Fisiologia da DOR

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01/08/16
Conceito de Dor (AIED)
Fisiologia e
Fisiopatologia da Dor
Experiência sensorial e/ou
emocional desagradável,
associada ou não ao dano
potencial dos tecidos
Prof. Vinicius Coca
www.viniciuscoca.com
www.facebook.com/profviniciuscoca
Dor
Sensação:
processopeloqualumes2muloexterno
ouinternoprovocaumareação
específica,produzindoumapercepção
Percepção: n 
A dor é um dos mecanismos de defesa do
organismo que alertam o cérebro de que seus
tecidos podem estar em perigo, ainda que a
dor possa ser iniciada sem que tenha ocorrido
dano físico aos tecidos.
n  A resposta à dor, propriamente dita, é um
Ainterpretaçãoconscientedassensações
Compreensãodosignificadodasensação
fenômeno complexo que envolve
componentes sensoriais, comportamentais,
emocionais e culturais.
Houaiss
Caminho da dor
n 
Quando os nociceptores são estimulados,
impulsos de dor são enviados para o cérebro
como um aviso de que a integridade do corpo
está em risco.
n  A parte avaliatória do cérebro interpreta esses
Fisiopatologia da DOR
—  Nocicepção
—  Transmissão e Reconhecimento de impulsos
em resposta a um estímulo nocivo
—  Dor
—  Forma como a Sensação é Experimentada
sinais como dor.
n  Componentes emocionais, culturais e sociais
estão interligados na percepção da dor.
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FISIOPATOLOGIA DA DOR
Nocicepção X DOR
— Nocicepção
—  Ocorre mesmo com paciente
inconsciente
— Dor
Nocicepção:
Transdução
Transmissão
—  Não é percebida se o paciente
estiver Inconsciente/anestesiado
Modulação
Percepção
FISIOPATOLOGIA DA DOR
Modulação da dor
VIA SENSORIAL PRIMÁRIA
NEURÔNIO DE 3
ORDEM
TÁLAMO
MESENCÉFALO
SISTEMA LÍMBICO
Localização e intensidade da
dor + Aspéctos afetivos e
cognitivos
NEURÔNIO DE 2
ORDEM
Interpretação e somatização
da dor
CÓRTEX
NEURÔNIO DE
1 ORDEM
Todos os impulsos nocivos são transmitidos
pelas vias aferentes para o tálamo, onde o
estímulo “doloroso” provoca os processos
fisiológicos, comportamentais e psicológicos,
disparando os processos inibitórios, e
repassando a informação ao córtex
Fisiopatologia da DOR
Nociceptores
—  Receptores especializados
—  Recebem estimulos – Enviam sinais elétricos
—  Alto Limar de ativação
—  Disparos persistentes
—  Estímulo proporcional
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Fisiopatologia da DOR
Fisiopatologia da DOR
FIBRAS C
FIBRAS A DELTA
—  Amielínicas ou pouco mielinizadas
—  Diâmetro Intermediário
—  Velocidade de Condução lenta
—  Mielinizadas
—  Responsável pela dor difusa
—  Baixo Limiar de Ativação
—  Alta velocidade Condução
—  Modulam a primeira fase da dor
Fisiopatologia da DOR
FIBRAS A BETA
Vias Descendentes
Inibitórias
—  São originadas no tronco encefálico
—  Grande diâmetro
—  Inibir a descarga de neurônios nociceptivos
—  Mielinizadas
—  Atuam através de inibição de interneurônios
—  Baixo Limiar de ativação
—  Alta velocidade condução
—  Responsável pelas sensações inócuas
Dor AGUDA
“AQUELA RESULTANTE DE LESÃO
TRAUMÁTICA , CIRÚRGICA OU
INFECCIOSA, MESMO QUE DE INÍCIO
ABRUPTO, TENDO CURTA DURAÇÃO.
TEM CARÁTER FISIOLÓGICO, FUNÇÃO
DE DEFESA E GERALMENTE RESPONDE
A MEDICAÇÃO ”
excitatórios ou por estimulação de interneurônios
inibitórios.
—  Via α-adrenérgica e Sistema Opióide Endógeno
(Encefalinas e Endorfinas)
Dor CRÔNICA
“É A DOR QUE PERSISTE AO CURSO DE
UM DANO AGUDO CONCOMITANTE COM
PROCESSOS PATOLÓGICOS
DURADOUROS, INTERMITENTES OU
REPETITIVOS NO PRAZO DE 3 A 6
SEMANAS OU INCLUSIVE MESES ”
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Dor crônica NÃO é dor aguda prolongada
Dor Aguda
§  Mecanismo adaptativo de
sobrevivência
§  Alerta para lesão tecidual
§  Causa: estímulos nocivos em
estruturas somáticas ou viscerais
§  Ansiedade
Dor Crônica
§  Início como dor aguda
§  Mecanismos complexos cronificam
§  Torna-se processo patológico
§  Causas:
§  Patologias crônicas
§  Disfunção SNC
§  Fenômenos psicopatológicos
§  Gera estresse físico, emocional e ônus
social e econômico
§  Depressão
§  Iatrogenias
Fisiopatologia da dor crônica é diferente da aguda, levando a
Acidente de carro, lesão cervical em chicote
- Sensibilização
- Redução do limiar doloroso (hiperalgesia)
- Alodínea
Ativação receptores NMDA coluna à Aumento condutância de Ca+2, ativação de quinases, 5HT, BDK, PGs à Ativação da NOs
LESÃO TECIDUAL
NOCICEPÇÃO
Sente-se tão mal que não consegue dormir ou comer e fica irritável
Não consegue trabalhar, sair, fazer o serviço de casa, não consegue...
