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Dr. Luiz Carlos Bertoni - CRM-PR 5779
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RINITE NÃO-ALÉRGICA
O tratamento das rinites é considerado um desafio, pois além
do processo alérgico existem os fatores não-alérgicos. A rinite tem
uma morbidade significativa, custo financeiro importante e perda de
produtividade do afetado.
A rinite é a doença respiratória crônica mais comum entre
adultos e crianças. O tratamento da rinite não-alérgica inclui
medicamentos para tratar as crises e o mais importante identificar e
tratar a causa. Muitas dessas rinites envolvem emoções negativas que
geralmente se apresentam como sensação de bola ou arranhamento
na garganta, obstrução nasal que não cede aos medicamentos. O
tratamento
destas
emoções
é
feito
com
Body
Talk.
(www.bodytalklondrina.com.br)
Abordei as funções normais do nariz e as doenças mais
freqüentes. Agora passo a escrever sobre o quarto assunto
abordando as rinites não-alérgicas e suas causas.
A rinite não-alérgica é uma síndrome resultante da inflamação
nasal provocada por diversas substâncias ou doenças. Esta síndrome é
diferente da rinite alérgica que é mediada por anticorpos da alergia
(IgE). Dependendo da causa, a rinite não-alérgica simula os
sintomas da rinite alérgica como, coriza, espirros, coceira e
congestão nasal. Estes sintomas podem variar de transitório a
persistente.
Estudos sobre qualidade de vida têm demonstrado que a rinite
não atinge só nariz, mas podem prejudicar o sono, provocar
sonolência diurna, problemas de concentração e irritabilidade. A teoria
das vias aéreas "unificadas" se aplica ao paciente alérgico e também
ao paciente não-alérgico.
Rinite não-alérgica
Tipo
Infecciosa
Vasomotora
Ocupacional
Hormonal
Induzida por medicamentos
Gustativa
Eosinofílica não-alérgica (RENA)
Causa
Viral, bacteriana, fúngica e parasitária;
Variação de temperatura ou emocional;
a) Intermitente, b) persistente.
Durante a gravidez e adolescência;
AAS e seus derivados, corantes;
Após alimentação condimentada;
Sem causa definida;
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A história clínica e o exame físico ajudam o alergista a ter uma
idéia mais precisa da causa e qual o tratamento mais adequado para
você.
TIPOS DE RINITE NÃO-ALÉRGICA
1- A rinite infecciosa geralmente é causada por infecção do
trato respiratório superior geralmente de origem viral. As causas
mais comuns são as infecções por rinovírus, coronavírus, adenovírus,
parainfluenza, vírus respiratório sincicial ou enterovírus. A infecção
viral do aparelho respiratório geralmente é auto-limitada e com
duração de 7-10 dias.
Paciente com rinite infecciosa apresenta a princípio secreção
esbranquiçada e depois amarelo-esverdeada. Esta secreção é
acompanhada de dor facial e pressão, alterando a percepção do cheiro
e ocorre drenagem pós nasal geralmente com tosse.
Dor facial persistente e edema, drenagem purulenta e febre
sugerem uma infecção bacteriana secundária.
2- A Rinite vasomotora acredita-se que seja um distúrbio de
regulação do sistema nervoso autônomo, sistema parassimpático e
simpático. O sistema parassimpático promove a vasodilatação e o
edema da vascularização nasal. Sintomas resultantes são a coriza,
espirros e congestão. O ar frio, odor forte, estresse ou irritante inalado
pode agravar os sintomas. Ansiedade e depressão são muito
comuns em mulheres com rinite vasomotora do que nas mulheres
saudáveis.
3- Pacientes com rinite ocupacional tem sintomas de rinite
apenas no local de trabalho. Estes sintomas geralmente são devido a
um irritante inalado (por exemplo, pêlos de animais, látex, pó de
madeira ou produtos químicos). Pacientes com este tipo de rinite
apresentam freqüentemente asma. O diagnóstico é baseado na
história, nos resultados dos testes de provocação nasal ou cutâneos.
