PERCURSOS DE GENÉTICA TEATRAL

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PERCURSOS DE GENÉTICA TEATRAL : ESBOÇOS, (RE)ESCRITAS E
TRANSMODALIZAÇÃO(ÇÕES) DRAMÁTICA(S)
2.º Colóquio Internacional de Genética Teatral
Centro de Estudos de Teatro, Universidade de Lisboa (FLUL)
17-18 setembro de 2015
CHAMADA DE COMUNICAÇÕES
O Centro de Estudos de Teatro (CET) da Universidade de Lisboa, em colaboração
com o Laboratório teatral da equipa « Arts, Pratiques et Poétiques» da Universidade de
Rennes 2 e a Associação Portuguesa de Estudos Franceses (APEF), organiza um colóquio
internacional subordinado ao tema «Percursos de genética teatral : esboços,
(re)escritas e transmodalização(ões) dramática(s)» que terá lugar em 17-18 de
setembro de 2015 na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Reunindo especialistas de estudos teatrais, este encontro tem como objectivo a
apresentação e discussão de pesquisas desenvolvidas em torno de uma matéria ainda pouco
explorada em Portugal: a crítica de genética teatral no domínio das artes do espectáculo.
Com efeito, no momento em que as escritas teatrais e as formas cénicas se renovam e
procuram novas trajectórias, torna-se urgente questionar as mutações do gesto criador a
três níveis :
1. No centro de certos processos de criação, encontra-se, desde há muito, o da
«transmodalização intermodal» (Genette), traduzido, mais frequentemente, pela
adaptação, à cena, do modo narrativo. Quais são então os processos de
transposição dramática – ou, até mesmo, de remodelação poética – que
pressupõe a passagem de um género ao outro, quer se trate da escrita do
próprio autor ou de fenómenos de apropriação do texto de um Outro ?
2. Se a genética literária se preocupa, num primeiro momento, com os « esboços
textuais », a genética teatral inspirou o modelo do «esboço cénico», gerado pelo
processo de criação durante a preparação do espectáculo (Grésillon). Estes
esboços cénicos podem gerar o desejo de um outro espectáculo, tornando-se os
arquivos pretexto para novas criações. Em suma: em que medida é que estes
esboços cénicos, que testemunham as escolhas efectuadas pelo artista para
construir a sua estética, contribuem, de forma decisiva, para uma nova
abordagem por parte do investigador?
3. As questões da abordagem à genética do espectáculo conduzem
necessariamente a um alargamento epistemológico em torno da noção de obra,
entendida assim como «obra em movimento» (Féral). Se nos interrogarmos
sobre as condições de produção e de circulação cultural, perceberemos que toda
a criação artística (literária, dramática ou teatral) implica uma lógica de recriação,
ou melhor, de reescrita. Este fenómeno pressupõe diferentes processos de
apropriação ou de manipulação. As questões de transferências culturais, de
hibridismos culturais, bem como as de influências e filiações artísticas
encontram-se assim no centro da abordagem genética. Como chegar às redes de
circulação das obras para além das épocas e das culturas ? O que se alterou na
constituição destas redes com o desenvolvimento da cultura digital ?
Apresentam-se as seguintes linhas de orientação relativas à apresentação das
comunicações, previstas para 20 minutos :
I.
De um texto ao outro : abordagens genéticas da reescrita
1. Transposição do romance ou do conto para a cena contemporânea
2. Reescrita a duas mãos entre o escritor e os criadores cénicos
3. Adaptações teatrais e transferências culturais
II.
De uma cena à outra : esboços cénicos e reescrita para o palco
1.
Dos manuscritos de encenação ao espectáculo teatral
2.
O trabalho do encenador: esboço(s) cénico(s) e reescrita(s) para o palco
3.
O espaço a três dimensões da produção cénica: o vai-e-vem entre o gabinete
de escrita, a sala de ensaios e a recepção do espectáculo.
III.
De uma cultura à outra : renovação das obras e dos repertórios
1.
2.
3.
A circulação das obras : influências e filiações artísticas
Transferências culturais e hibridismos culturais
Recursos digitais e genética do espectáculo
As propostas de comunicação (300-500 palavras) deverão ser enviadas,
acompanhadas de um breve CV, até 15 de junho de 2015, para
[email protected]. O programa será anunciado no site do Centro de
Estudos de Teatro (www.fl.ul.pt/centro-estudos-teatro.html) no mês de julho de 2015. Os
textos apresentados no Colóquio serão submetidos a uma comissão científica de leitura e
os textos seleccionados serão objecto de uma publicação editorial com ISBN.
Comissão organizadora
Ana Clara Santos (CET/ Univ. de Lisboa; Univ. do Algarve)
Ana Isabel Vasconcelos (CET/ Univ. de Lisboa; Univ. Aberta)
Lígia Cipriano (CET/ Univ. de Lisboa)
Sophie Lucet (Univ Rennes 2)
Elisabete Marques (CET)
Comité scientifique
Ana Clara Santos (CET/ Univ. de Lisboa; Univ. do Algarve)
Ana Isabel Vasconcelos (CET/ Univ. de Lisboa; Univ. Aberta)
Barbara Cooper (Univ. M. États-Unis)
Francisco Lafarga (Univ. de Barcelona)
Georges Banu (Univ. Sorbonne Nouvelle-Paris 3)
Jean-Marie Thomasseau (Univ. Paris 8)
José Camões (CET / Univ. de Lisboa)
Josette Féral (Univ. Sorbonne Nouvelle-Paris 3)
Maria Helena Serôdio (CET/ Univ. de Lisboa)
Maria João Almeida (CET/ Univ. de Lisboa)
Maria João Brilhante (CET/ Univ. de Lisboa)
Nathalie Amarante (CET/ Univ. de Lisboa; UTAD)
Rui Pina Coelho (CET/ Univ. de Lisboa)
Sebastiana Fadda (CET/ Univ. de Lisboa)
Sophie Lucet (Univ. Rennes 2)
Sophie Lucet (Univ. Paris Diderot)
Sophie Proust (Univ. Lille 3)
Yves Jubinville (UQAM, Canada)
Taxa de inscrição
Membros dos centros organizadores e da APEF: 50 euros
Outros Oradores: 80 euros
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