1 - Descreva modificações em um ou dois sistemas que podem ocorrer durante esforço físico, e como isso estaria associado à manutenção/homeostase. Incluindo o conceito meio externo. Homeostase A manutenção de condições estáveis no corpo é a homeostase, que garante que o meio interno do corpo permaneça constante, mesmo que ocorram mudanças dentro e fora do corpo. Cada sistema corporal contribui de algum modo para a homeostase. Por exemplo, no sistema circulatório a contração e o relaxamento alternados do coração impulsionam o sangue para todos os vasos sanguíneos do corpo. Conforme o sangue flui através dos vasos capilares, os nutrientes e o oxigênio se transferem para o líquido intersticial, e os resíduos se transferem para o sangue.As células então removem os nutrientes e oxigênio do líquido intesticial e liberam seus resíduos para esse fluido. Esforço físico: -Coração: durante o esforço físico, o coração passa a trabalhar mais rápido (aumento da freqüência cardíaca) para garantir o suprimento de oxigênio a todos os tecidos, que por estarem em movimento exigem uma maior quantidade de oxigênio. Com isso, a pressão sanguínea eleva-se. -Sistema muscular: durante o esforço físico, os aumentos na taxa de respiração e fluxo sanguíneo melhoram a liberação de oxigênio para o tecido muscular. A fadiga muscular é a incapacidade de um músculo contrair-se vigorosamente após um longo período de esforço físico, e ela pode se considerada um mecanismo homeostático, pois impede que ph caia abaixo do normal, oque ocorreria devido a grande produção de ácido lático. De acordo com o fisiologista francês Claude Bernard o "meio interno" foi definido como sendo composto de: sangue, linfa, e líquido extra-celular (LEC). 2 - Defina retroalimentação e dê exemplo. Os sistemas de retrocruzamento são o que mantém a homeostase do corpo. Um sistema de retroalimentação é um ciclo de eventos que continuamente monitoriza, avalia e altera as condições corporais. Cada condição monitorizada, como a temperatura corporal, a pressão sanguínea ou o nível sanguíneo de glicose é chamada de condição controlada. Qualquer ruptura que produza uma mudança nessas condições é chamada de estímulo. Alguns estímulos proém do ambiente externo, tais como o calor externo e a falta de oxigênio. Outros de originam no ambiente interno, como um nível sanguíneo baixo de glicose. Sistema de retroalimentação negativo: neutraliza uma alteração de uma condição controlada. EX: a pressão sanguínea (PS) é a força exercida pelo sangue quando faz pressão contra as paredes dos vasos sanguíneos. Quando o coração bate mais rapidamente ou com mais dificuldade, a pressão sanguínea aumenta.Então essa pressão mais alta é detectada por receptores que enviam impulsos nervosos ao encéfalo, que interpreta-os e envia novos impulsos nervosos ao coração (efetor), diminuindo a frequência cardíaca, e consequentemente a pressão sanguínea. Sistema de retroalimentação positiva: o efetor produz uma resposta que reforça a alteração inicial na condição controlada. Ex: esse sistema tende a reforçar condições que não ocorrem muito frequentemente, como o parto, a ovulação e a coagulação sanguínea. 3 - Cite três funções do esqueleto, destacando sua função para a homeostase. 1- Homeostase mineral: o tecido ósseo armazena vários minerais, especialmente cálcio e fósforo. Conforme a demanda, esses minerais são liberados no sangue, mantendo a homeostase e distribuindo esses minerais para outras partes do corpo. 2- Auxílio ao movimento: quando os músculos esqueléticos se contraem, eles tracionam os ossos. Assim, ossos e músculos juntos produzem movimento. 