distribuição tecidual e análise histopatológica de uma variante

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I CONGRESSO BRASILEIRO DE MICROBIOLOGIA AGROPECUÁRIA,
AGRÍCOLA E AMBIENTAL (CBMAAA)
09 a 12 de maio de 2016 - Centro de Convenções da UNESP,
Câmpus de Jaboticabal, SP
DISTRIBUIÇÃO TECIDUAL E ANÁLISE HISTOPATOLÓGICA DE UMA
VARIANTE BRASILEIRA DO VÍRUS DA BRONQUITE INFECCIOSA APÓS
INFECÇÃO E VACINAÇÃO EXPERIMENTAL EM GALINHAS
TISSUE DISTRIBUTION AND HISTOPATHOLOGICAL ANALYSIS OF A BRAZILIAN
VARIANT OF INFECTIOUS BRONCHITIS VIRUS AFTER EXPERIMENTAL
INFECTION AND VACINATION IN CHICKENS
Romeu Moreira dos Santos (1)
Filipe Santos Fernando2
Maria de Fátima Silva Montassier2
Priscila Diniz Lopes2
Helio José Montassier3
A bronquite infecciosa das galinhas (BIG) é uma doença infecciosa causada pelo vírus
da bronquite infecciosa (VBI) que está amplamente disseminada entre as criações
avícolas comerciais na maior parte do mundo. Há atualmente no Brasil, uma
predominância de infecções causadas por estirpes do VBI classificadas no genótipo
variante (BR-I), as quais revelam diferenças marcantes de antigenicidade e
patogenicidade com relação à estirpe Massachusetts, que depois de atenuada, é usada
como vacina viva em nosso país. Isso resulta em uma baixa imunidade-cruzada e
consequentemente em um menor nível de proteção contra isolados de campo do
genótipo BR-I do VBI. O propósito deste trabalho foi avaliar a distribuição tecidual e as
lesões histopatológicas na traqueia e rins de aves infectadas e vacinadas com uma
vacina inativada experimental contendo uma estirpe variante do VBI (IBVPR-05)
pertencente ao genótipo BR-I, analisando-se o estado de proteção induzido por esta
vacina em combinação com a vacina atenuada Massachusetts em aves desafiadas com
estirpe variante BR-I homóloga. Foram testadas aves SPF da linhagem White Leghorn
distribuídas em três grupos: grupo A (aves vacinadas ao 1º dia de idade com vacina
atenuada comercial e revacinadas com 14 dias de idade com vacina inativada
experimental e desafiadas aos 35 dias de idade); grupo B (aves não vacinadas e
desafiadas aos 35 dias de idade); grupo C (controle – não vacinado e não desafiado). As
1
Doutorando em Medicina Veterinária pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista –
Campus Jaboticabal (FCAV-Unesp). Email: [email protected].
2
Pós-graduandos do Laboratório de Imunologia e Virologia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade
Estadual Paulista – Campus Jaboticabal (FCAV-Unesp)
3
Docente da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista – Campus Jaboticabal (FCAV-Unesp)
Ciência & Tecnologia: FATEC-JB, Jaboticabal (SP), v. 8, Número Especial, 2016. (ISSN 2178-9436).
I CONGRESSO BRASILEIRO DE MICROBIOLOGIA AGROPECUÁRIA,
AGRÍCOLA E AMBIENTAL (CBMAAA)
09 a 12 de maio de 2016 - Centro de Convenções da UNESP,
Câmpus de Jaboticabal, SP
aves de cada grupo foram sacrificadas aos 3, 7 e 11 dias pós-infecção, para colheita de
amostras de traquéia e rins e posteriormente avaliação histopatológica. Foram
observadas diferenças marcantes na patogenicidade, no tropismo tecidual e na eficácia
vacinal dessa variante, sendo que as aves não vacinadas e desafiadas com a estirpe
variante IBVPR05 apresentaram replicação viral mais intensa e lesões mais
pronunciadas especialmente nos rins do que na traqueia, enquanto que nas aves
vacinadas com a vacina atenuada Massachusetts comercial seguindo-se da vacina
inativada experimental (IBVPR-05), apresentaram discreta ou nenhuma alteração
histopatológica tanto na traqueia, quanto nos rins. Conclui-se que embora
primariamente o VBI infecte células do sistema respiratório, a variante brasileira aqui
investigada demonstrou maior tropismo para o trato urinário das galinhas
experimentalmente infectadas. Além disso, a combinação das vacinas atenuada
Massachusetts e da vacina inativada formulada com a variante IBVPR-05 induziu um
estado efetivo de proteção contra a infecção por esse vírus com potencial de
proporcionar proteção efetiva contra outras variantes brasileiras do VBI.
PALAVRAS CHAVES: Coronavírus, Patotipo, Ornitopatologia, Imune-Proteção.
Ciência & Tecnologia: FATEC-JB, Jaboticabal (SP), v. 8, Número Especial, 2016. (ISSN 2178-9436).
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