SOCIAL
AFETO
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Insiste em usar o colar cervical, visitou 4 médicos em busca do
diagnóstico correto, o álcool alivia a dor...
A dor crônica é multifacetada
-  A nocicepção é diferente
-  O humor está alterado
-  Comportamento modificado
-  Função prejudicada
COMPORTAMENTO
A abordagem deve ser individualizada
Etiologia da Dor Cronica
FASES da DOR
n A dor da fase 1 é aquela conseqüente a um estímulo
- Trauma
-  Câncer e seu tratamento
nocivo rápido.
-  Infecção
n Sinaliza a presença de uma lesão em potencial.
-  Doenças inflamatórias
n  É uma sensação necessária para a sobrevivência e o
-  Alterações biomecânicas
-  Causas funcionais
bem estar do indivíduo.
n O mecanismo neurofisiológico compreende uma via
simples de transmissão central para o tálamo e o
córtex cerebral.
-  Idiopáticas
FASES da DOR
FASES da DOR
—  A dor da fase 2 expressa a capacidade do sistema
n  A nível central surge um aumento da excitabilidade
nociceptivo normal de responder a estímulos
prolongados, os quais tenham produzido lesão tissular
e iniciado um processo inflamatório.
n O processo inflamatório e a estimulação nociceptiva
—  Os mecanismos neurofisiológicos envolvidos diferem
dos da fase 1. Aqui ocorrem alterações importantes. A
liberação de substâncias excitatórias faz com que
ocor ra um processo de sensibilização dos
nociceptores, uma diminuição do limiar de
excitabilidade, como também descargas aferentes.
dos neurônios nociceptores e também instala-se um
mecanismo de amplificação central.
continuada fazem com que se estabeleça um aumento
global da excitabilidade central.
n Essa dor caracteriza-se pelo envolvimento central, o
qual se inicia e se mantém devido à presença de
descargas contínuas aferentes persistentes.
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FASES da DOR
—  As dores da fase 3 são representadas por estados dolorosos anormais,
os quais se originam freqüentemente de lesões dos nervos
periféricos ou SNC.
—  A característica fundamental é uma ausência da relação entre lesão e
dor.
—  Enquanto as dores das fases 1 e 2 têm origem em estímulos nocivos
ou em lesões periféricas, as da fase 3 são sintomas de enfermidade
neurológica, que se manifestam como dores espontâneas,
provocadas por estímulos inócuos ou como respostas exageradas a
estímulos nocivos de baixa intensidade (hiperalgesia).
—  As dores da fase 3 surgem somente em uma minoria de indivíduos, e
podem estar relacionadas a fatores genéticos ou familiares.
Por Que Tratar a DOR
PORQUE A DOR ESTÁ ASSOCIADA
A EFEITOS DELETÉRIOS SOBRE
VÁRIOS SISTEMAS ORGÂNICOS,
ALTERANDO ASSIM A
HOMEOSTASIA
Por Que Tratar a DOR
—  Estimulação nociceptiva provoca alterações
—  SOMÁTICAS
—  AUTONÔMICAS
—  METABÓLICAS
—  HORMONAIS
—  PSICOLÓGICAS
Alterações Endócrinas
AUMENTO DA GLICOSE SANGUÍNEA
AUMENTO DOS ÁCIDOS GRAXOS LIVRES
ACTH
AUMENTO DO LACTATO SANGUÍNEO
AUMENTO DAS CETONAS
CORTISOL
GLUCAGON
CATECOLAMINAS
HORMÔNIO ANTIDIURÉTICO
RENINA
Alterações Cardiovasculares
—  AUMENTO DA FC
—  VASOCONSTRICÇÃO
—  AUMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL
—  AUMENTO DO CONSUMO DE O2 PELO MIOCÁRDIO
—  ARRITIMIAS
INSULINA
TESTOTERONA
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Alterações Respiratórias
—  AUMENTO DA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
—  AUMENTO DA PRODUÇÃO DE CO2
—  AUMENTO DO CONSUMO DE O2
Alterações Gastrintestinais
—  REDUÇÃO DA MOTILIDADE INTESTINAL E DO
FLUXO SANGUÍNEO NAS VÍSCERAS
ISQUEMIA
—  ASSINCRONIAS RESPIRATÓRIAS
TRANSLOCAÇÃO BACTERIANA
—  DISPINEIA
Alterações Genitourinárias
Alterações Imunológicas
—  Diminuição do número de Linfócitos
—  Aumento Tônus Musculatura Lisa
—  Aumento Tônus Esfincteriano
Retenção Urinária
IRA
—  Diminuição do número de Leucócitos
—  Predisposição a infecções
—  Alterações Cicatrização
Alterações Psicológicas
—  Diminuição da Qualidade de Vida
—  Diminuição atividade social
—  Depressão
—  Ansiedade
Resumindo…
Todos os efeitos fisiológicos deletérios
secundários à dor e ao estresse podem
resultar em sérias complicações,
retardando a cura e podendo levar até
a morte
—  Irritabilidade
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Mensuração da DOR
—  Subjetivas
—  Escalas numéricas e visuais
—  Importantes para avaliação, acompanhamento e
reavaliação
—  Questionários validados de qualidade de vida
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