3- Produção de células do sangue: no interior de alguns ossos, existe um tecido conjuntivo chamado de medula óssea vermelha, que produz eritrócitos, leucócitos e plaquetas, em um processo chamado de hematopoiese. A medula óssea vermelha consiste de células sanguíneas imaturas, adipócitos, fibroblastos e macrófagos. Ela está presente nos ossos em desenvolvimento do feto, e em alguns ossos adultos, como os da pelve, costelas, esterno, vértebras, crânio e extremidades dos ossos do crânio e coxa. 4- Armazenamento de triglicerídios: os triglicerídios armazenados na medula óssea amarela são uma reserva de energia química potencial. 5- Proteção: o esqueleto protege muitos órgãos internos de lesão 6- Sustentação: o esqueleto sustenta os tecidos moles e fornece um ponto de fixação para a maioria dos músculos esqueléticos. 4 - Descubra a posição anatômica do esterno, utilizando os termos de plano de corte. O corpo humano está dividido em várias regiões principais que podem ser identificadas externamente: a cabeça, o pescoço, o tronco, os membros superiores e os membros inferiores. Termos direcionais utilizados para descrever o corpo humano: -superior (ou cranial): em direção à cabeça, ou à parte superior de uma estrutura. Ex: o coração é superior ao fígado -inferior (ou caudal): em direção oposta à cabeça, ou à parte inferior de uma estrutura. Ex: o estômago é inferior aos pulmões. -anterior(ventral): mais próximo ou na frente do corpo. Ex:o esterno é anterior ao coração -posterior(dorsal): mais próximo ou no dorso do corpo. Ex: o esôfago é posterior à traquéia. -Medial: mais próximo da linha mediana ou plano sagital mediano. Ex: a ulna é medial ao rádio. -Lateral: mais distante da linha mediana ou plano sagital mediano. Ex: os pulmões são laterais ao coração. -proximal: mais próximo da fixação de um membro ao tronco. EX: o úmero é proximal ao rádio. -Distal: mais distante da fixação de um membro ao tronco. Ex: as falanges são distais aos ossos carpais. -superficial: em direção ou na superfície do corpo. Ex: as costelas são superficiais aos pulmões. -profundo: distante da superfície do corpo. Ex: as costelas são profundas à pele do tórax e do dorso. 5 - Características de fibras musculares. O tecido muscular consiste de células alongadas, denominadas fibras musculares. No corpo existem três tipos de tecido muscular, e cada um deles possui fibras diferentes das fibras dos outros tecidos: -Tecido muscular esquelético: suas fibras estriadas são longas e cilíndricas, com muitos núcleos localizados na periferia. Elas contraem-se voluntariamente. Cada músculo esquelético é composto de milhares de fibras esqueléticas, que são circundadas por tecidos conjuntivos, penetrados por vasos sanguíneos e nervos. O músculo inteiro é envolvido por uma membrana chamada de epimísio; outra membrana, o perimísio, circunda os feixes de fibras musculares chamados de fascículos. Cada fibra muscular individual é circundada pelo endomísio. Cada fibra muscular é recoberta por uma membrana plasmática, o sarcolema, rico em mitocôndrias produtoras de ATP. Estendo-se pelo sarcoplasma estão o retículo sarcoplasmático e a mioglobina. Cada fibra muscular é composta de miofibrilas: os filamentos espessos são compostos de miosina, e os delgados de moléculas de actina, além de tropomiosina e troponina. Esses filamentos arranjam-se em filamentos denominados sarcômeros. Existem três tipos de fibras musculares esqueléticas: fibras vermelhas, com pequeno diâmetro e aparência vemelho-escura (devido à grande quantidade de mitocôndras), que são mais resistentes à fadiga e capazes de contrações prolongadas e sustentadas; fibras intermediárias e fibras brancas, com maior diâmetro, que produzem ATP através da glicólise e sendo usadas para produzir movimentos intensos de curta duração. -Tecido muscular cardíaco: compõe o coração, é também estriado e possui