filo_echinodermata_tutoria_a1_15428

Propaganda
TUTORIA DE A1 E A2
Filo Echinodermata
Os equinodermos constituem um grupo de animais exclusivamente marinhos,
dotados de endoesqueleto constituído de placas calcárias e muitas vezes
providos de espinhos, que justificam o nome do grupo. O sistema vascular
aqüífero composto por canais e apêndices com a função de locomoção,
alimentação e troca gasosa, é bastante no marcante no filo.
O filo reúne mais de seis mil espécies distribuídas em cinco classes: Asteroidea
(estrela-do-mar), Echinoidea (ouriços-do-mar), Holothuroidea (pepinos-do-mar),
Crinoidea (lírios-do-mar) e Ophiuroidea (seperpente-so-mar). Apresentam
simetria radial pentâmera quando adultos; as larvas, no entanto, têm simetria
bilateral e utilizam os cílios para nadar e/ou almentarem-se.
Os eqüinodermos têm sistema digestório completo, com boca e ânus, exceto
os Ofiuróides que não possuem ânus. As trocas gasosas ocorrem por difusão
entre a água do mar e a que ocupa o sistema ambulacrário. A respiração e
excreção variam de grupo para grupo. Apresentam sistema nervoso bastante
primitivo, enquanto o sistema circulatório é ausente ou rudimentar. São dióicos,
com fecundação externa. O desenvolvimento é indireto, podendo haver uma ou
mais formas larvais. Têm notável capacidade de regeneração, pois regeneram
continuamente seus espinhos e pedicelárias.
Quanto ao habitat, todos são marinhos, a estrela-do-mar, desloca-se sobre
fundos submersos, onde capturam ostras, mexilhões, etc. Já os ouriços-domar, alimentam-se de algas e detritos orgânicos, podendo deslocar-se sobre o
fundo mar ou viverem fixados em rochas, onde cavam buracos que servem de
moradia. Os lírios-do-mar, na grande maioria vivem fixados às rochas
submersas, filtrando sua alimentação. Por sua vez, as serpentes-do-mar, têm
braços finos e longos, podem nadar no fundo do mar à procura dos detritos de
que se alimenta. Enquanto os pepinos-do-mar alimentam-se de detritos
orgânicos acumulados nos fundos lodosos e arenosos.
Asteróide (estrela-do-mar)
Os mais conhecidos são da classe Asteroidea, cujo representante é a estrelado-mar, normalmente têm cinco braços, que não partem tão visivelmente de
um disco central. A superfície corporal pode ser lisa, granulada ou com
espinhos. A boca localiza-se no centro da superfície oral, ou seja, na parte de
baixo. Nos sulcos ambulacrais radiais, que vão da boca à extremidade dos
braços está o canal alimentar. A superfície aboral, também, pode ser lisa,
granulada ou com espinhos. Algumas estrelas-do-mar podem apresentar uma
estrutura em forma de botão denominada madreporita, localizada num dos
lados do disco central (região aboral), aí está o sistema vascular aqüífero. Essa
placa é perfurada por finos canais, o qual liga-se para um canal pétreo vertical
que estende-se oralmente até um canal anular, embutido nos ossículos ao
redor da boca.
Todos os asteróides apresentam espinhos calcários de tamanho variado. Entre
os espinhos, existem projeções da parede corporal, semelhantes a dedos,
denominadas pá pulas, cuja função é a troca gasosa e excreção.
As pedicelárias também fazem parte da estrutura dessa classe, são músculos
apêndices em forma de mandíbulas, contendo dois ossinhos que formam as
mandíbulas e músculos que abrem e fecham, podendo ter função protetora,
matando pequenos animais que queiram fixar-se em seu corpo.
Echinoidea (ouriços-do-mar/bolachas-da-praia)
O nome Echinoidea significa “semelhante a um porco espinho”, tudo porque o
corpo desses animais é coberto de espinhos. Os membros regulares da classe
são os ouriço-do-mar, cujo corpo tem forma mais ou menos esférica e todo
guarnecido de espinhos móveis e relativamente longos. O corpo pode ser
dividido em região oral e aboral. Na região oral está a boca, rodeada por uma
membrana peristomial espessada ao longo do lado interno, formando um lábio.
Externamente, além dos espinhos, que podem ser classificados em primário e
secundário, estão presentes os pés ambulacrários e pedicelárias.
Os ouriços-do-mar alimentam-se de algas e animais incrustados, que são
raspados e/ou mastigados por uma “boca” denominada lanterna-deAristóteles. O intestino é tubular e enrolado perto da carapaça. As trocas
gasosas são executadas pelas brânquias podiais muito ramificadas, coberta de
espinhos que impedem que elas sejam obstruídas pela areia. O líquido
celomático é bombeado para dentro e para fora das brânquias. Como nos
demais equinodermas, os pódios são finas extensões da parede corporal, que
contribuem, de alguma forma, para a troca gasosa.
