH + 4SiO2
(caulinite/argila)
O fenómeno denomina-se caulinização, ocorrendo frequentemente
nas rochas graníticas, que a pouco e pouco, se vão alterando, pela
transformação dos feldspatos em minerais de argila
Pedreira de Caulinite
2- Carbonatação
Os calcários são rochas fundamentalmente constituídas por um mineral a
que se dá o nome de calcite (carbonato de cálcio: CaCO3). Sendo este
mineral facilmente atacado pelos ácidos, quando em contacto com as águas
ácidas que neles circulam pelas diáclases, ocorre uma reacção química
característica, conhecida por carbonatação, da qual resulta bicarbonato de
cálcio dissolvido na água. A lenta mas contínua circulação das águas pelas
diáclases leva à dissolução do calcário.
CaCO3
+ H2CO3
CaCO3 = carbonato de cálcio
Ca2+ + 2(HCO-3)
Solúveis
2(HCO-3) = hidrogenocarbonato (bicarbonato de cálcio)
H2CO3 = ácido carbónico
Por este processo, as fendas dos calcários vão-se alargando e coalescendo
umas com as outras, o que, em casos extremos pode levar à formação de
longos e largos canais subterrâneos, por onde se dá uma intensa circulação
da água. Em Portugal continental, os maciços calcários da região centro
(Fátima, Minde, Ourém), são bons exemplos de locais onde ocorre a
formação de grutas e galerias subterrâneas.
Grutas da Moeda - Fátima
3- Oxidação
Processo de meteorização química, pelo qual o oxigénio atmosférico
(dissolvido na água) reage com os iões dos minerais, produzindo óxidos.
Este processo é especialmente importante na meteorização de minerais,
com teores de ferro elevados (minerais ferromagnesianos – olivinas
piroxenas e as anfíbolas).
COMO É QUE OCORRE A OXIDAÇÃO DOS MINERAIS?
O ferro, que faz parte de minerais comuns como a biotite e a
olivina, pode ser facilmente oxidado pela seguinte reacção:
4 FeO + O2
4 FeO = óxido ferroso
2 FeO3 = óxido férrico
2 FeO3
Por este processo, formam-se novos minerais, com o ferro na
forma oxidada, como a hematite. O ferro oxidado torna-se
insolúvel em água, precipitando-se no meio em que se encontre,
devendo-se a este facto a coloração avermelhada dos produtos
de meteorização.
Meteorização do granito
Meteorização do granito
Constituintes
primários
Produtos da Meteorização
Mineral
Composição
Solução
coloidal
Quartzo
SiO2
_
_
Sílica e
Alumina
(Al2O3)
Minerais de
Argila
(ex: caulite)
Sílica e
Alumina
(Al2O3)
Minerais de
Argila
+
Feldspato
Mica
Minerais
ferromagnesianos
Na e K
+
+
2+
K , Fe , Mg
Mg2* Fe2
2*
Sílica e
Alumina
Óxido de
Ferro
Minerais em
neoformação
Minerais de
Argila
Hematite
Minerais
primários
persistentes
Quartzo
Catiões
removidos
_
_
Na+
K+
_
_
_
Mg2*
Como consequência da acção dos agentes meteóricos sobre as
rochas, estas vão sendo desagregadas originando fragmentos e
grãos de diferentes dimensões: detritos ou clastos, substâncias
químicas que passam a soluções nas águas de transporte e ainda
substâncias químicas produzidas por seres vivos ou resultantes
da sua actividade. A acção de desgaste e remoção dos diferentes
detritos e soluções, que acontece a seguir ou em simultâneo à
meteorização, chama-se erosão.
Sedimentos
Detritos ou clastos
Substâncias químicas
dissolvidas
Substâncias químicas
produzidas por seres vivos
Os materiais resultantes da meteorização e da erosão,
normalmente, não ficam no seu local de origem. São deslocados
para outros locais pelos ventos, gravidade, águas (estado líquido e
sólido), o que caracteriza o transporte.
Quando o agente transportador perde a força de arraste e
deposita os detritos que transportava, segundo a dimensão e
densidade dos detritos, ocorre a sedimentação dos minerais.
