Teor de Indicação

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INDICAÇÃO Nº 73/2015
“SOLICITA AO EXECUTIVO QUE
NA CAMPANHA DE COMBATE A
DENGUE DESTE ANO UTILIZE
TAMBÉM NOVAS TECNOLOGIAS,
PARA QUE DESTA FORMA
CONSIGAMOS
REDUZIR
CONSIDERAVELMENTE
OS
ÍNDICES DE CASOS NO NOSSO
MUNICÍPIO.”
Exmo. Sr. Presidente:
Tenho a honra de apresentar em Plenário a seguinte indicação:
Para o controle e a erradicação das doenças transmitidas por
vetores se faz necessário pensar o problema de forma macro, devemos abster
somente dos métodos usuais já conhecidos; é um processo que envolve
planejamento, uso de novas tecnologias, dedicação dos agentes de saúde e
conscientização da população.
No ano passado tivemos vários casos de dengue em Paulínia que
assolaram a nossa população. Desta forma, precisamos rever as alternativas
utilizadas no combate ao mosquito causador da doença. Para tanto, sugiro a
utilização de novas tecnologias:
Utilização de drone. O drone é um veículo aéreo não tripulado
guiado por controle remoto. Este equipamento permite visualizar do alto os focos
do mosquito Aedes Aegypti e Aedes Albopictus, que transmitem a dengue, a febre
amarela e o vírus chikungunya. Essa nova tecnologia permite chegar a locais onde
os agentes não conseguem. As imagens também servem como prova para que o
Juiz possa liminarmente autorizar a entrada de agentes de saúde nas casas, se assim
o fizer necessário. O morador da casa onde o foco de dengue for encontrado, após
comunicado pelos agentes de saúde terá que eliminar o foco ou será penalizado
com multa, conforme legislação municipal de autoria do Vereador Gustavo
Yatecola.
Continuação.
Utilização de redes sociais, internet e apps (aplicativos móveis).
Atualmente as redes sociais são meios de comunicação que estão em evidência e
tem grande abrangência em toda a população; uma campanha de combate à dengue
que utilize desta ferramenta conseguirá disseminar muito mais as informações.
Além das redes sociais existe a possibilidade de contratar plataformas online que
trabalham em tempo real para a vigilância de mosquitos e do vírus; alguns
sistemas, como por exemplo o MI Dengue licenciado à empresa Ecovec a custo
anual de menos de R$ 1,00 por habitante, utilizam armadilhas de baixo custo,
contendo um atraente especifico para o Aedes Aegypti; há ainda um sistema de
identificação molecular capaz de detectar os sorotipos virais dentro dos mosquitos
e uma plataforma que gera mapas para aperfeiçoar o controle dos insetos, ajudando
assim a tomada de decisão para o combate à dengue. Também já existe aplicativos
para celulares que trazem informações sobre a doença e permitem aos usuários
denunciar ou solicitar uma análise de possíveis focos do mosquito.
Armadilhas inteligentes para o mosquito. Um grupo de
pesquisadores brasileiros e americanos desenvolveu uma armadilha tecnológica
para capturar mosquitos que causam doenças e pragas agrícolas. Com uso de
inteligência artificial, ela atrai os insetos e identifica aqueles que devem ser pegos e
os que, inofensivos, podem ser libertados. "Um sensor decide se prende ou solta o
inseto. Se ele ficar preso, o ar o empurra para uma segunda câmara, onde é retido
pelo papel adesivo", diz o pesquisador Gustavo Batista, do campus de São Carlos
da Universidade de São Paulo. O método custa cerca de 30 reais e tem de 98% a
99% de possibilidade de acerto na captura dos mosquitos. Para os pesquisadores, a
nova tecnologia será eficaz, principalmente, no combate aos mosquitos de gênero
Anopheles, vetores da malária, e Aedes, transmissores da dengue e da febre
amarela, bem como pragas agrícolas.
Mosquitos transgênicos Aedes Aegypti. A empresa britânica
Oxitec inaugurou em 2014 em Campinas sua fábrica de mosquitos transgênicos
Aedes Aegypti, nova tecnologia de combate à dengue. Com capacidade inicial para
produzir 2 milhões de mosquitos machos estéreis por semana, a empresa já está em
negociação com alguns municípios paulistas para implementar sua estratégia de
erradicação do inseto transmissor da doença. Apenas a fêmea de Aedes Aegypti
pica pessoas e transmite a doença. O inseto transgênico macho criado pela Oxitec
impede a proliferação delas ao fecundá-las com esperma que gera filhotes
inviáveis. Ao perder a oportunidade de copular com os machos saudáveis, as
fêmeas deixam de se reproduzir, e a população do mosquito começa a diminuir.
Continuação.
Para que consigamos reduzir consideravelmente os índices de
casos de dengue no nosso município, solicito ao Executivo que reveja as suas
estratégias no combate a esta epidemia que tanto prejudicou a nossa população no
ano 2014.
Face ao exposto, I N D I C O ao Exmo. Sr. Prefeito Municipal que
determine o setor competente que, na campanha de combate à dengue deste ano
utilize também novas tecnologias.
Por fim, requer a publicação da presente Indicação de forma
integral no Semanário Oficial para necessária publicidade.
Paulínia, 13 de fevereiro de 2015
VEREADOR GUSTAVO YATECOLA BOMFIM
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