a jornada do auditor - Sindifisco Nacional

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A JORNADA DO AUDITOR
Grupo de enquadramento:
II) ORGANIZAÇÃO SINDICAL
• Engajamento nas questões sociais
AUTOR: CARLOS ROBERTO GUEDES VALLE - DS/JUIZ DE FORA (MG)
e-mail: [email protected]
- Telefone: (24)2263-1510
Sumário:
A luta do fiscal é a luta do povo. Numa sociedade como a atual, onde a mídia
exerce importante ação junto à opinião pública e cada função ou atividade social se avalia
praticamente pela percepção que o povo tem das mesmas, torna-se importante afastar por todas
as formas possíveis a imagem do Auditor como mero cobrador de impostos e, ao mesmo tempo,
ressaltar sua importante participação na sociedade, cujo escopo é o desenvolvimento e o bemestar social. Cada vez mais, numa sociedade governada pela mídia, mister se faz conscientizar a
população do papel social do Auditor da Receita Federal.
Introdução:
Os esforços envidados pelos Auditores da Receita Federal representam um dos
principais meios de se prover o ingresso de recursos para os projetos sociais, cujo beneficiário é
o povo brasileiro de um modo geral. Por isso podemos afirmar com convicção de que de fato “a
luta do fiscal é a luta do povo”. E essa é a imagem correta a ser defendida perante a sociedade
brasileira. Trata-se talvez da via mais eficaz para valorizar nosso trabalho e consequentemente
justificar nossas justas reivindicações por remunerações condignas. A imagem dos auditores
como uma espécie de “paladinos”, bem como de grupo coeso, harmônico, preocupado com o
bem-estar social e atuante na sociedade, provocará não só o respeito e admiração popular, como
também a atenção e sensibilidade dos políticos às nossas sempre pertinentes pretensões.
Desenvolvimento:
Diante da cada vez mais influente presença dos meios de comunicação em massa
no mundo moderno, faz-se necessário levar ao povo brasileiro a exata noção do valor e poder do
Auditor da Receita como agente propulsor das bases para o desenvolvimento social.
Por isso, é estratégia das mais eficazes desenvolverem-se campanhas que
demonstrem perante a sociedade que a presença do Fisco é tão importante quanto a do MP e
outros órgãos assemelhados. É preciso mostrar que estamos ao lado do povo. Assim como se
conduzem as propagandas recentemente veiculadas na TV brasileira sobre o Ministério Público,
onde se ressalta a atuação daquele órgão, no combate à discriminação, à desigualdade, ao
desrespeito ao direito das minorias, dos menores, das mulheres, dos idosos etc. É preciso
demonstrar que somos peças importantes, essenciais na tarefa do Estado para atingir suas
finalidades primeiras, ou seja, o interesse público e as necessidades básicas da população. Fazse, pois, imprescindível promover e alardear a importância do Fisco na sociedade hodierna.
Precisamos agir no sentido de que o Auditor da Receita Federal passe a ser visto,
não como mero cobrador de impostos, um algoz a serviço de um governo, mas sim como aquele
que possibilita a arrecadação dos aportes necessários para os grandes projetos sociais, que pugna
pela igualdade e oportunidades válidas para todos, que persegue e impede a sonegação de
ingressos necessários ao bem-estar de toda a comunidade.
É preciso que os Auditores assumam não só a tarefa de arrecadação de recursos,
mas também a de vigilante de seu destino e efetiva aplicação; ou seja, estar atento não só à
entrada dos mesmos, mas também à sua saída dos cofres públicos.
E como fazê-lo? Acreditamos que apoiando incondicionalmente iniciativas como
a de observatórios sociais e incentivando oficinas, sobretudo aproveitando-se a excelente mãode-obra qualificada, constituída de nossa massa de aposentados, que possam e queiram ainda
continuar participando e colaborando com essa atividade engrandecedora de nosso país. As DS e
o Sindifisco como um todo devem continuar a promover e incentivar essas participações,
colaborando com elas e provendo os meios necessários para tal. Se considerarmos os dividendos
políticos de prestígio e de respeito da população brasileira, com certeza, valerá a pena todos os
esforços e recursos envidados nessa tarefa. No passado, já fomos considerados “Príncipes da
República”. Que reunamos nossos esforços e lutemos para merecer e reconquistar esse título
carinhoso e respeitoso, ao invés da pejorativa alcunha de “marajás”, como alusão implícita,
insidiosa e distorcida a nossas merecidas remunerações.
Haja vista, repetimos, a recente propaganda do Ministério Público, veiculada
diariamente na Rede Globo de Televisão, que associa a função desse órgão à defesa da
sociedade, à luta contra a desigualdade, contra a discriminação, contra o crime etc. Ora, essas
lutas não são diferentes da do Auditor da Receita Federal do Brasil. Nós também zelamos pelo
respeito às nossas leis, mormente tributárias, cujos objetivos são tão nobres quanto os daquelas,
objeto do zelo dos respeitáveis membros do Ministério Público. Em nossa diuturna lida, em
todos os rincões do país, ali estamos na busca incessante de recursos, que sem a nossa atuação,
seriam desviados de seu verdadeiro propósito de servirem à comunidade. E com esses recursos
nossos governantes, se engajados e honestos como é de se esperar, poderão promover mais e
mais o bem-estar dos cidadãos, aplicando-os em projetos sociais das mais diversas matizes
(saúde, educação, seguridade social, obras públicas relevantes etc).
Enfim, isso é possível. Já tivemos exemplos práticos no passado, quando do
histórico contexto do tabelamento do Plano Cruzado. Os então Auditores-Fiscais do Tesouro
Nacional se engajaram por dever de ofício e atuaram com o auxílio do povo em geral na
atividade dos denominados “Fiscais do Sarney”. E foram, em razão disso, durante certas
ocasiões (experiência que o autor teve a oportunidade de vivenciar), aclamados e aplaudidos nas
ruas! Tudo em razão de uma propaganda bem orquestrada do governo da época, através da
mídia. Cabe portando ao Sindicato promover e incentivar, cada vez mais, o maior engajamento
possível dos auditores em defesa das bandeiras sociais, favorecer a participação em seminários,
palestras, nos mais diversos locais, escolas, clubes, organizações sociais outras..., sobretudo
divulgar e continuar apoiando, da forma mais eficiente possível, as iniciativas já em andamento,
como por exemplo a participação como observadores sociais em licitações públicas como as já
desenvolvidas em algumas unidades da federação, experiência que se tem mostrado de grande
valia e repercussão prática.
Conclusão:
Já fomos “Príncipes da República”. Com o passar do tempo, por força de uma
propaganda inicialmente sub-reptícia, subliminar, e posteriormente mais explicita, chegamos ao
ponto de sermos equiparados pejorativamente a “marajás”, com nefasto e distorcido enfoque
tão-somente sobre nossos merecidos e não tão vultuosos salários, como se esses fossem nossa
única razão de existir. Temos, pois, o direito e o dever de lutarmos pela nossa própria dignidade,
levantando bandeiras sociais que nos permitam fiscalizar, não só o ingresso do erário público,
mas também como vigilantes atentos, evitar a malversação dos recursos comuns. Sobretudo,
agindo com a divulgação necessária, para que o povo fique consciente de nosso valor para a
sociedade, como verdadeiros agentes do Desenvolvimento Nacional, merecedores de todo apoio,
respeito e colaboração.
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