Tanto os ouriços-do-mar e as bolachas-da-praia em forma de coração
enterram-se na areia. Ao movimentarem-se, esses animais sempre mantêm o
mesmo meridiano para frente, por isso tem uma extremidade anterior definida.
Nas bolachas-da-praia o eixo está comprimido, tornando o corpo do animal
achatado. A boca ainda está no centro da superfície oral, mas o ânus deslocouse para fora do centro aboral e apresenta-se perto do extremo posterior.
Os ouriços-do-mar em forma de coração, às vezes são ovais. O ânus deslocouse para fora do centro aboral e o centro oral foi para frente, dando-lhes
aparência bilateral.
Os animais dessa classe se arrastam lentamente pela areia, através dos
movimentos dos espinhos finos que revestem sua superfície. As bolachas-dapraia escavam a camada superficial da areia e os ouriços-do-mar em forma de
coração refugiam-se logo abaixo da superfície arenosa.
Os equinóides de fundo macio alimentam-se do sedimento que selecionam. Os
sulcos alimentares são contornados por pódios que levam a massa alimentar
coletada à boca. As lúnulas na carapaça de algumas bolachas-da-praia
provavelmente facilitam a passagem de partículas do lado aboral para o oral e
talvez reduzam a ascensão criada pelas correntes de água sobre a superfície
achatada do corpo.
As fendas proeminentes (lúnulas) na carapaça de algumas bolachas-da-praia,
provavelmente facilitam a passagem de partículas do lado aboral para o oral e
talvez reduzam a ascensão criada pelas correntes marinhas sobre a superfície
achatada do corpo.
Quatro ou cinco gônadas estão suspensas radialmente no lado interno da
carapaça. Gonodutos curtos abrem-se através de gonóporos nas placas
genitais ao redor do periprocto. A fertilização ocorre no exterior.
Holothuroidea (pepinos-do-mar)
Diferem do padrão do filo, são semelhantes aos ouriços-do-mar, mas não
possuem braços. Os holoturóides têm a forma de um verme ou pepino O
esqueleto está reduzido a ossículos microscópicos e a parede corporal
apresenta estrutura coriácea coloração pardacenta.
Muitos pepinos-do-mar são habitantes de substratos duros, vivendo entre
pedras ou fendas nos corais escondidos. Movimentam-se através de pés
tubulares. Em algumas espécies, três áreas ambulacrais estão voltadas para o
substrato.
Os pepinos-do-mar de fundos macios vivem na areia ou enterrados em lodos,
àqueles parecidos com vermes enterram-se sob a superfície, através de
contrações peristálticas. Os pódios podem desaparecer por completo.
A extremidade oral do corpo está circundada por tentáculos que se estendem
para fora e capturam plâncton ou material em suspensão na água do mar e
sedimento do fundo. Esses tentáculos retraem-se e entram pela boca um a um.
Os que se alimentam de sedimento podem ser seletivos ou não. Alguns nãoseletivos que se alimentam de detritos deixam dejetos visíveis sobre o fundo.
O aparelho digestivo dos pepinos-do-mar é tubular e termina antes do ânus
numa cloaca muscular, que tem participação na troca gasosa. Essa troca é
feita por estruturas tubulares ramificadas, denominadas árvores respiratórias,
que resultam de evaginações da parede da cloaca e estendem-se pelo celoma.
A ação do bombeamento pela cloaca produz uma corrente de água marinha,
para dentro e para fora das árvores respiratórias.
Os pepinos-do-mar têm apenas uma gônada e o gonóporo abre-se entre dois
tentáculos. A larva bilateral possui faixas ciliadas locomotoras, mas nunca
desenvolvem os longos braços larvais típicos das demais larvas dos
equinodermos.
O pepino-do-mar para se defender de predadores injeta-lhes, rapidamente,
uma massa de filamentos pegajosos proveniente do seu ânus, assim o
predador fica atrapalhado e ele pode fugir.
Crinoidea (lírios-do-mar/plumas-do-mar)
Nos crinóides a superfície oral está direcionada para cima e muitos membros
estão fixos ao substrato pela região aboral por um pedúnculo. Os crinóides
formam dois grupos: os lírios-do-mar sésseis, com a superfície aboral ligada ao
substrato por um pedúnculo e as plumas-do-mar móveis, nas quais o
pedúnculo está ausente.