Meteorização/erosão + transporte + Sedimentação = Sedimentogénese
A sedimentação ou deposição ocorre, em vários ambientes
(deltaico, lagunar, marinho, torrencial, etc.), sobretudo por acção
da gravidade. Como resultado de sucessivos transportes e
deposições formam-se camadas ou estratos de sedimentos,
disposição característica da grande maioria das rochas
sedimentares.
Os ambientes e a formação das rochas sedimentares
PRINCÍPIO DA SOBREPOSIÇÃODOS ESTRATOS
Para além dos detritos, também se podem depositar novos minerais
resultantes da meteorização química, minerais de precipitação das
substâncias em solução e matéria orgânica, como por exemplo, vegetais
mortos, esqueletos de animais,etc.
Estratificação
O estrato é a unidade estratigráfica
elementar; o seu limite superior é
denominado tecto e o inferior, muro.
Estratificação cruzada - derivada da
variação na intensidade e/ou na
direcção do agente de transporte
Após a sedimentogénese, ocorre a diagénese que consiste nas mudanças
ou transformações, químicas, físicas e biológicas, sofridas pelos
sedimentos após a sua deposição, até se tornarem rochas sedimentares.
Inclui os seguintes processos:

Compactação - Compressão dos sedimentos por acção da
estratificação, que assim, ficam sujeitos a um aumento da pressão crescente.
A compactação determina a expulsão de água (desidratação).

Cimentação - agregação dos sedimentos pelos minerais derivados da
precipitação de substâncias químicas dissolvidas na água.
Esquema da compactação dos
sedimentos
detríticos
e
circulação dos fluidos entre
os poros.
Génese das rochas sedimentares
Classes das rochas sedimentares
Tendo em conta a origem da fracção dominante podem classificar-se em:
1.1- Rochas detríticas (clásticas)
1.2- Rochas Quimiogénicas
1.3- Rochas Biogénicas.
1.1- Rochas detríticas (clásticas)
São rochas sedimentares constituídas predominantemente por
detritos. Os sedimentos podem apresentar-se soltos, ou então
estar ligados.
Sedimentos soltos
Rochas desagregadas
Sedimentos ligados
Rochas consolidadas
Como a granulidade dos materiais que constituem as rochas
detríticas são variáveis e dada a sua importância na
caracterização dessas rochas, é necessário estabelecer sistemas
de classificação dos sedimentos detríticos. Estes sistemas
constituem escalas granulométricas
Classificação dos sedimentos detríticos
( Wentworth e Udden)
Corresponde neste caso a um dos graus da escala, podendo ser
minerais de argila ou outros com a respectiva dimensão.
1.1.1- Rochas congloméráticas
Embora exista uma grande variedade de minerais e fragmentos de rochas na
composição das rochas detríticas os principais componentes são minerais de
argila e quartzo. Os minerais de argila são o produto mais abundante
resultante da alteração dos minerais do grupo dos silicatos, especialmente os
feldspatos. Por outro lado o quartzo deve a sua grande abundância ao facto
de ser muito resistente,tanto do ponto de vista mecânico como químico.
Conglomerado
Brecha
1.1.2- Rochas Areníticas
A fracção detrítica predominante neste tipo de rocha tem
dimensões compreendidas entre 1/6 e 2 mm.
As areias são rochas desagregadas de composição mineralógica
variada ( areias quartzosa, areias calcárias, basálticas,etc)
As areias podem ser cimentadas, formando os arenitos ou
grés.
1.1.2- Rochas argilosas e sílticas
Esta divisão compreende todos os mais finos sedimentos
mecanicamente formados, representados essencialmente pelas
argilas. As partículas constituintes variam de dimensões
ultramicroscópicas (inferiores a 0,01 mm) até dimensões de
partículas coloidais.
As propriedades mais directamente observáveis nos argilitos
(coesão a seco, plasticidade quando húmido, impermeabilidade,
fácil suspensão nas águas em movimento, sedimentação por
decantação, etc. ) advêm, directamente do comportamento físico
dos elementos, considerados como partículas muito pequenas, (>
1/256 mm).