4- Os pacientes podem ter sintomas da rinite hormonal
durante períodos de desequilíbrio hormonal. Estrógenos são
conhecidos por afetar o sistema nervoso autônomo por meio de vários
mecanismos. Na atividade parassimpática central, a acetilcolina e
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atividade da acetilcolina-transferase estão aumentadas. A inibição dos
mediadores dos neurônios simpáticos mediado por alfa-2 receptores
também é aumentada em estados hiperestrogenismo.
As causas hormonais mais comuns da rinite ocorrem durante a
gravidez, período menstrual, na puberdade, uso de estrógeno
exógeno (anticoncepcional) ou hipotireoidismo.
A rinite hormonal durante a gravidez geralmente se manifesta a
partir do segundo mês e continua até o termino da gravidez. Nos
pacientes com hipotireoidismo, o aumento do edema de cornetos como
resultado da liberação de hormônio tireotrópico (TSH). Coriza e
congestão nasal são os principais sintomas desta rinite. O tratamento
é orientado para a doença de base.
5- Vários medicamentos são responsáveis pela rinite
medicamentosa incluindo inibidores da enzima conversora da
angiotensina, reserpina, guanetidina, fentolamina, metildopa, betabloqueadores, clorpromazina, gabapentina, penicilamina, aspirina,
antiinflamatórios não-esteróides, cocaína inalada, estrogênio
exógeno e contraceptivo oral.
O uso prolongado de gotas nasais provoca rinite
medicamentosa. Durante este processo, os receptores do nariz se
tornam progressivamente insensíveis aos estímulos. Pacientes com
esta doença geralmente apresentam extensa congestão nasal e coriza.
A função nasal normal recupera-se entre de 7-21 dias após
interromper uso das gotas.
6- A rinite gustativa ocorre após refeições com alimentos
picantes ou apimentados. O resultado final, ou seja, uma rinorréia
aquosa profusa secundária à vasodilatação nasal mediada pelo nervo
vago e geralmente ocorre dentro de poucas horas após a refeição. Os
sintomas da rinite são raramente secundários à ingestão de
conservantes ou corantes nos alimentos.
7- Rinite eosinofílica (RENA) é responsável por cerca de 20%
dos diagnósticos de rinite. Alguns pesquisadores acreditam que essa
condição pode ser o precursor da tríade aspirínica (asma, polipose
nasal e intolerância à aspirina). Metabolismo anormal das
prostaglandinas tem sido implicado como causa da RENA. Uma
característica da RENA é a presença de eosinófilos, geralmente 10_______________________________________________________________________________________________
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20% nos esfregaços de secreção nasal e sintomas como, congestão
nasal, espirros, coriza, prurido nasal e anosmia (não sente cheiros).
Testes alérgicos cutâneos negativos.
CIRURGIAS
Paciente
cuja
condição
é
refratária
ao
tratamento
medicamentoso, o tratamento cirúrgico deve ser considerado. O
exame intranasal pode demonstrar um desvio de septo e/ou
hipertrofia de cornetos. Nestes casos, é razoável esperar que a
septoplastia e/ou redução do corneto inferior possa aliviar a obstrução
e a congestão nasal.
FINALIZANDO
Rinite não-alérgica é uma classificação de doenças distintas e
diferentes da rinite alérgica. O diagnóstico de rinite não-alérgica
engloba várias classificações individuais, incluindo RENA, bem como a
vasomotora, ocupacional, hormonal, infecciosa, induzidas por
medicamentos e gustativa. Uma grande variedade de medicamentos
estão disponíveis para o tratamento dos sintomas. No entanto,
nenhum medicamento é ideal para gerenciar um amplo espectro de
sintomas. O tratamento cirúrgico pode ser justificado em especial aos
pacientes com rinite não-alérgica refratária ao tratamento médico
adequado.
Dr. Luiz Carlos Bertoni
Member of Brazilian of Allergy and Clinical Immunology Society (ASBAI)
Member of World Allergy Organization (WAO)
CRM-PR 5779
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