Possuem braços flexíveis e seu corpo lembra um cálice ou uma pena no caso
das plumas-do-mar, alguns possuem um pedúnculo longo, que os fixa no fundo
mar. A boca e o ânus aparecem na superfície oral. Eles colhem os alimentos
em suspensão com os tentáculos e os levam à boca pelos cílios. O ânus dos
crinóides situa-se numa pequena elevação de um dos lados da superfície do
centro oral, o que faz com as fezes possa ser atirado à distância, evitando
assim contaminar os sulcos ambulacrais. Os pódios são os órgãos de trocas
gasosas. Os gametas desenvolvem-se nos braços e pínulas e a desova é feita
através da ruptura da parede corporal.
As plumas-de-mar são semelhantes aos lírios-do-mar, com os quais estão
intimamente relacionadas. Elas são pedunculares e fixas no último estágio de
larva de desenvolvimento. Em seguida a este último estágio, o cálice fica livre e
nada como uma pequena estrela-pluma.
Ophiuroidea (serpentes-do-mar)
Os ofiuróides são equinodermos sem ânus, locomovem-se pela ondulação dos braços. A
boca está localizada na região voltada para o substrato (região oral). Corpo achatado,
com braços finos e flexíveis, separados uns dos outros e ligados a um disco central. Não
há um sulco ambulacrário e os pés ambulacrários têm um pequeno papel na locomoção.
A superfície aboral varia do liso granulado, podendo apresentar pequenas placas
calcáreas chamadas escudos e pequenos tubérculos ou espinhos. São saprófagos
comedores de depósitos ou filtradores, mas podem eventualmente utilizar os três
métodos.
EQUINODERMOS
Blastóporo - abertura que serve de comunicação na fase embrionária, pondo em
contato a cavidade digestiva com o meio externo. Ele surge na fase embrionária
gástrula, quando começa a diferenciação celular.
Celoma – cavidade embrionária completamente revestida de mesoderme. Tal cavidade
aloja diversos órgãos.
Cordado – refere-se à presença da notocorda, também chamada de corda dorsal.
Deuterostomados – o blastóporo embrionário origina o ânus e a boca surge depois,
como uma neoformação.
Fendas faringianas – os embriões dos cordados desenvolvem uma série de fendas
nos dois lados da faringe, também chamadas fendas branquiais.
Hemicordados – animais com sistema nervoso dorsal e fendas branquiais na faringe,
aspectos em que se assemelham aos cordados.
Notocorda – é um bastão firme e flexível que se forma no dorso do embrião dos
cordados, entre o tubo nervoso e o tubo digestório.
Protocordados – grupo de cordados que não apresentam coluna vertebral, sendo por
isso chamado também de cordados invertebrados.
Proto-somados – animais cuja boca tem origem no blastóporo e o ânus surge
posteriormente como uma neoformação.
TUTORIA DE A2
Hemicordados, Urocordados e Cefalocordados.
Hemicordados: animais marinhos pouco conhecidos, vermiformes. Têm sistema
nervoso dorsal e fendas branquiais na faringe, aspectos em que se
assemelham aos cordados. A larva dos hemicordados,chamada tornaria, é
muito semelhante à larva dos equinodermos. A formação do celoma é
enterocélica. Essas semelhanças reforçam a idéia de que equinodermos,
hemicordados e cordados tiveram ancestrais comuns, em um passado distante.
Os hemicordados formam duas classes: Enteropneusta e Pterobranchia.
Classe Enteropneusta: são os mais conhecidos, habitantes de águas rasas.
Alguns vivem sob rochas e conchas, mas muitas espécies são cavadores de
lodo e areia. Apresentam corpo cilíndrico e flácido, composto por uma
proboscídea ou tromba anterior, um colarinho e um longo tronco. Essas regiões
correspondem às típicas divisões do corpo dos deuterostômios – protossomo,
mesossomo e metas somam. São animais bastante vagarosos. Muitos são
cavadores constroem escavações revestidas de muco, lodo e areia. Os
enteropneustos cavadores consomem areia e lodo outras espécies alimentamse de partículas em suspensão. Também é característica dessa classe um
sistema vascular sangüíneo aberto composto de dois vasos contráteis
principais e um sistema de canais sinusóides. As fendas branquiais faríngeas
localizadas na região anterior do tronco são os órgãos de trocas gasosas. O
sistema nervoso é primitivo, e o sistema sensorial é composto por células
neurosensoriais espalhadas pelo epitélio superficial São animais dióicos. O
desenvolvimento pode ser direito ou indireto. No indireto o embrião desenvolvese em uma larva livre-natante, no direto, uma gástrula ciliada pode eclodir do
ovo e o desenvolvimento prossegue, resultando no verme jovem.