ação involuntária. As fibras musculares cardíacas são ramificadas e possuem diâmetro mais curto que as fibras musculares esqueléticas. Elas possuem apenas um núcleo, de localização central, e conectam-se através de discos intercalares. -Tecido muscular liso: produzem contrações involuntárias, são menores que as fibras musculares esqueléticas em comprimento e em diâmetro, e são afiladas em ambas as extremidades. Possuem um núcleo único, oval, de localização central. Além dos filamentos espessos e delgados, as fibras musculares lisas contém filamentos intermediários. Os filamentos não possuem um padrão regular de superposição, não possuindo bandas claras e escuras alternantes, não sendo estriado. VER fotos na apresentação da aula 6 - Quais componentes e compostos da célula muscular estriada são essenciais para a contração? Defina este processo. Os sarcômeros são as unidades funcionais básicas das fibras musculares estriadas, e é nessas estruturas que ocorre o processo de contração muscular.Os filamentos espessos das fibras são compostos por miosina, cujas caudas são dispostas em paralelo, formando a haste do filamento espesso. As cabeças de miosina projetam-se para fora. Já os filamentos delgados contém moléculas de actina que ligam-se para formar um filamento torcido em hélice. Cada molécula de actina contém um sítio de ligação para uma cabeça de miosina. Além disso, os filamentos delgados contém as proteínas tropomiosina e troponina, que recobrem os sítios de ligação da miosina na actina, nas fibras musculares relaxadas. (1)Para que ocorra contração, deve haver a chegada de um impulso nervoso ao terminal axônico do neurônio motor, desencadeando a liberação de acetilcolina. (2)A acetilcolina difunde-se através da fenda sináptica, liga-se aos seus receptores na placa motora terminal e desencadeia um potencial de ação muscular, que é produzido pelo fluxo e influxo de sódio. (3)A acetilcolinesterase destrói a acetilcolina na fenda sináptica, e outro potencial de ação muscular não poderá surgir se não for liberada mais acetilcolina da neurônio motor. (4) O potencial de ação muscular corre ao longo do sistema T, abrindo os canais de liberação de cálcio na membrana do retículo sarcoplasmático, permitindo que os íons cálcio fluam para o sarcoplasma (5) O cálcio liga-se à troponina (mudando sua forma) no filamento delgado; assim os sítios de ligação para a miosina são expostos. (6) CONTRAÇÃO: os picos de força usam ATP, decompondo-o em ADP e P e transferindo energia para as cabeças de miosina, que ligam-se então à actina, liberando P e formando pontes cruzadas.Então essas cabeças giram e liberam-se, liberando ADP. Os filamentos delgados são puxados em direção ao centro do sarcômero. (7) Os canais de liberação de cálcio fecham-se, e as bombas de transporte ativo de cálcio usam o ATP para restaurar o baixo nível de íons cálcio no sarcoplasma. (8) O complexo troponina-tropomiosina desliza de volta à posição em que bloqueia os sítios de ligação de miosina na actina. (9) o músculo relaxa 7 - Quais as formas de controle da função cardiovascular. Os fatores mais importantes na regulação da freqüência cardíaca são o sistema nervoso autônomo e os hormônios adrenalina e noradrenalina, liberados pelas glândulas suprarenais. No centro cardiovascular (CV) estão os neurônios simpáticos que chegam ao coração via nervos aceleradores cardíacos, os quais inervam o complexo estimulante, os átrios e os ventrículos. A noradrenalina liberada pelos nervos aceleradores cardíacos aumenta a freqüência cardíaca. Também se originando do centro CV, encontram-se neurônios parassimpáticos que chegam ao coração via nervos vagos (X) e se estendem ao complexo estimulante e aos átrios. O neurotransmissor que eles liberam – a acetilcolina – diminui a freqüência cardíaca pela desaceleração da atividade de marcapasso do nó sinoatrial. Vários tipos de receptores sensoriais fornecem informações ao centro cardiovascular. Por exemplo, os barorreceptores, neurônios da pressão sanguínea, estão localizados estrategicamente no arco da aorta e nas artérias carótidas. Se houver um aumento da pressão sanguínea, os barorreceptores enviarão impulsos nervosos, ao longo dos neurônios sensitivos que fazem parte dos nervos glossofaríngeo e vago, ao centro CV. O centro cardiovascular responde enviando mais impulsos nervosos ao longo dos neurônios parassimpáticos, que também fazem parte dos nervos vagos, ao coração. A resultante diminuição na freqüência cardíaca reduz o débito cardíaco, baixando assim a pressão sanguínea. Se a pressão sanguínea cair, os barorreceptores não estimularão o centro CV. Em conseqüência a essa falta de estimulação, aumentam a freqüência cardíaca, o débito cardíaco e a pressão sanguínea até o seu nível normal. Os quimiorreceptores, neurônios sensíveis a variações químicas no sangue, detectam mudanças nos níveis sanguíneos de substâncias químicas, tais como O2, CO2 e H+. Regulação química: - Os hormônios adrenalina e noradrenalina aumentam a eficácia do bombeamento cardíaco, mediante aumento tanto da freqüência cardíaca quanto da força de contração. - Íons: os níveis sanguíneos elevados de K+ e Na+ diminuem a freqüência cardíaca e a força de contração. Um aumento moderado no nível da Ca+2 extra e intracelular aumenta a freqüência cardíaca e a força de contração. Outros fatores são a idade, o gênero a aptidão física e a temperatura do corpo. 8 - Descreva o ciclo cardíaco. Um ciclo cardíaco inclui todos os eventos associados a um batimento cardíaco. Em um ciclo cardíaco, os átrios se contraem (sístole) enquanto os ventrículos relaxam (diástole); a seguir, enquanto os ventrículos se contraem (sístole), os átrios relaxam(diástole). Em um ciclo cardíaco normal, os átrios se contraem enquanto os ventrículos relaxam; a seguir, enquanto os ventrículos se contraem, os átrios se relaxam. O termo sístole referese à fase de contração; a fase de relaxamento é a diástole. Um ciclo cardíaco consiste em sístole e diástole de ambos os átrios, além da sístole e diástole de ambos os ventrículos. Para o propósito de nossa discussão, dividiremos o ciclo cardíaco em três fases: Período de relaxamento: começa no fim de um ciclo cardíaco, quando os ventrículos começam a relaxar e as quatro câmaras estão em diástole. A repolarização das fibras musculares ventriculares (onda T, no eletrocardiograma) inicia o relaxamento. À medida que os ventrículos se relaxam, a pressão de seu interior cai. Quando a pressão ventricular cai abaixo da pressão arterial, as valvas se abrem e os ventrículos começam a se encher de sangue. Aproximadamente 75% do enchimento ventricular ocorrem depois que as valvas nó atrioventricular se abrem e antes que os átrios se contraiam. Sístole atrial (contração): um potencial de ação do nó sinoatrial causa a despolarização atrial, observada como a onda P, no eletrocardiograma pág 380 9 - Descreva a transmissão da excitação dentro do miocárdio. No coração existem cerca de 1% de fibras musculares cardíacas diferentes das outras, podendo gerar potenciais de ação repetidamente fazendo isso em um padrão rítmico. Estas células funcionam como um marcapasso, estabelecendo o ritmo para o coração, e produzem o complexo estimulante do coração, a rota para a propagação dos potencias de ação por todo o músculo cardíaco. O complexo estimulante do coração garante que as câmaras cardíacas sejam estimuladas a contrair-se de maneira coordenada, o que faz do coração uma bomba eficiente. Os potenciais de ação cardíacos propagam-se ao longo dos seguintes componentes do complexo estimulante do coração: 1- a excitação cardíaca começa nó sinoatrial, localizado na parede do átrio direito. Nele surge um potencial de ação que é conduzido para os átrios através das junções comunicantes. 