Prof. Silvio R. Penteado – Email: [email protected] CONHEÇA OS DEFENSIVOS ALTERNATIVOS E NATURAIS NESTA LIÇÃO SERÁ ABORDADO O que são os defensivos alternativos e naturais Quais são as vantagens do emprego dos alternativos. Como utilizar defensivos alternativos em sistemas ecológicos e orgânicos. Os cuidados no emprego de defensivos alternativos e naturais A. O QUE SÃO DEFENSIVOS ALTERNATIVOS São considerados como defensivos alternativos todos os produtos químicos, biológicos, orgânicos ou naturais, que possuam as seguintes características: • Não sejam tóxicos ao homem e ao ambiente (grupo toxicológico iv), • Sejam inócuos ao homem e á natureza (flora e fauna) e baixa persistência na planta e meio ambiente. • Sejam eficientes no combate aos insetos e microrganismos nocivos, com o objetivo principal de favorecer a resistência das plantas e não a erradicação dos insetos nocivos e patogénicos. • Não favoreçam a ocorrência de formas de resistência, de pragas e microrganismos, de forma que suas dosagens e intervalos de aplicação sejam atenuados com o tempo. B. VANTAGENS DOS DEFENSIVOS ALTERNATIVOS • AUMENTO DA RESISTÊNCIA NATURAL DAS PLANTAS: As plantas tratadas com estas caldas defensivas, apresentam-se geralmente mais vigorosas, oferecendo maior resistência á infecção por patógenos, insetos nocivos e às intempéries climáticas. • OBTER PRODUTOS SADIOS, COM PREÇOS DIFERENCIADOS: A cotação obtida pelos produtos sem agrotóxicos ou produtos orgânicos são geralmente mais elevados e valorizados, devido sua qualidade, quanto ao sabor e isenção de contaminantes.. • EQUILÍBRIO NUTRICIONAL: A utilização de produtos ricos em enxofre, cobre, micronutrientes e outras substâncias orgânicas e naturais, complexados ou não com a cal, representam excelentes opções aos produtores, para o equilíbrio nutricional e favorecimento dos mecanismos de defesa natural. • LONGEVIDADE DA VIDA ÚTIL DA PLANTA: Porque fornecem nutrientes essenciais às plantas e renovam o vigor vegetativo, favorecem uma maior longevidade dos frutos em póscolheita e aumento da vida produtiva da planta. • BAIXO IMPACTO AMBIENTAL: Sua ação benéfica, não favorece o surgimento de patógenos resistentes, tem baixa toxicidade aos inimigos naturais e não afetam o ambiente e o homem. C. USO DE DEFENSIVOS NA PROTEÇÃO DE PLANTAS No sistema orgânico o passo inicial é implantar a cultura num solo sadio, rico em micro e macrorganismos e matéria orgânica, para que favoreçam a biovida e adotar os princípios da produção agroecológica. Num solo adequado, as plantas crescem saudáveis, pois há permeabilidade para o ar, a água e o pleno desenvolvimento do sistema radicular e os nutrientes são retidos e liberados lentamente, sem disponiblizar radicar livres. Mesmo adotando todos os princípios da agroecologia, em condições climáticas desfavoráveis ou em desequilíbrio da planta, podem ocorrer situações favoráveis ao ataque de É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL – LEI 9.610/98- DIREITOS RESERVADOS POR LEI Prof. Silvio R. Penteado – Email: [email protected] insetos-nocivos e patógenos. Neste caso, procura-se em primeiro lugar manter o equilíbrio nutricional da planta e caso haja necessidade, o emprego dos defensivos alternativos e naturais. Assim sendo, esta opção somente deve ser utilizada, quando ocorrer níveis de insetos-nocivos ou patógenos, em condições de causar dano econômico. O princípio de atuação dos produtos alternativos, não deve ser em erradicar os insetosnocivos ou patógenos, mas favorecer resistência da planta, ativando os mecanismos de defesa, estimulando a proteo-síntese (redução dos radicasis livres) e tornando os tecidos mais rústicos e resistentes. Nas normas para a produção orgânica, há alternativas para substituir os agrotóxicos, por produtos de baixo custo