O tamanho desses animais é variável entre nove e quarenta e cinco
centímetros de comprimento, a espécie brasileira Balanoglossus gigas pode
exceder um metro e meio centímetros.
Classe Pterobranchia: são animais raramente encontrados e são os mais
primitivos. A maioria é habitante de águas relativamente profundas e o maior
número de espécies é encontrado no Hemisfério Sul. Algumas espécies são
fixadas por pedúnculos, mas alguns são mantidos juntos por um estolão. Com
raras exceções, os pterobrânquios vivem em tubos secretados, os quais são
organizados em agregados ou colônias sobre o substrato. A característica
mais marcante desses vermes é a presença dos braços e tentáculos sobre o
lado dorsal do colarinho. Os braços exibem numerosos tentáculos pequenos e
bastante ciliados. Supostamente, os tentáculos capturam organismos
diminutos, que são levados à boca pelos cílios. A maioria não apresenta fendas
branquiais, mas alguns podem ter apenas um par. O tubo digestivo tem forma
de U e o ânus abre-se na frente, no lado dorsal do colarinho. Os sexos são
separados e uma larva ciliada é identificada para a maioria dos gêneros. A
partir do indivíduo original a colônia ou o agregado são formados por
brotamento do pedúnculo ou do estolão.
Subfilo Urochordata (Urocodados)
São animais filtradores, fixos, vivem presos a rochas, embarcações, pilares e
conchas. Na fase larval apresentam notocorda caudal, quando adulto as perde.
O corpo está revestido por uma túnica, constituída de tunicina, um isômero de
celulose.
Os urocordados adultos pouco se parecem com os cordados. A larva, no
entanto, é um típico cordado apresentando cordão nervoso, notocorda, fibras
musculares longitudinais e cauda afilada que é o órgão de locomoção.
Nos adultos, a boca segue-se à faringe, perfurada por muitas fendas
branquiais. A água inalada atravessa as fendas e vai para o átrio – câmara em
torno da faringe, que se comunica com o meio externo pelo sifão oral.
O subfilo urocordados está subdividido em três classes: Ascidiacea, Thaliace e
Appendicularia.
Classe Ascidiacea: são representados pelas ascídias, que são animais
sésseis na fase adulta e livre-natantes na fase larval. Vivem solitárias ou em
colônias. São monóicos, mas a autofecundação é dificultada devido ao
amadurecimento de ovários e testículos em épocas diferentes. Algumas
espécies reproduzem-se assexuadamente, por brotamento.
Classe Thaliacea: incluem três famílias de organismos planctônicos: Salpidae,
Doliolidae e Pyrosomatide. Os representantes dos gêneros Salpa e Doliolum –
as salpas e os dolíolos somam aproximadamente 100 espécies que vivem em
mares de águas quentes. O ciclo de vida desses animais é a alternância de
gerações. Os Pyrosomatidae são tunicados coloniais e bioluminescentes.
Classe Appendicularia: são tunicados neotênicos, planctônicos, que
apresentam uma “capa” muito elaborada, relacionada não somente com a
proteção do organismo, mas também com a captura de alimento.
Subfilo Cephalochordata (Cefalocordados)
Representados pelo anfioxo, animais marinhos de corpo alongado e achatado,
lateralmente, livre-natantes, filtradores, de tamanho reduzido. São mais ativos
à noite e passam a maior parte do tempo com a região caudal do corpo
enterrada no substrato, mantendo, desse modo, o corpo em posição vertical ou
oblíqua em relação ao fundo e a região rostral exposta à coluna Deágua, nessa
posição pode filtrar a água e capturar partículas em suspensão para a sua
alimentação. Para se protegerem, costumam enterrassem por inteiro no
substrato. São dióicos e as gônadas não apresentam ductos genitais. Têm
fecundação externa com grande produção de ovos. Após a fase embrionária,
surge à larva livre-natantes que após a metamorfose adota os hábitos de vida
do adulto.
O sistema nervoso é sem encéfalo verdadeiro, apenas um tubo nervoso dorsal
onde saem nervos dispostos dorsal e ventralmente. A musculatura é em
miômeros, que agem junto à notocorda na locomoção. O sistema circulatório é
fechado, sem células sangüíneas. A circulação é realizada por lentas
contrações entre vasos, junto numerosos e pequenos bulbos pulsáteis,
localizados ao longo das artérias. O sistema excretor ocorre através de
solenócitos distribuídos segmentarmente.
Vale ressaltar, que os anfioxos não apresentam cefalização forte, possuem a
notocorda desde o rostro e não há órgãos homólogos para olhos, ouvidos,
narinas ou outro órgão cefálico de sentido. Não apresentam cérebro e o
sistema excretor e completamente diferente dos encontrados nos vertebrados
Download