TEXTURA
Está ligada ao tipo de génese da rocha sedimentar e pode ser:
Clástica : abrange todas as rochas sedimentares de origem
mecânica ( arenito )
Não clástica : compreende todas as rochas sedimentares de
origem química e inorgânica: calcários, antracintos etc
1.2- Rochas Quimiogénicas
São rochas sedimentares formadas a partir da precipitação de
materiais dissolvidos. Pode ocorrer devido à evaporação da água
(evaporitos) ou devido à alterações das condições da solução
(temperatura, pressão, etc).
Como rochas quimiogénicas podemos citar:
- Os calcários de precipitação.
- As rochas salinas: sal-gema e o gesso (evaporitos)
Exemplo: gesso e calcário .
Calcário de Precipitação (quimiogénico)
Os calcários são rochas sedimentares carbonatadas constituídas pelo
mineral calcite (quimicamente designado por carbonato de cálcio).
O carbonato de cálcio (CaCO3) é insolúvel em água pura, entretanto
é solúvel em água gasocarbónica (água com CO2). Nestas águas, o
dióxido de carbono reage com a água formando o ácido carbónico. O
ácido carbónico reage com o carbonato de cálcio do calcário, dando
origem ao hidrogenocarbonato (bicarbonato de cálcio), que é solúvel.
CaCO3 + H2CO3
*
Ca2+ + 2(HCO-3)
CaCO3 = carbonato de cálcio
2(HCO-3) = hidrogenocarbonato (bicarbonato de cálcio)
H2CO3 = ácido carbónico
Se houver um abaixamento da tensão de CO2, provocado pelo aumento da
temperatura e redução da pressão, o carbonato de cálcio insolúvel pode
precipitar formando um sedimento que depois de cimentado dá origem ao
calcário de origem química.
A reversibilidade das reacções descritas, está na base das paisagens
características de zonas calcárias, conhecidas como modelado cársicos.
Modelado Cársico
Dolina
Gruta
Lapiás
Estalagmites
As Rochas – Rochas Sedimentares
Algar
Estalactites
Acetato 6
Gesso
1
Rocha
sedimentar
originadas
da
precipitação de sulfato de cálcio (CaSO4),
com formação do mineral gesso. Esta
precipitação
é
desencadeada
pela
evaporação de águas marinhas retidas em
lagunas ou água salgada de lagos de zonas
áridas, que contém sulfato de cálcio em
solução.
Sal-gema
2
Rocha
sedimentar
originadas
da
precipitação de sais de cloreto de sódio
(NaCl), com formação do mineral halite.
Esta precipitação é desencadeada pela
evaporação de águas marinhas retidas
em lagunas ou água salgada de lagos de
zonas áridas, que contém cloreto de
sódio em solução.
O sal-gema é pouco denso e muito plástico, em algumas situações
podem ascender até a crosta e formando uma grande massa
salina – domas salinas ou diapiros.
1.3- Rochas Biogénicas ou Quimiobiogénicas
São rochas sedimentares originadas a partir da actividade de seres
vivos.
Como rochas Biogénicas podemos citar:
- Calcários biogénicos
- Carvão
O petróleo, actualmente, não é considerado uma rocha por se
apresentar no estado líquido, entretanto, como forma-se a partir
da matéria orgânica no interior de rochas sedimentares vamos
estudá-lo nesta alínea.
Calcários Biogénicos
No caso da formação deste tipo de calcário, a precipitação da
calcite é consequência da actividade dos seres vivos. Como
exemplo, podemos citar a redução da tensão de CO2 devido a
actividade fotossintética de algas marinhas e do fitoplâncton,
factor que cria condição para que ocorra a precipitação da calcite.
Os calcários biogénicos podem ser: calcário recifal, conquífero e
numulítico.
Formação de combustíveis fósseis
Carvões
Os carvões tiveram
uma origem
biogénica e
formaram-se a
partir de detritos
vegetais que se
acumularam em
zonas pantanosas ou
lagunares, por vezes
próximas do mar.