e que não afetam a saúde do homem e nem causam desequilíbrio na natureza. E. PROCEDIMENTOS BÁSICOS NA PROTEÇÃO DE PLANTAS A agricultura orgânica recomenda um adequado manejo do solo, da nutrição e do cultivo como fatores fundamentais para a sanidade da planta. Segundo Chaboussou (1987) qualquer adubação que deixe a planta em sua condição fisiológica ótima, oferece-lhe o máximo de resistência ao ataque de fito-moléstias. Para o mesmo, insetos e fungos não são a causa verdadeira das moléstias das plantas, elas só atacam as plantas desequilibradas ou cultivadas incorretamente. Na agricultura orgânica é proibido o emprego de agrotóxicos, da calda viçosa com uréia e cloreto ou nitrato de potássio e da nicotina (extrato de fumo). É eventualmente permitido o uso da isca formicida, desde que não seja organo-fosforado. Várias medidas antes do emprego dos defensivos alternativos são indispensáveis para o produtor garantir uma maior proteção e resistência da planta. Em primeiro lugar deverá fazer a adequada correção de calcário no solo, considerando o teor de cálcio que nas condições ideais é 3 a 4 vezes superior ao de magnésio. É necessário dispor de adubos orgânicos, como farinha de ossos, compostagens, etc, que por liberarem lentamente os nutrientes não favorecem a infestação e desenvolvimento da população de insetos ou microorganismos nocivos. A adubação deve ser equilibrada, sem o emprego de nutrientes altamente solúveis. Evitar excesso de adubos orgânicos ricos em nitrogênio, pois favorecem doenças como a podridão mole. Estes deverão ser empregados desde que bem parcelados. O adubo verde deverá sempre entrar na programação do preparo do solo, pois além de reduzir as ervas hospedeiras de pragas e doenças, melhoram a nutrição e favorecem a presença dos inimigos naturais. ALTERNATIVAS DE CONTROLE E PROTEÇÃO NATURAL DE PLANTAS Mesmo com cultivo ecológico ideal podem ocorrer desequilíbrios temporários que aumentam a população de insetos ou patógenos nocivos à níveis incontroláveis. Esses fatores podem ser chuvas ou secas excessivas, trata-mentos com agrotóxicos agressivos nas propriedades vizinhas, mudas e sementes de baixa qualidade, cultivares não adaptadas e solo não recuperado. A) CALDAS FERTIPROTETORAS - emprega-se com o objetivo de aumentar a resistência das plantas, como as caldas biofertilizantes (obtidas pela fermentação da matéria orgânica), bordalesa, sulfocálcica e viçosa. A concentração das caldas é variável, de acordo com o tipo de planta e as condições locais (umidade e sanidade). B) PLANTAS DEFENSIVAS - o uso de plantas como o alho, o neem, a urtiga, o cravo-dedefuntos, a arruda, a rotenona, entre outras, têm sido uma opção na substituição de muitos agrotóxicos agressivos. O uso de compostos vegetais, para aumentar a resistência das plantas, como, chorume de urtiga, chá de cavalinha, extrato de maravilha, etc., tem sido uma alternativa viável na agro-ecológica. É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL – LEI 9.610/98- DIREITOS RESERVADOS POR LEI Prof. Silvio R. Penteado – Email: [email protected] C) PLANTAS COMPANHEIRAS A instalação de linhas de plantas companheiras pode ser benéfico em pequenas áreas para a repelência de organismos potencialmente nocivos.. Entre outras, são conhecidos os efeitos repelentes das seguintes plantas, bastante comuns: o alecrim repele borboleta da couve e moscas da cenoura; a hortelã repele formigas, ratos e borboleta da couve; o mastruço repele afídeos e outros insetos; o tomilho repele borboleta da couve; a sálvia repele mariposa do repolho; a urtiga repele percevejo do tomate. A Tefrósia candida, contém rotenona, sendo indicada para formar linhas ou barreiras contra as pragas, como oferece proteção do tipo quebra-ventos. O gergelim é cortado pelas saúvas, sendo