2- O potencial de ação é conduzido pelas fibras musculares atriais até o nó atrioventricular, no septo interatrial. Os átrios drenam seu sangue nos ventrículos. 3- Do nó atrioventricular, o potencial de ação é conduzido ao fascículo atrioventricular (feixe de his), no septo interventricular. 4- O potencial de ação entra em ambos os ramos direito e esquerdo do fascículo atrioventricular, que correm ao longo do septo interventricular em direção ao ápice do coração. 5- Os ramos subendocárticos do fascículo atrioventricular (fibras de Purkinje) conduzem o potencial de ação ao ápice dos ventrículos e depois ao restante do miocárdio ventricular. Então, uma fração de segundo após a contração dos átrios os ventrículos se contraem. Transmissão de excitação – Junções comunicantes (abertas) – discos intercalares – Sequência – Nodo sinoatrial> nodo atrioventricular (NAV) > feixe de His > fibras de Purkinje – condução lenta no NAV = contrações sincrônicas - átrios e ventrículos – Controle da velocidade de condução da onda de excitação (efeito dromotrópico positivo – catecolaminas; negativo - ACh) 10 - Quais são as adaptações cardíacas do feto? O sistema circulatório de um feto, denominado circulação fetal, existe somente no feto e contém estruturas especiais que permitem ao feto em desenvolvimento trocar materiais com sua mãe. Essa circulação pós-natal (após o nascimento), porque os pulmões, os rins e os órgãos digestórios de um feto só começam a funcionar ao nascer. O feto obtém O2 e nutrientes do sangue materno e elimina CO2 e resíduos também no sangue materno. A troca de materiais entre a circulação fetal e a materna ocorre por meio da placenta, que se forma no interior do útero da mãe e se conecta ao umbigo do feto pelo cordão umbilical. O sangue passa do feto para a placenta através de duas artérias umbilicais. Esses ramos das artérias ilíacas internas encontram-se no interior do cordão umbilical. Na placenta, o sangue fetal capta O2 e nutrientes e elimina CO2 e resíduos. O sangue oxigenado (arterial) retorna da placenta por uma única veia umbilical. Essa veia chega ao fígado do feto, onde se divide em dois ramos. Enquanto um pouco de sangue flui pelo ramo que se une à veia porta do fígado e entra no fígado, a maior parte do sangue flui pelo segundo ramo, o ducto venoso, que drena para a veia cava inferior. O sangue desoxigenado (venoso) que retorna das regiões inferiores do corpo fetal mistura-se com o sangue oxigenado (arterial) proveniente do ducto venoso na veia cava inferior. Esse sangue misto então entra no átrio direito. O sangue desoxigenado (venoso) que retorna das regiões superiores do corpo fetal entra na veia cava superior e passa para o átrio direito. A maior parte do sangue fetal não passa do ventrículo direito aos pulmões, como na circulação pós-natal, porque existe uma abertura, denominada forame oval do coração, no septo entre os átrios direito e esquerdo. Cerca de um terço do sangue que entra no átrio direito passa Poe esse forame oval para o átrio esquerdo e se junta à circulação sistêmica. O sangue que não passa para o ventrículo direito é bombeado para o tronco pulmonar, mas pouco desse sangue chega aos pulmões fetais, ainda não funcionais. Ao contrário, a maior quantidade do sangue é enviada pelo ducto arterial, um vaso que conecta o tronco pulmonar com a aorta, por isso a maior parte do sangue desvia dos pulmões fetais. O sangue contido na aorta é transportado para todos os tecidos fetais, via