Os Efeitos da crise da economia dos Estados Unidos. Como todos sabem a origem dessa crise é no capital financeiro e especulativo, que atua em torno da taxa de juros, da especulação, das vendas a prazo.. Primeiro quebro os consumidores, que estão envididados, acima de sua renda, depois quebrou algumas empresas imobiliarias, que não conseguem receber os creditos dos que compraram as casas, agora começa a quebrar os bancos que financiaram, e esta chegando nas bolsas de valores, aonde os especuladores retiram o capital financeiro para cobrir os furos da economia e ai as ações caem de valor. Operam nas Bolsas dos Estados Unidos, apenas 1.211 empresas que vendem suas ações. O valor das empresas no inicio da crise era de 16,1 trilhões de dolares. Com acrise as ações cairam e seu valor baixou para 14 trilhões, dando um prejuizo para os capitalistas especuladores e para as empresas de 2 trilhões de dolares, em poucos meses. As empresas que operam nas Bolsas do Brasil, são apenas 324. Elas valiam 1, 156 bilhões de dolares, com a crise cairam para 1,06 bilhões, e por tanto deram um prejuizo de 91 bilhões de dolares. As empresas que operam em Toda america latina, incluindo o Brasil são 751 e valiam 2,012 trilhões, cairam para 1,98 trilhoes, dando um prejuyizo total de 75 bilhões. Ou seja o Brasil sozinho teve um prejuizo maior do que todo resto da america latina. No mexico, há 95 empresas que operam na bolsa, ma svaliam 410 bilhõpes e agora valem 408 bilhoes. teve pouca oscilação com a crise. Até porque a maioria das empresas devem ser origem norte-americana. No Chile, há 127 empresas que operam na bolsa. Elas valiam 192 bilhões e com a crise subiram para 207 bilhoes. Significa que alguns capitalistas do norte, correram pro Chile, por acharem mais seguro. Na Argetina há apenas 74 empresas que operam na Bolsa. Elas valiam 82 bilhões e depois crise baixaram para 81 bilhões praticamente sem oscilação. na Colombia há 24 empresas que operam na bolsa, valiam 79 bilhoes e aumentaram para 80,1 bilhões. E na Venezuela, há somente 28 empresas que operam na bolsa, valiam 9 bilhões e baixaram para 8 bilhoes de dolares. Conclusão, apesar dos discursos ufanistas dos ministros e do governo Lula, a crise do capital está atingindo por ora, apenas a economia dos Estados Unidos e as empresas brasileiras. Porque a economia brasileira está muito mais vinculada, subordinada a economia americana, do que todo resto da america latina. Fonte; caderno de economia, jornal estado de sao paulo 23 de março 08 24/3/2008 'Períodos de farra de consumo terminam mal'. Economista avalia que Brasil pode seguir EUA O economista Roberto Giannetti da Fonseca, diretor do Departamento de Relações Internacionais e de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), avalia que o Brasil não vai escapar dos efeitos da retração da maior economia do mundo, que vive as conseqüências "de uma explosão de consumo jamais vista na história." Para ele, não seria surpresa se em um ou dois anos os consumidores brasileiros, assim como os norteamericanos, também ficassem sem condições de pagar suas dívidas. "Esses períodos de farra de consumo terminam mal. No Brasil existe uma bolha de consumo, que leva a certa apreensão", diz. O governo brasileiro já estuda medidas para conter o crédito. Leia a seguir os principais trechos da entrevista com Giannetti da Fonseca à Folha de S. Paulo, 24-03-2008. Os EUA já estão em recessão? Recessão significa crescimento negativo. Essa situação não está formalmente explícita, mas acho que, em breve, vamos ter a primeira estimativa do PIB norteamericano deste ano, e não me surpreenderia se esse número ficasse ligeiramente negativo. Por que os EUA chegaram a essa situação? Nos últimos dez a 15 anos houve uma explosão de consumo no país jamais vista na história. Isso se deu por meio da expansão do crédito, que chegou a um valor até dez vezes maior do que o valor do patrimônio das instituições financeiras. Os Estados Unidos vão passar por uma recessão profunda, que deve durar dois anos. O Brasil vai sentir o efeito dessa crise? Sim. Nos últimos cinco anos, os Estados Unidos representavam 25% das exportações brasileiras. Hoje, correspondem a 15%. Só que, se os outros países que vendem para os EUA vão exportar menos, também vão comprar menos do Brasil. A farra de consumo que se viu nos EUA e acabou numa crise pode ser também vivida pelo Brasil, já que a oferta de crédito só cresce no país? Não me surpreenderia se em um ou dois anos consumidores brasileiros ficassem sem condições de pagar dívidas contraídas nos últimos anos. Esses períodos de farra de consumo terminam mal. A nossa situação não é tão crítica como a americana, mas não descarto o fato de o crédito consignado [prestação descontada na folha de pagamento], acabar levando à falência do consumidor, que não deixa de pagar a geladeira que comprou com o crédito consignado, mas deixa de pagar o médico, as contas pessoais. No Brasil existe uma bolha de consumo que leva à certa apreensão. As empresas já pensam em reduzir investimentos por conta da crise nos EUA e porque a expansão do crédito no Brasil pode estar perto do limite? O investidor reage em relação à expectativa do que será o futuro. O futuro próximo [crise nos EUA] causa preocupações e pode levar o empresário a ter menos entusiasmo para tratar de grandes investimentos. Agora, o mercado interno ainda está aquecido. Mas temos de ficar atentos para que o mercado interno seja suficientemente sólido para manter o nível de investimentos que o país precisa para elevar o emprego e a renda do trabalhador. A situação, porém, não é tranqüila.