tóxico ao fungo que elas se alimentam. O consorciamento ou plantio intercalar, instalando um condição de biodiversidade reduz o ataque de pragas e doenças, porque favorece a presença de inimigos naturais e dificulta a movimentação e identificação do hospedeiro pela praga. D) PLANTAS BENÉFICAS - Há na vegetação natural plantas que servem de abrigo e reprodução dos insetos que se alimentam das pragas. O manejo correto destas ervas e da adubação verde permitirá o incremento da fauna benéfica e o controle biológico natural. Dentre as plantas que servem para o manejo ecológico, estão a Ageratum conyzoides (mentrasto), Raphanus raphanistrum (nabo forrageiro), Euphorbia brasilensis (erva de santa luzia), Sorghum bibolor (sorgo granífero) e em segundo lugar: Portulaca oleracea (beldroega), Amaranthus deflexus (caruru rasteiro, caruru). No caso do sorgo, suas panículas em flor favorecem o abrigo e a reprodução de insetos e ácaros benéficos, como o percevejo Orius insidiosus, predador de lagartas, ácaros e tripes da cebola. Outras plantas fornecem o polén como alimento para os ácaros predadores e néctar para as vespinhas parasitas de pragas.. Pode ser constituido na propriedade um programa de manejo ecológico com mentrasto e outras plantas que vegetam bem no ve-rão e início do outono, complementadas com o plantio no inverno de nabo forrageiro ou o sorgo. E) ISCAS E ARMADILHAS. Podem ser instaladas iscas e armadilhas, para auxiliar o combate aos insetos nocivos e para determinar sua infestação: É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL – LEI 9.610/98- DIREITOS RESERVADOS POR LEI Prof. Silvio R. Penteado – Email: [email protected] • Armadilhas para insetos como moscas de frutas, com emprego de garrafas plásticas. • Podem ser utilizadas também armadilhas luminosas e mecânicas para traças e mariposas.• O ensacamento dos frutos com papel impermeável evita o ataque de moscas de frutas, mariposas, lagartas, etc.• Deve-se destacar o emprego de faixas e placas atrativas colo-ridas (com produtos de atração odor-sexuais e feromônios naturais), sendo de coloração amarela para captura de insetos nocivos em geral e azul específica para tripes.• Podem ser utilizadas armadilhas (tipo delta) para pragas, no controle de baixas populações ou para determinar o nível de infestação ou dano econômico. F) OUTRAS MEDIDAS PERMITIDAS SÃO: A catação manual das pragas, como a coleta de insetos, tratamentos com calor (água quente, vapor, etc), solarização do solo (cobertura do solo com plástico), uso de som e ultra-som, emprego de produtos como cal virgem, sabão, óleos naturais, bentonita, pó de basalto, extrato de algas, extratos de insetos, própolis, ceras naturais, etc. Um exemplo é a pulverização das plantas com silicatos, sabendo que a sílica torna os tecidos resistentes contra o ataque de fungos e pragas, pois forma uma camada de sílica abaixo da cutícula. 2. CALDA BORDALESA É uma calda fertiprotetora, de ação fungicida e bacteriostática quando aplicada preventivamente e também pode atuar como repelente de muitos insetos. Tendo ação preventiva a calda Bordalesa deve ser aplicada antes da ocorrência da doença ou no máximo com até 10% de infecção.Apesar de ser preparado com minerais químicos, as caldas são aceitas pela agricultura ecológica porque seus componentes fazem parte dos processos metabólicos, sendo nutrientes essenciais para a constituição das plantas. • • • • • RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES Recomenda-se utilizar dosagens menores nas fases iniciais e em plantas mais sensíveis e culturas instaladas em estufas. Testar em poucas plantas e depois fazer o tratamento ideal para o local. Para as fruteiras como abacate, citros, manga, macadâmia, uva, etc a concentração é 0,6 a 1,0% (600 a 1.000 gramas de sulfato