Efeito do inibidor de tripsina de sementes de Adenanthera pavonina

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Efeito do inibidor de tripsina de sementes de Adenanthera
pavonina sobre o desenvolvimento larval de Aedes aegypti
Daniele Y. Sasaki1; Maria Lígia R. Macedo1
1
Laboratório de Purificação de Proteínas e suas Funções Biológicas, Centro de Ciências
Biológicas e da Saúde, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Cidade Universitária S/N
– Caixa Postal 549, CEP 79070-900, Campo Grande, MS, Brasil. E-mail:
[email protected]; [email protected].
Os inibidores vegetais de enzimas digestivas destacam-se por
apresentarem uma alternativa ao uso de inseticidas químicos. Nas larvas de
Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue e da febre amarela, ao
menos doze tipos proteinases já foram identificados em seu intestino médio,
dentre elas as principais, tripsina e quimiotripsina, além de aminopepetidases e
carboxipeptidases. O presente trabalho teve como objetivo analisar a ação de
inibidores de proteinases sobre o desenvolvimento larval de A. aegypti.
Diversos inibidores de proteinases foram analisados in vitro, nas concentrações
de 0,2; 0,4; 0,8 e 1ug de proteína sobre as enzimas do intestino médio de
larvas de 3º e 4º instar de A. aegypti. O inibidor de tripsina de Adenanthera
pavonina (APTI) apresentou melhor inibição das enzimas digestivas, reduzindo
a atividade residual de tripsina a 70,44% no 3º instar e, a 62,5% no 4º instar.
Para verificar seu efeito in vivo foram feitos bioensaios com larvas de A. aegypti
nas concentrações finais de 2; 1; 0,5 e 0,1 mg/mL. A sobrevivência foi
verificada a cada 24h e até 96h após o inicio do experimento. Relativos
controles foram feitos para cada tratamento. O ensaio in vivo mostrou uma
mortalidade de 100% das larvas com 48h em contato com o inibidor, nas
concentrações de 2 e 1 mg/mL. Já as larvas com APTI a 0,5 mg/mL
apresentaram uma sobrevivência de 26,92% e, a 0,1 mg/mL, 34,61%. A ação
do APTI nestas concentrações apresentou uma redução no peso médio larval
de 75% e 83%, quando comparado ao controle. A eficácia do inibidor de
proteinase de Adenanthera pavonina no desenvolvimento larval de Aedes
aegypti pode se tornar uma ferramenta biotecnológica com potencial inseticida,
podendo auxiliar no combate ao mosquito transmissor da dengue.
Palavras-chave: tripsina; dengue; intestino médio.
Apoio: FUNDECT; CNPq; CAPES; FINEP.
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