circulação sistêmica. Quando as artérias ilíacas comuns se ramificam nas artérias ilíacas internas e externas, parte do sangue flui para as ilíacas internas e para as artérias umbilicais, e retorna à placenta, para a outra troca de materiais. Após o nascimento, quando se iniciam as funções pulmonares, renais e digestórias, ocorrem as seguintes transformações vasculares: 1- Quando o cordão umbilical é cortado, deixa de existir fluxo sanguíneo pelas artérias umbilicais, que são preenchidas por tecido conjuntivo e cujas porções distais se transformam em cordões fibrosos chamados ligamentos umbilicais medianos. 2- A veia umbilical colapsa, mas persiste como o ligamento redondo do fígado, uma estrutura que conecta o umbigo ao fígado. 3- O ducto nervoso colapsa, porém persiste como o ligamento venoso, um cordão fibroso situado na face inferior do fígado. 4- A placenta é expulsa como as “secundinas”. 5- O forame oval do coração fecha-se normalmente logo após o parto, transformando-se na fossa oval, uma depressão no septo interatrial. Quando um infante inspira pela primeira vez, os pulmões se expandem e o fluxo sanguíneo para os pulmões aumenta. O retorno do sangue dos pulmões para o coração aumenta a pressão no átrio esquerdo, causando o fechamento do forame oval do coração, ao empurrar a válvula protetora contra o septo interatrial. O fechamento permanente ocorre em aproximadamente um ano. 6- O ducto arterial fecha-se por vasoconstrição, quase imediatamente após o parto, e transforma-se no ligamento arterial. ______________________________________________________________________ Processos vitais 1-metabolismo 2- responsividade 3-movimento 4-crescimento 5- diferenciação 6-reprodução Planos imaginários de corte: -sagital médio: divide o corpo em medial e lateral, passando no meio da estrutura o animal e dividindo-o em duas metades praticamente idênticas -plano frontal: faz um corte paralelo ao maior eixo, formando estrutura ventral e dorsal -plano horizontal ou transversal: é feito perpendicularmente ao maior eixo, criando a estrutura superior (cranial para animais), e a estrutura inferior (caudal). Tipos de ossos: -ossos curtos: levemente cubóides, iguais no comprimento e altura/ do carpo e do tarso -ossos longos: comprimento maior que a largura/ fêmur, tíbia e fíbula, ulna -ossos planos: finos, dão proteção/ esterno, escápula -ossos irregulares: formas complexas, vértebras da coluna vertebral e ossos faciais -ossos alongados: clavícula, costelas -ossos pneumáticos -sesamóides: patela e osso hióideo Estrutura macroscópica dos ossos: -diáfise: parte principal do osso, longa e cilíndrica -epífise: extremidade distal e proximal do osso -metáfise: regiões no osso maduro em que a diáfise une-se à epífise (forma a linha epifisial) -cartilagem epifisial: camada de cartilagem hialina que reveste a epífise em locais de articulação -periósteo: envoltório de tecido conjuntivo que circunda a superfície óssea onde ela não é coberta pela cartilagem epifisial. Contém células formadoras de ossos, que ajudam-o a crescer em diâmetro. Protege o osso, participa do reparo de fraturas, nutrição do tecido ósseo e fixação de ligamentos e tendões -cavidade medular: espaço interno da diáfise -endósteo: fina membrana que reveste a cavidade medular Diferenças entre tecido ósseo compacto e tecido ósseo esponjoso 1- o esponjoso é leve, reduzindo o peso total do osso e movendo-se mais facilmente quando tracionado por um músculo esquelético (ex.