de cobre + 600 a 1.000 gramas de cal virgem em 100 litros de água). As fruteiras temperadas como caqui, figo, maçã, pera, etc, pelo risco da fitotoxidade do cobre, devem ter maiores teores de cal virgem, sendo indicadas 300 a 800 gramas de sulfato de cobre + 600 a 1.600 gramas de cal virgem. Não aplicar em frutas de caroço como pessegueiro e ameixeira no período vegetativo, pois o cobre apresenta fitotoxicidade para estas culturas .As hortaliças como batata, tomate, etc aceitam bem a concentração de 0,8 a 1,0%. No morango, olerículas como cenoura, beterraba, brocoli, flores e plantas ornamentais 0,5%, Nas cucurbitáceas deve-se empregar dosagens de 0,25 a 0,3%. As hortaliças folhosas 0,1 a 0,15%, fazendo testes para evitar queimas. Observação: A concentração depende das condições locais, porém empregar dosagens menores(em torno de 50% da dosagem de campo) na fase inicial e em estufas. PREPARO DA CALDA BORDALESA Para preparar a calda bordalesa deve ser empregado sempre tanque ou vasilhame de plástico, cimento, cimento amianto ou madeira. Não utilizar tambores de ferro, latão ou alumínio, pois reagem com o sulfato de cobre. Num vasilhame, que pode ser de plástico, misture a cal já hidratada com 20 a 50 litros de água, mexendo bem para formar um leite de cal. Caso for empregar a cal virgem, deve-se hidratá-la antes, deixando no mínimo 12 horas de descanso, antes de preparar a calda.Uma vez dissolvida a cal, colocar esta solução (leite de cal) no tanque de pulverização, que já deve conter a quantidade de água necessária para a pulverização. Derramar o leite de cal, mexendo bem, antes da solução cúprica. O segundo passo é dissolver o sulfato de cobre. Quando está na forma de pedra, deve ser bem triturado e colocado dentro de um pano de algodão e mantido imerso, em suspensão na parte superior de um balde, com bastante água (20 a 50 ou mais litros). É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL – LEI 9.610/98- DIREITOS RESERVADOS POR LEI Prof. Silvio R. Penteado – Email: [email protected] O cobre na forma de sais micronizado dissolve rapidamente. Colocar a solução cúprica pronta, na caixa ou tanque de pulverização de maneira bem lenta e com forte agitação. Depois de misturadas ambas soluções, deve-se medir o pH da calda. Para medir o pH, usa-se um peagâmetro, fita de tornassol (adquirida em farmácia). Faltando um medidor de pH adequado, pode-se verificar se a calda está neutralizada pingando algumas gotas numa lâmina de ferro, deixando reagir por alguns minutos. Se ocorrer oxidação, isto é, formar manchas escuras a calda está ácida. Pode-se utilizar um prego novo ou mesmo um clips ou arame polido, que também ficarão escurecidos com a calda ácida. Estando ácida (pH abaixo de 7,0) deve-se acrescentar mais cal ou seja o leite de cal até que esteja neutralizado o cobre (pH acima de 7,0). Fazer a aplicação da calda bordalesa imediatamente após o seu preparo. 3. CALDA VIÇOSA A Calda Viçosa é uma variação da Calda Bordalesa, sendo na verdade uma mistura da calda Bordalesa com micronutrientes. A calda Viçosa tem múltiplos efeitos sobre a planta, fazendo o tratamento preventivo contra doenças fúngicas, nutriente foliar e até ação repelente sobre certas pragas.As suas principais características são: mistura de pós solúveis, compreendendo sulfato de cobre, acrescentada de micronutrientes (sulfato de zinco, sulfato de magnésio, boro e outros ); adubos na forma de sais, para melhorar a absorção da calda: uréia, nitrato de potássio ou cloreto de potássio, e produtos para neutralizar a calda: cal hidratada ou cal virgem. Na agricultura orgânica, como não é permitido utilizar os sais citados, para melhorar a absorção emprega-se o sulfato de potássio. Uma formula básica de composição da calda viçosa é: para cada 100 litros de