Escreveram a Bíblia homens inspirados por espíritos tidos como Deus

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ESCREEVERAM A BÍBLIA HOMENS INSPIRADOS POR
ESPÍRITOS TIDOS COMO DEUS
Inspiração não é um ditado. E talvez seja melhor chamarmo-la
de intuição e “insights”, pois essas duas alternativas são ideias
novas desconhecidas que nos vêm inesperadamente.
A inspiração ou intuição é de Deus, se ela chega a nós através
de um espírito bom, santo, pois tudo que é bom, no fundo, vem
de Deus. Mas não se trata de uma influência direta do próprio
Deus sobre nós, mas de um espírito do bem, procedente de
Deus. A Bíblia diz, pois, que um espírito é de Deus nesse sentido
de ele ser do bem. “Não são todos eles anjos espíritos
ministradores enviados para serviço, a favor dos que hão de
herdar a salvação?” (Hebreus 1: 14).
“Que o Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai a quem
pertence a glória, vos dê um espírito de sabedoria, que o revele a
vós e faça conhecer verdadeiramente.” (Efésios 1: 17). Esse
texto, além de nos demonstrar que Jesus Cristo não é Deus
mesmo, absoluto, demonstra-nos também que o espírito a ser
enviado não é o Espírito Santo da Terceira Pessoa trinitária, que
é tida por muitos como sendo o próprio Deus. E perguntamos
qual dos dois Espíritos Santos é o Deus verdadeiro, o da Terceira
ou o da Primeira Pessoa trinitária? Ademais, fica evidente nessa
passagem de Efésios que não se trata da Primeira nem da
Terceira Pessoas trinitárias, mas apenas de um espírito de
sabedoria. Aliás, como dizemos frequentemente nas matérias
dessa coluna de O TEMPO, Paulo não conheceu o Espírito Santo
da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, que foi imaginado e
criado, aos poucos, pelos teólogos, e que começou a ter uma
existência mais oficial no Concílio Ecumênico de Constantinopla
(381), o primeiro realizado nesta cidade.
E o apóstolo e evangelista são João chama-nos a atenção para
que examinemos os espíritos, pois há espíritos de vários níveis
enquanto estão encarnados, tentando, mentindo, atormentando
e cometendo crimes, e que quando desencarnam, continuam na
mesma, enganando e obsidiando as pessoas, principalmente as
que foram seus inimigos nesta vida ou em outras anteriores.
Atualmente, a passagem joanina a que estamos nos referindo
está adulterada nos meios evangélicos para ocultar nela a
presença claríssima de espíritos. E vamos, pois, apresentá-la na
íntegra como ela está nas bíblias mais antigas: “Amados, não deis
crédito a qualquer espírito: antes provai se os espíritos se
procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo
mundo fora.” (1 João 4: 1).
João demonstra-nos, também, que não é o Espírito Santo que se
comunica, pois ele fala de espíritos no plural e não de que
devamos constatar se se trata do Espírito Santo trinitário
dogmático que, aliás, ele nem conheceu. E essa passagem
demonstra-nos, ainda, que as profecias podem ser feitas
também por espíritos através de profetas (médiuns) que os
recebem. E mais, a leitura da continuação do texto, no versículo
dois seguinte, mostra-nos que todo espírito que for de Deus, isto
é, do bem, diz verdades, não negando, pois, que Jesus veio em
carne, condenando assim os docetistas do seu tempo, que
ensinavam que Jesus, só aparentemente, veio em carne.
Esse ensino de João é muito importante, principalmente, para
muitos cristãos das gerações futuras depois dele, que, ao
receberem espíritos bons, ou que fingem ser bons, vêm
pensando erradamente que os espíritos que recebem são o do
próprio Deus!
José Reis Chaves
Abril / 2016
PS: Recomendo “O Nome de Deus é Misericórdia”, do Papa Francisco,
Ed. Planeta, [email protected]
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