Esses restos
vegetais foram
recobertos por
sedimentos de
origem detrítica,
que os isolaram do
ar. Assim foram
transformados por
microorganismos,
enriquecendo-se em
carbono e tornandose cada vez mais
negros
Incarbonização
Durante o processo de incarbonização, o material vegetal da turfa sofre inicialmente
alterações bioquímicas, por acção de microorganismos, na sua maioria anaeróbios. O
aprofundamento gera alterações nas condições de temperatura e pressão que fazem
Durante
cessar as alterações bioquímicas e dão início as transformações geoquímicas, em que
se verifica a perda de água e de substâncias voláteis, a diminuição da porosidade e
aumento da concentração de carbono.
Petróleo
Os rios lançam para o mar e para as lagunas milhões de toneladas de
matéria orgânica e sais minerais. Pequenos seres vivos proliferam
nessas zonas, flutuando na água (o plâncton) e aproveitando-se dessa
matéria. Quando morrem depositam-se no fundo e sobre eles
depositam-se detritos argiloso, de tal modo que, ao fim de milhões
de anos sob a pressão desses sedimentos, a matéria orgânica
proveniente essencialmente do plâncton se transforma numa mistura
liquida que é o petróleo.
Petróleo é constituído por hidrocarbonetos que derivam principalmente
da parte lipídica da matéria orgânica.
Asfalto ou betume
Produtos petrolíferos
Gás natural
Petróleo
bruto ou
nafta
Formação de Petróleo
Condições geológicas que proporcionam a acumulação de petróleo
Mas afinal o que é um fóssil?
São vestígios, marcas ou restos de seres vivos que
viveram há muito tempo no nosso planeta, tendo a
mesma idade da rocha que os contém.
Mas como é que se dá a transformação
de um ser vivo num fóssil?
A partir de um conjunto de processos que se designa por
fossilização. Este fenómeno permitiu a preservação dos
vestígios de seres vivos que existiram no passado.
1 - Morte do ser vivo
2 – Deposição de sedimentos sobre os seus restos mortais
(como consequência estes deixam de estar em contacto com os agentes atmosféricos e com o
oxigénio, descompondo-se por isso mais lentamente)
3 – Substituição da matéria orgânica
matéria mineral
4 – Após milhões de anos, e através do
desgaste das rochas, o fóssil fica
exposto novamente à superfície.
(existente nos restos mortais)
por
Existência de partes duras (ossos, dentes, carapaças) na constituição dos
seres vivos – as partes moles são rapidamente decompostas;
Rapidez no soterramento dos restos mortais por sedimentos;
Tipo de sedimentos que cobrem os restos mortais
(devem ser finos e impermeáveis)
Habitat (a fossilização ocorre mais frequentemente em ambientes aquáticos) –
há maior protecção contra os agentes atmosféricos;
Condições ambientais:
decomposição;
temperaturas
e
humidade
baixas
dificultam
a
1 - Mumificação ou conservação total
Todo ou quase todo o ser vivo fica conservado,
mesmo as suas partes moles.
Após a morte, o ser vivo é envolvido por uma
substância (como por exemplo, o gelo) que
permite a sua conservação.
Exemplos de mumificação:
 Insectos conservados em âmbar.
 Mamutes conservados no gelo.
Conservação em âmbar
Mamute conservado no gelo
Este animal encontrado na Sibéria é um Mamute, uma espécie de
elefante pré-histórico.
O animal é do sexo masculino e encontra-se em bom estado, por
isso os cientistas optaram por levar o exemplar para uma caverna
localizada em Khatanga na Sibéria, onde a temperatura se mantém
sempre abaixo de 0 ºC.
2 - Moldagem
Não se conservam quaisquer partes do organismo,
ficando apenas uma reprodução ou molde das
suas partes duras.
Reprodução da estrutura interna  Molde interno.
Reprodução da estrutura externa Molde externo.