- maior parte do tecido ósseo dos ossos curtos, planos e irregulares) 2- as trabéculas do esponjoso protegem e sustentam a medula óssea vermelha. O tecido ósseo esponjoso é o único local de reserva de medula óssea vermelha nos ossos do quadril, esterno, costela, coluna vertebral e extremidades dos ossos longos. Estrutura microscópica do osso: A matriz óssea possui 25% de água, 25% de fibras colágenas e 50% de minerais cristalizados. Quando esses minerais são depositados na estrutura formada pelas fibras colágenas da matriz, cristalizam e o tecido endurece. Esse processo de calcificação é iniciado pelos osteoblastos, células formadoras dos ossos. Três principais células do tecido ósseo: - osteoblastos: sintetizam e secretam as fibras colágenas e outros componentes orgânicos necessários p/ formar a matriz óssea. Conforme são circundados pela matriz, ficam presos em sua secreções, transformando-se em osteócitos. -osteócitos: células ósseas maduras, realizam troca de nutrientes e resíduos com o sangue -osteoclatos: liberam enzimas que digeremos componentes protéico e mineral da matriz óssea: reabsorção OSSIFICAÇÃO Inicialmente, surgem células osteogênicas que sofrem divisão celular, produzindo os osteoclastos. Os dois métodos de formação óssea envolvem a substituição de um tecido conjuntivo preexistente pelo osso Ossificação intramembranosa: Ex: formação dos ossos planos do crânio e mandíbula.O osso forma-se diretamente sobre as membranas de tecido conjuntivo fibroso frouxo ou no seu interior. No local em que ele se desenvolve, o centro de ossificação, as células mesenquimais se reúnem diferenciando-se em osteoclastos, secretores de matriz orgânica dos ossos até que estejam circundados por ela, transformando-se em osteócitos localizados nas lacunas e estendendo suas projeções citoplasmáticas p/ os canalículos, iradiados em todas as direções. Conforme a matriz óssea se forma, desenvolvem-se trabéculas que se fusionam, constituindo o tecido ósseo esponjoso.Em seu interior desenvolve-se a medula óssea vermelha, e as camadas superficiais do osso esponjoso são substituídas por osso compacto. Ossificação endocontral: É a substituição de cartilagem hialina por osso. 1- desenvolvimento de molde de cartilagem: células mesenquimais se desenvolvem em condroblastos, produzindo um molde de cartilagem hialina. 2- crescimento do molde de cartilagem: quando os condroblastos estão imersos na matriz de cartilagem, passam a ser chamados de condrócitos, que seguem aumentando de tamanho. 3- desenvolvimento do centro primário de ossificação: o ossificação primeiro ocorre de fora p/dentro. Junto ao meio do molde, capilares do periósteo crescem p/ o interior da cartilagem calcificada, induzindo o crescimento de um centro primário de ossificação. 4- desenvolvimento do centro secundário de ossificação: ocorre quando as ramificações da ateria epifisial entram na epífise. A ossificação secundária prossegue de dentro p/ fora. 5-formação da cartilagem epifisial e da lâmina epifisial: a cartilagem hialina que recobre as epífises transforma-se na cartilagem epifisial, que permanece entre a diáfise e a epífise até a idade adulta, como lâmina epifisial, responsável pelo crescimento em comprimento do osso. Quando se ossifica, passa a chamar-se linha epifisial, com isso cessa-se também o crescimento em comprimento. Esqueleto axial: -Crânio: 8 ossos que formam a cavidade do crânio que protege o encéfalo Osso frontal, dois ossos parientais, dois ossos temporais, o osso occipital, o osso esfenóide e o osso etmóide -face: dois ossos nasais, duas maxilas, mandíbula, dois ossos zigomáticos, dois ossos lacrimais, duas conchas nasais inferiores e vômer. -Face: 14 ossos -Hióideo -Ossículos da audição: 6 -Coluna vertebral: 26 -Esterno -Costelas: 24 Coluna vertebral: -7 vértebras cervicais -7 vértebras torácicas -5 vértebras lombares -sacro (fusão de 5 vértebras sacrais) -cóccix (fusão de 4 vértebras coccígeas) Tórax: Esterno: -manúbrio -corpo -processo xifóide Costelas: Doze pares 1-7: costelas