água, acrescentar: 500 g de sulfato de cobre + 300 g de sulfato de zinco+ 400 g de sulfato de magnésio + 100 g de ácido bórico+ 400 gramas de sulfato de potássio + 500 g de cal hidratada. É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL – LEI 9.610/98- DIREITOS RESERVADOS POR LEI Prof. Silvio R. Penteado – Email: [email protected] RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES • O produtor deve acrescentar os micronutrientes de acordo com a exigência da sua cultura, nas distintas fases de desenvolvimento, de acordo com a análise foliar e as recomendações oficiais. • O método de preparo deve ser o inverso da bordalesa, colocando primeiro o leite de cal no tanque de pulverização, colocando em seguida a solução com os sais de cobre, zinco, magnésio, etc. que foram dissolvidos no mesmo balde. • pH da solução final deve ser 7 a 8, para não afetar o aproveitamento dos micronutrientes. • Aplicar a calda logo após a mistura de todos os seus componentes, mantendo sempre a agitação no tanque. • Para as caldas Bordalesa e Viçosa, fazer a pulverização com tempo fresco, temperatura de 25 a 30ºC e umidade relativa acima de 65%. De prefêrencia aplicar de manhã ou á tardezinha, depois das 16 horas. • Não aplicar com folhas molhadas, murchas ou amareladas. 4. CALDA SULFOCÁLCICA CaracterísticasA calda Sulfocálcica é um produto preparado à quente, resultado da mistura do enxofre ventilado com cal virgem. A concentração clássica é 25,0 kg de enxofre + 12,5 kg de cal virgem + 70 a 80 litros de água, para obter 100 litros de solução final.A calda obtida no preparo é um líquido de coloração ambar (marrom escuro), constituído de Sulfuretos de Cálcio e outras substâncias complexas, com pH alcalino, em torno de 10,5 a 11,0 e densidade 29 a 32 º Beaumê.Tem ação acaricida, inseticida e fungicida, sendo indicada para tratamento de fruteiras, hortaliças, café e plantas ornamentais. Seu efeito é curativo, porém observa-se uma ação metabólica com resultados de uma a até três semanas. Quando enriquecida com outros produtos como extrato de fumo tem sua eficiência inseticida aumentada. Não deve ser adicionado óleo mineral. PREPARO DA CALDA SULFOCÁLCICA- A fabricação da calda é feita á quente, e requer um recipiente de metal (latão ou inox). No caso de preparar 100 litros, utilizar um tambor de 200 litros, sempre 50% da capacidade total, para evitar o derrame da calda. As pessoas que irão fazer o preparo da calda Sulfocálcica diretamente no fogo, deverão utilizar equipamento de proteção individual ou seja luvas, macacão, máscaras, filtros para gazes, etc. Colocar primeiro o enxofre (25 kg), com um pouco de água quente, formando uma pasta mole, na qual pode ser adicionado um adesivo, para melhorar a mistura do enxofre com a água. Completar em seguida o volume final, com água quente. Quando água estiver quente (50 a 60ºC), derramar lentamente a cal virgem (12,5 kg) na solução, mexendo com um misturador mecânico ou vara comprida. Tomar cuidado pois ocorrer derrame da calda, por isso manter um pouco de água fria para abaixar a calda, caso suba demais no recipiente Deixar ferver por 50 a 60 minutos, mexendo sempre. Tomar o cuidado durante a fervura, evitando os vapores exalados pela reação e queima dos produtos. Inicialmente a calda tem uma coloração amarela. Quando atingir a coloração pardo-avermelhada (cor de âmbar), a calda estará pronta. Tirar o fogo e deixar esfriar. Coar a calda com pano, e guardar os resíduos (borra) para caiação dos troncos de fruteiras. Não deixar a calda exposta ao ar porque perde a qualidade. A calda concentrada pode ser guardade em garrafões de plástico ou vidro, em locais sombreados, por até 6 meses. É PROIBIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL OU TOTAL – LEI 9.610/98- DIREITOS RESERVADOS POR LEI