O interior do organismo
enche-se de sedimentos
que reproduzem os
detalhes da sua
estrutura interna
O organismo, ao morrer,
cai sobre os sedimentos,
deixando impressas as
suas características
estruturais externas
Moldagem
Molde
Interno
Molde Externo
Molde Externo
Molde Interno
3 - Mineralização
Os sedimentos que envolvem o ser vivo sofrem
compressão devido ao peso dos depósitos que
estão por cima.
A matéria que constitui o ser vivo (matéria
orgânica) é substituída gradualmente por
minerais, como a calcite e a sílica, ficando o ser
vivo transformado em “pedra”.
Mineralização
Trilobite
Amonite
Cabeça de dinossauro
mineralizada
Mineralização
Troncos
petrificados
Marcas de actividade
Constituem o tipo de fossilização mais abundante.
São vestígios da actividade dos seres vivos,
impressos nas rochas.
Fornecem informações importantes sobre o modo
de vida dos seres vivos.
Podem ser:
 Pegadas de dinossauros
 Fezes fossilizadas
 Ovos fossilizados
Pegadas de dinossauros
Ovos fossilizados
Fezes fossilizadas - Coprólitos
Dinossauro herbívoro
do período Jurássico
Tartaruga do período Miocénico
Fósseis vivos
São seres vivos que existem desde há muitos
milhões de anos.
Mantiveram as suas características ao longo do
tempo, pois adaptaram-se bem aos variados
ambientes que a Terra atravessou.
Actualmente existem fósseis destes seres e
também existem exemplares vivos.
Fósseis vivos
Celacanto
Latimeria
chalumnae
Fósseis vivos
Gingko
Gingko biloba L.
Fósseis vivos
Nautilus sp.
Fósseis vivos
Caranguejo-ferradura
Limulus polyphemus L.
 Permitem estudar a evolução da vida na Terra
 Permitem datar as rochas e determinar ambientes antigos.
Coral
500 M.a. – actualidade
Amonite
248 M.a. – 66 M.a.
Fóssil de Idade
Vivem apenas em ambientes
de águas calmas, quentes e
pouco profundas
Fóssil de Fácie
As rochas não se encontram na Natureza convenientemente divididas em
corpos separados – ígneas aqui, sedimentares ali e metamórficas acolá. Em
vez disso, elas encontram-se misturadas em padrões determinados pela
história geológica da região. Os geólogos cartografam esses padrões
tanto à superfície como projectando-os para o interior, tentando deduzir
o passado geológico a partir da presente variedade e distribuição das
rochas – é esta a alma do Uniformitarismo ou Actualismo
A chave para a compreensão dos fenómenos do passado geológico reside
na compreensão dos fenómenos geológicos presentes, uma vez que não
existem razões que nos levem a crer que tais processos sejam
diferentes com o decorrer dos tempos geológicos.
Lagos
Argilas; restos
de organismos
Gelo
Till (tillitos);
areias e
cascalhos flúvioglaciais
Vento
Dunas de areia;
poeira (loess)
Chuva
Depósitos de
enxurrada
Rios
Depósitos
fluviais, deltas e
estuários
Mar
Praias e
ambientes
marinhos rasos;
ambientes
marinhos
profundos
(vasas)
Os ambientes de sedimentação podem
ser definidos como áreas da superfície
terrestre com propriedades físicas,
químicas e biológicas bem definidas e
diferentes de áreas adjacentes.
Os sedimentos e as rochas sedimentares são caracterizados
pela presença de estratificação - que resulta da formação de
camadas paralelas e horizontais, pela deposição contínua de
partículas no fundo de um oceano, de um lago, de um rio ou numa
superfície continental.
A deposição dos sedimentos
O modo de deposição é
extremamente importante nas
características
da
rocha
sedimentar que irá resultar,
indicando
claramente
o
ambiente
(continental
ou
marinho) em que o material se
formou (p.ex., marcas de
ondas)
Deposição rápida
•
Pouca
estratificação/
laminação; pobre separação
por
tamanho
dos
grãos
(seleção granulométrica – lei
de Stokes)
Deposição lenta
•
Boa estratificação / laminação;
boa seleção granulométrica
(estratificação gradacional)
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