verdadeiras, fixadas diretamente ao esterno 8-12: costelas falsas; 8,9 e 10 fixam-se umas nas outras e depois nas cartilagens da costela 7; 11 e 12 não se fixam ao esterno, mas às vértebras torácicas: costelas flutuantes Cíngulo dos membros superiores: clavícula e escápula Membro superior: 30 ossos – úmero no braço, ulna e rádio no antebraço, 8 ossos do carpo, 5 ossos do metacarpo, 14 falanges na mão. Polegar: duas falanges (proximal e distal), outros quatro dedos: três falanges: roximal, média e distal. Cíngulo do membro inferior: dois ossos do quadril, que consistem em três componentes fusionados: íleo, púbis e ísquio. Anteriormente, os ossos do quadril se unem em uma articulação chamada de sínfise pubiana, e posteriormente se unem com o sacro. Em conjunto com o sacro o cóccix, os dois ossos do quadril formam uma estrutua em forma de bacia, a pelve. A fossa profunda em que os três ossos se encontram é o acetábulo. Membro inferior: 30 ossos- fêmur na coxa, patela, tíbia (dentro) e fíbula(fora) na perna, 7 ossos do tarso, 5 ossos do metatarso e 14 falanges no pé. Articulações: O movimento das articulações é definido por: forma dos ossos que se articulam, flexibilidade e tensão dos músculos e tendões associados. Classificação funcional das articulações: Sinartrose- imóvel Anfiartrose- levemente móvel Diartrose-livremente móvel Articulações fibrosas: -Sutura: une os ossos do crânio. Sinartrose -Sisdemose: distância entre os ossos articulantes e o tecido conjuntivo fibroso são maiores que na sutura. Anfiartrose -Gonfose: pino de forma cônica ajusta-se a um encaixe. Ex- nas raízes dos dentes Sinartrose Articulações cartilagíneas: -Sincondrose: material de conexão é a cartilagem hialina. (ex-lâmina epifisial). Sinartrose -Sínfise: os ossos são conectados por um disco largo e plano de fibrocartigem. Exsínfise pubiana Anfiartrose Articulações sinoviais: Possui um espaço, a cavidade articular, entre os ossos articulantes, que permite a movimentação das articulações - Diartrose Uma cápsula articular circunda a articulação sinovial, envolvendo a cavidade articular e unindo os ossos articulantes. Ela possui duas camadas, uma membrana fibrosa externa: ligamento e uma membrana sinovial interna que secreta sinóvia. Dentro de algumas articulações existem coxins de fibrocartilagem entre as faces articulares dos ossos e fixados à cápsula articular: discos ou meniscos articulares. Bolsas sinoviais: assemelham-se às cápsulas articulares, reduzindo o atrito entre tendões e osso, pele e osso, músculos e ossos e ligamentos e ossos. Tipos de articulações sinoviais: 1-planas: entre ossos do carpo e punho/ deslizamento de um lado p/outro e p/trás e p/frente 2- gínglimo: face convexa encaixa-se na côncava. Movimento de abertura e fechamento: flexão e extensão. Ex: joelho, cotovelo, tornozelo e interfalângicas. 3- trocóideas: superfície arredondada ou pontiaguda de um osso articula-se com um anel formado por outro osso e por um ligamento. Ex: articulações radioulnares. Movimento de rotação em torno de seu próprio eixo longitudinal: rotação 4-elipsóidea: projeção oval convexa de um osso encaixa-se na depressão oval côncava do outro. Ex- articulação do punho. Movimentos p/cima e p/baixo e de um lado p/outro. Abdução-adução; flexão-extensão/adução-abdução: circundação 5- selares: face articular de um osso tem forma de sela e face articular do outro encaixase na sela. Ex- articulação entre o carpo e o osso metacarpo do polegar. Movimentos de um lado p/ outro e cima p/baixo. Circundação 6- esferóides: face articular óssea esférica encaixa-se em uma depressão semelhante à uma taça de outro osso. Estão no ombro e no quadril. Permite movimento em várias direções: flexão-extensão; abdução/adução; rotação/circundação.